Corinthians define preço de Gui Negão e trava saída para Europa

O protagonismo de Gui Negão na temporada de 2025 transformou o jovem atacante em um dos ativos mais cobiçados do Parque São Jorge. Com apenas 18 anos, o centroavante virou alvo preferencial de mercados variados, atraindo olhares de clubes da Arábia Saudita, Portugal, França e Rússia. Entretanto, a postura da gestão liderada por Osmar Stabile indica que o clube não pretende abrir mão de sua promessa sem uma compensação financeira que considere justa.

Dentro das quatro linhas, o impacto do atleta foi imediato. Durante a trajetória que culminou no título da Copa do Brasil, Gui Negão mostrou ser decisivo em momentos de alta pressão. Sua atuação nas quartas de final contra o Athletico-PR foi o divisor de águas, quando balançou as redes duas vezes e serviu uma assistência nos confrontos que terminaram em 1 a 0 e 2 a 0 para o Alvinegro. Esse desempenho técnico sustenta a valorização pretendida pela cúpula corinthiana.

Ao longo deste ano, o atacante acumulou 24 aparições, sendo escalado entre os onze iniciais em 15 oportunidades. O balanço estatístico de sua primeira temporada como profissional registra cinco gols marcados e dois passes diretos para gol. Tais números, somados à pouca idade, justificam o assédio internacional, mas esbarram no rigor financeiro imposto pela diretoria.

Impacto esportivo e estatísticas de Gui Negão no Corinthians

Atualmente, o entrave para a transferência reside na pedida inicial do Timão. A diretoria estabeleceu o montante de 25 milhões de euros ? algo em torno de R$ 163 milhões na cotação atual ? como o valor mínimo para iniciar conversas. Essa exigência é vista com ceticismo por intermediários e representantes dos clubes interessados, que consideram o patamar financeiro elevado para a realidade do mercado atual.

Até o momento, a maior sinalização financeira recebida pelo Corinthians foi de 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 130 milhões). O valor, embora expressivo, foi prontamente rejeitado por não atingir a meta estabelecida por Osmar Stabile. Entre os principais interessados que monitoram a situação de perto está o Zenit, da Rússia, clube que possui histórico recente de negociações com o Alvinegro.

Para viabilizar um eventual acordo, o Corinthians estuda estratégias alternativas. Uma das possibilidades discutidas nos bastidores é a manutenção de uma porcentagem dos direitos econômicos do jogador para lucros em transferências futuras. Vale ressaltar que o clube detém, atualmente, 80% do passe do centroavante, o que lhe confere amplo poder de barganha na mesa de negociações.

Valores da negociação e a postura da diretoria alvinegra

A avaliação interna é de que, para o negócio avançar, será necessário um movimento de flexibilização de ambas as partes. Enquanto o Corinthians se mantém firme na casa dos 25 milhões de euros, o mercado sinaliza que dificilmente as propostas chegarão a esse teto de forma imediata. O desafio da gestão será equilibrar a necessidade de receita com a preservação de um talento que ainda pode entregar resultados esportivos.

Abaixo, detalhamos o desempenho da joia corinthiana em sua temporada de afirmação:

O desfecho da situação de Gui Negão definirá não apenas o futuro do atleta, mas também a capacidade do Corinthians em valorizar suas categorias de base diante do assédio estrangeiro. Por ora, a joia permanece no elenco, protegida por uma barreira financeira que a diretoria não parece disposta a reduzir tão cedo.