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Trio GYM do Corinthians: Análise da Vitória no Dérbi e a Nova Estratégia de Dorival
Por Redação FuTimão em 31/07/2025 12:13
O palco do clássico entre Corinthians e Palmeiras, pela partida de ida da Copa do Brasil, testemunhou um embate de alta intensidade e equilíbrio. No entanto, foi a capacidade ofensiva do Timão que prevaleceu, selando uma vitória crucial por 1 a 0, com um golaço de cabeça de Memphis Depay no segundo tempo, um momento que sublinhou a importância do atacante, que já acumulou R$ 11 milhões em bônus em seu primeiro período de contrato no clube.
Este confronto marcou a primeira ocasião em que o técnico Dorival Júnior pôde escalar simultaneamente o trio composto por Garro, Yuri Alberto e Memphis, um conjunto que se mantém invicto atuando em conjunto na Neo Química Arena e que já responde por impressionantes 48% dos gols da equipe alvinegra na temporada. A sinergia e a eficácia desses atletas em campo foram elementos-chave para o desfecho positivo do Dérbi.
A Estrutura Tática Que Redefiniu o Meio-Campo
A entrada simultânea dos três jogadores levou o comandante corintiano a adotar uma estratégia tática familiar, mas revitalizada: o esquema 4-3-1-2, conhecido popularmente como o losango no meio-campo. Nesta configuração, a trinca de volantes, composta por Carrillo, Raniele e Martínez, desempenhou um papel vital na proteção da linha defensiva, formando uma barreira robusta contra as investidas adversárias.
Enquanto isso, a linha de frente, com Garro , Memphis e Yuri, era liberada de obrigações defensivas mais profundas. Sua missão principal era aplicar pressão constante na saída de bola do Palmeiras, desorganizando a construção de jogo do rival. O duelo foi caracterizado por alternâncias de posse e diversas oportunidades para ambos os lados. Contudo, o Corinthians se destacou por sua maior efetividade em transformar o domínio em chances reais de gol, um feito atribuído, em grande parte, à notável mobilidade do seu setor de meio-campo, que executou trocas de posições, tabelas e passes curtos com maestria.
A Dinâmica Ofensiva do Trio GYM
A fluidez tática não se restringiu ao setor defensivo do meio-campo. Nenhum dos volantes mantinha uma posição estática. Carrillo, por exemplo, iniciava pela direita e frequentemente induzia Matheuzinho a se projetar por dentro. Martínez buscava a bola com intensidade e se lançava como um articulador. Raniele , por sua vez, não se contentava em atuar apenas na retaguarda, avançando ao ataque e, em várias ocasiões, trocando de posição com os laterais ou permitindo que Garro recuasse sem desguarnecer o setor ofensivo.
Essas constantes permutas posicionais criaram sérios desafios para a defesa palmeirense. Carrillo, com sua movimentação, desorganizava a marcação, afastando Lucas Evangelista de sua posição e expondo Aníbal a situações de isolamento. Os períodos de maior domínio do Timão foram diretamente influenciados pela mobilidade do trio GYM. Garro , Memphis e Yuri desfrutavam de total liberdade de movimentação, desde que houvesse uma compensação tática: se Garro avançava, Memphis recuava; se Yuri buscava a bola no meio, os outros dois se projetavam à frente, e vice-versa. Essa sincronia visava incessantemente criar desordem e abrir brechas na retaguarda adversária.
O Impacto na Defesa Adversária e a Lufada de Esperança
Não foi mera coincidência que os zagueiros palmeirenses, Gómez e Fuchs, receberam cartões amarelos ainda no primeiro tempo. Eles eram "arrastados" para fora de sua área de conforto a todo instante, forçando-os a cometer infrações e a realizar desarmes mais duros. Se há um vislumbre de esperança para o Corinthians nesta temporada, ele reside precisamente neste encaixe tático que gerou 30 minutos de controle absoluto, pressão incessante sobre a saída de bola do Palmeiras e um volume de jogo impressionante. O goleiro Weverton foi exigido como poucos arqueiros haviam sido contra o Corinthians , enfrentando um pênalti e diversas outras chances claras.
Em um momento marcado por intensa turbulência política e administrativa que assola o Corinthians , com protestos, denúncias e processos judiciais em curso, o triunfo no Dérbi transcende o tradicional alívio que o futebol paulista costuma oferecer. Ele se configura como um sinal promissor de dias mais favoráveis no Parque São Jorge. O caminho para essa estabilidade e sucesso futuro, como evidenciado no clássico, passa inegavelmente pela presença e a performance conjunta de Yuri Alberto , Garro e Memphis em campo.
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