- FuTimão
- Estratégia de Dorival no Corinthians: Análise Tática do Clássico
Estratégia de Dorival no Corinthians: Análise Tática do Clássico
Por Redação FuTimão em 18/05/2025 19:33
A Abordagem Tática de Dorival Júnior no Corinthians
Após a vitória do Corinthians por 1 a 0 sobre o Santos na Neo Química Arena, em partida válida pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Dorival Júnior compartilhou suas impressões sobre o desempenho da equipe, especialmente no que tange à evolução tática do primeiro para o segundo tempo.
Dorival expressou satisfação com a performance do Corinthians na segunda etapa do clássico, reconhecendo a superioridade demonstrada em relação ao adversário. A vitória, conquistada com um placar mínimo, refletiu a capacidade do Timão de se impor e superar as dificuldades apresentadas durante o jogo.
Posse de Bola Eficaz: A Chave para Superar o Santos
O treinador detalhou as mudanças implementadas no intervalo, buscando otimizar a posse de bola e a criação de oportunidades de gol. Segundo ele, a posse de bola estéril observada na primeira etapa não representava uma ameaça real ao Santos, que se mostrou mais incisivo na criação de chances.
A partir da análise do primeiro tempo, Dorival ajustou o posicionamento dos jogadores, incentivando a busca por espaços entre as linhas de marcação adversárias e a aproximação entre os atletas. Essa estratégia visava dinamizar a troca de passes e surpreender a defesa do Santos com infiltrações.
Dorival Júnior explicou:
? Passamos a jogar entre linhas adversárias e tivemos aproximação maior. Com a aproximação maior, tem troca de passes e busca infiltrações. Com os meias buscando bolas nos pés dos zagueiros ou volantes, não tem esse homem chegando como fator surpresa. Foi isso que aconteceu no primeiro tempo, uma troca de passes morosa ?
Estratégias de Posicionamento e Amplitude Tática
O técnico detalhou como o posicionamento estratégico de jogadores como Carrillo e Martínez, juntamente com a amplitude proporcionada pelos laterais, contribuiu para o crescimento da equipe no segundo tempo. Essa combinação de fatores resultou em um aumento do volume ofensivo e em uma pressão mais constante sobre a defesa santista.
Dorival enfatizou a importância de transformar a posse de bola em algo mais do que um simples controle estéril. Segundo ele, a equipe conseguiu corrigir o problema da "posse falsa" observada na primeira etapa, passando a incomodar mais o adversário e a criar oportunidades reais de gol.
Nas palavras do treinador:
? Nos posicionamos corretamente, aí o Carrillo entrou por dentro, Martínez pelo lado, abrimos o corredor para a passagem dos nossos laterais, e isso contribui para o crescimento. Começamos a ter volume e não só posse. Na minha opinião, foi o que tivemos na primeira etapa, uma posse falsa. Corrigimos, mudamos algumas coisas, Bidon veio mais por dentro, começamos a pesar a última linha adversária e incomodar mais o adversário. ?
Opções Táticas e a Busca por um Jogo Interno Eficaz
Ao ser questionado sobre a possibilidade de escalar o Corinthians com mais jogadores de lado, Dorival Júnior esclareceu que a equipe foi montada, prioritariamente, para atuar por dentro. Ele mencionou Talles Magno como uma exceção, um jogador com características de ponta, mas que também se adapta bem à função de segundo atacante.
O treinador ressaltou que a utilização de Romero em uma função mais aberta compromete o seu rendimento, uma vez que ele se mostra mais eficaz quando atua próximo à área. Diante disso, Dorival admitiu que precisará recorrer a Carrillo em alguns momentos para garantir a amplitude da equipe.
Dorival Júnior afirmou:
? É um caminho. Essa equipe foi montada para jogar por dentro. Não temos jogadores de lado, à exceção do Talles Magno. É o único atleta que temos com essa característica, mas joga por dentro também como segundo atacante, tem feito bons treinos. Outra opção seria Carrillo, o Romero que está mais adaptado a um segundo homem do que aberto. Perdemos muito do Romero tirando ele da área. Vou ter que usar o Carrillo em alguns momentos, pois ganhamos amplitude. ?
Paciência e Posicionamento: A Receita para o Sucesso
Para evitar o desempenho abaixo do esperado em momentos cruciais, como o primeiro tempo do clássico, Dorival Júnior aposta na paciência e no posicionamento estratégico dos meias. Ele enfatiza a importância de que esses jogadores atuem entre as linhas adversárias, evitando recuar para buscar a bola nos pés dos volantes, laterais ou zagueiros.
Ao manter os meias posicionados na última linha adversária, o treinador acredita que a equipe aumenta suas chances de infiltração e de criação de oportunidades de gol. Essa correção tática, aliada ao controle emocional e à paciência demonstrada pelos jogadores, foi fundamental para a conquista da vitória sobre o Santos.
Dorival Júnior concluiu:
? Nossos meias terem paciência e jogar entre as linhas adversárias. Se começam a passar vindo nos pés dos volantes, dos laterais ou zagueiros, nós ficamos sem capacidade de infiltração. Com esses jogadores posicionados, eles podendo estar na última linha adversária, aumentam nossas chances e possibilidades. Buscamos estar mais próximo do gol adversário. Isso é uma correção. Fiquei satisfeito com o controle, com a paciência que tivemos ?
Curtiu esse post?
Participe e suba no rank de membros