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Ex-presidente Andrés Sanchez: Depoimento Chocante e Futuro Incerto no Corinthians
Por Redação FuTimão em 03/12/2025 05:16
A última segunda-feira marcou um momento crucial no Parque São Jorge, com a presença do ex-presidente André s Sanchez para uma sessão de esclarecimentos. O foco da reunião eram as despesas realizadas com o cartão corporativo do Sport Club Corinthians Paulista, durante o período de sua gestão entre 2018 e 2020.
Fontes da imprensa esportiva revelaram que o encontro teve uma duração aproximada de quarenta minutos. Durante este tempo, Sanchez foi confrontado com cada uma das cinquenta transações consideradas questionáveis. Ele apresentou suas justificativas para as aquisições, enquanto seus representantes legais, presentes na sala, optaram por não intervir.
O presidente da Comissão de Ética do clube, Leonardo Pantaleão, esteve presente, testemunhando as explanações. Conforme apurado, Pantaleão solicitou que esta mesma oitiva fosse considerada válida também para a Comissão de Ética, uma manobra estratégica que visa otimizar e agilizar o andamento das apurações internas.
Os Caminhos da Investigação Interna no Corinthians
A sequência do processo prevê que a Comissão de Justiça do Corinthians elabore um parecer inicial. Este documento focará exclusivamente em identificar possíveis violações estatutárias, sem adentrar no mérito de sanções. Somente após essa etapa, a Comissão de Ética e Disciplina assumirá a tarefa de produzir um segundo parecer, este sim com a prerrogativa de propor eventuais penalidades disciplinares internas ao ex-dirigente.
O relatório final elaborado por este órgão será então encaminhado ao Conselho Deliberativo. Caberá a Romeu Tuma Júnior, presidente do conselho, incluir o tema na agenda para deliberação e votação em plenário.
Paralelamente aos trâmites internos, André s Sanchez enfrenta um cenário jurídico externo de grande complexidade. Ele foi formalmente denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por uma série de graves acusações, incluindo apropriação indébita agravada continuada, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário. Todos esses ilícitos estão intrinsecamente ligados aos gastos controversos nos cartões corporativos do Corinthians . O ex-presidente, no entanto, ainda aguarda um posicionamento do Poder Judiciário.
A Frente Jurídica: Denúncia do MP e a Posição da Justiça
A denúncia do MP contra Sanchez foi protocolada em 15 de outubro. Contudo, a magistrada responsável pelo caso, Dra. Marcia Mayumi Okoda Oshiro, da 2ª Vara de Crimes Tributários de São Paulo, ainda não se manifestou. Sua decisão será crucial, pois caberá a ela determinar se a denúncia será aceita e o processo terá seguimento.
A apuração jornalística revelou que o promotor Cássio Roberto Conserino, ciente dos esclarecimentos prestados por André s à Comissão de Justiça do Corinthians , pressionou por uma resposta da juíza. É amplamente compreendido que o veredito do Poder Judiciário terá uma influência significativa e, possivelmente, decisiva sobre o parecer final a ser emitido pela Comissão de Ética do clube.
As Despesas Questionáveis: Valores e Natureza dos Gastos
Conforme previamente divulgado, a Comissão de Justiça do Corinthians compilou uma extensa lista de despesas que foram classificadas como suspeitas. A principal preocupação é a aparente falta de conexão desses gastos com as responsabilidades inerentes ao cargo de presidente do clube.
Inicialmente, o órgão identificou cinquenta transações, detalhando locais e montantes. A soma total dessas despesas atinge a cifra de R$ 190.523,54. As categorias de gastos mais destacadas e revisadas pela Comissão de Justiça incluem:
| Categoria de Despesa | Observação |
|---|---|
| Hospitais, clínicas e farmácias | Gastos em estabelecimentos de saúde. |
| Lojas de móveis e eletrônicos | Compras em comércios de bens duráveis. |
| Empresa de táxi aéreo | Custos com fretamento de aeronaves. |
| Centros automotivos | Despesas relacionadas a veículos. |
A percepção dos membros da Comissão de Justiça é clara: inexiste qualquer evidência que comprove que essas aquisições foram realizadas em benefício do clube ou que se enquadravam nas necessidades funcionais do então mandatário. A ausência de comprovantes anexados a essas despesas agrava ainda mais a situação.
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