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Romarinho Bombonera: O Gol Inesquecível da Libertadores 2012 que Marcou o Corinthians
Por Redação FuTimão em 27/06/2025 13:12
A data de 27 de junho ressoa anualmente na memória corintiana, evocando o décimo terceiro aniversário de um dos momentos mais singulares na história do clube: o primeiro confronto da decisão da Copa Libertadores de 2012. Naquele embate épico contra o Boca Juniors, disputado na lendária La Bombonera, um toque de genialidade de Romarinho não apenas salvou o Corinthians de uma desvantagem crucial, mas também pavimentou a jornada rumo à inédita consagração continental.
A Atmosfera Hostil de La Bombonera
Estreando em uma final do cobiçado certame sul-americano, o esquadrão brasileiro se viu diante de um desafio colossal. Não se tratava apenas de confrontar o tradicional Boca, um gigante do continente com vasta experiência em decisões, mas de imergir na atmosfera quase sobrenatural que emana do estádio portenho, um caldeirão de paixão e intimidação capaz de desestabilizar qualquer adversário.
Sob a batuta do estrategista Tite, a formação inicial do Alvinegro Paulista contava com Cássio na meta; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos na linha defensiva; Ralf e Paulinho no miolo central, com Danilo e Alex na criação; e Jorge Henrique e Sheik compondo o ataque. Uma equipe forjada na solidez defensiva e na entrega tática, características essenciais para tamanha provação.
O Rumo Desfavorável e a Mudança de Paradigma
A imposição xeneize, aliada à mística local, começou a surtir efeito. Durante grande parte do confronto, o Corinthians resistiu bravamente, mas a persistência adversária foi recompensada. Aos 25 minutos do segundo tempo, um cruzamento preciso de escanteio encontrou a cabeça de Santiago Silva, que, com um movimento certeiro, enviou a bola para as redes, abrindo o marcador e elevando a pressão sobre o time brasileiro.
O gol de Santiago Silva impunha ao Timão a necessidade de uma vitória em casa, no Pacaembu, na partida de volta. O panorama era desfavorável, mas a genialidade do treinador Tite se manifestaria em uma alteração que transcenderia o jogo. Aos 39 minutos da etapa final, o experiente Danilo, figura central e um dos pilares do elenco que se consagraria campeão, deixou o campo para a entrada de Romarinho, um jovem atacante de apenas 21 anos, que fazia ali sua primeira aparição na mais importante competição sul-americana pelo clube.
O Toque de Gênio que Calou um Estádio
No clímax da primeira decisão, o lance imortal de Romarinho ? aquela cavadinha audaciosa contra o Boca Juniors, em pleno reduto argentino ? materializou-se nos instantes derradeiros do tempo regulamentar, com o cronômetro se aproximando dos 40 minutos da etapa complementar.
Aos 41 minutos, a jogada que entraria para a história começou com a perspicácia de Paulinho , que desarmou Riquelme no meio-campo. A bola encontrou Emerson Sheik, que, com sua característica ginga, apesar de um desequilíbrio momentâneo, conseguiu um passe preciso em profundidade para o camisa 31. Romarinho, em seu primeiro toque na bola na partida, viu-se frente a frente com o goleiro adversário. Com uma frieza assombrosa, executou a icônica "cavadinha", elevando a bola sobre o arqueiro e a depositando no fundo das redes. O gol antológico, um empate que silenciou La Bombonera e cravou o 1 a 1 no placar, reverberou como um grito de alívio e esperança para a nação corintiana.
O Alicerce da Glória Eterna
Uma semana mais tarde, no Pacaembu, o Corinthians consolidaria a vantagem construída, triunfando por 2 a 0 e, pela primeira vez em sua gloriosa trajetória, erguendo o troféu de campeão da América. O empate na Bombonera, costurado pelo brilho de Romarinho, foi o alicerce fundamental para essa conquista, um marco que permanece vivo na memória de cada torcedor alvinegro.
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