Armando Mendonça pede desculpas após polêmica no Corinthians

A conduta do vice-presidente do Corinthians, Armando Mendonça, nas redes sociais tornou-se objeto de análise interna rigorosa. A Comissão de Ética do clube do Parque São Jorge decidiu instaurar um procedimento preliminar para avaliar o impacto das declarações feitas pelo dirigente. O órgão entende que as palavras utilizadas podem ferir a imagem institucional da agremiação, gerando potenciais prejuízos no relacionamento com patrocinadores e parceiros estratégicos.

O foco da investigação recai sobre afirmações pesadas feitas pelo vice-presidente em resposta a torcedores. Em um dos comentários, Mendonça utilizou termos que sugerem irregularidades na gestão anterior, o que expõe o clube de forma negativa no cenário nacional. A cúpula alvinegra busca entender se houve quebra de decoro ou violação dos estatutos que regem a postura de seus administradores de alto escalão.

Abaixo, os detalhes sobre a atual composição da alta cúpula administrativa do clube e o tempo de permanência previsto para os cargos eletivos:

Declarações polêmicas e o pedido de perdão do dirigente

Diante da repercussão negativa e da pressão interna, Armando Mendonça utilizou seus perfis oficiais para emitir uma nota de esclarecimento. O dirigente atribuiu sua reação intempestiva a um drama pessoal vivido durante o período natalino, citando o falecimento de um ente querido como o gatilho para a perda de controle emocional nas interações com a torcida fiel.

Em seu pronunciamento, o vice-presidente foi enfático ao admitir o equívoco em sua postura pública. Ele declarou textualmente: "Gostaria de me dirigir a vocês para pedir sinceras desculpas pelas postagens que realizei no Instagram no dia de Natal. Estava em um momento de extrema fragilidade pela perda de uma criança na família, na véspera, e não fui capaz de controlar minhas emoções. Errei".

O embate que gerou a investigação ocorreu em uma publicação que celebrava a conquista da Copa do Brasil. Ao ser questionado por internautas, Mendonça não poupou agressividade, chegando a rotular um torcedor como otário e disparando uma frase que agora ecoa nos corredores da Comissão de Ética: "Por quê? Tirei o presidente que roubava, dei uma Copa do Brasil, e ainda reclama?".

Desgaste interno com o elenco e futuro político

A situação de Armando Mendonça não parece ser delicada apenas na esfera administrativa. Recentemente, sinais de desconforto com a presença constante do dirigente no cotidiano do futebol profissional vieram à tona. Figuras centrais do atual elenco e da gestão esportiva, como o atacante holandês Memphis Depay e o ex-executivo Fabinho Soldado, demonstraram incômodo com a forma de atuação do vice-presidente.

A saída de Fabinho Soldado do clube, inclusive, ocorreu em um contexto onde as movimentações políticas e as interferências no departamento de futebol estavam sob holofotes. Embora Mendonça tenha mandato garantido até o encerramento de 2026, a pressão exercida pela Comissão de Ética e o distanciamento de peças-chave do departamento de futebol podem isolar o dirigente politicamente dentro da instituição.

O Corinthians agora aguarda os próximos passos do procedimento preliminar. Enquanto isso, o clima nos bastidores permanece vigilante, visto que a estabilidade institucional é fundamental para a manutenção de parcerias comerciais e para a tranquilidade necessária ao desempenho da equipe dentro das quatro linhas. A postura do vice-presidente continuará sob escrutínio de conselheiros e da própria torcida, que exige profissionalismo condizente com o cargo ocupado.