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Escândalo no Parque São Jorge: MP Pede Afastamento de Ex-Presidentes do Corinthians!

Por Redação FuTimão em 01/09/2025 19:12

A Demanda do Ministério Público e o Futuro dos Conselhos Corinthianos

O Ministério Público de São Paulo formalizou uma solicitação judicial para que os três últimos dirigentes máximos do Sport Club Corinthians Paulista ? Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo ? sejam temporariamente desligados de seus postos nos conselhos deliberativo e de orientação da instituição. A iniciativa, protocolada pelo promotor Cássio Roberto Conserino junto ao Departamento de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça paulista em 21 de agosto, aguarda deliberação sobre a medida cautelar.

A fundamentação para tal pleito reside na necessidade de garantir a lisura das apurações em curso. As investigações abrangem o período de 2018 a 2025, focando no suposto emprego indevido de cartões corporativos do clube e em alegadas inconsistências nas prestações de contas da gestão Duilio, conforme previamente divulgado por veículos de imprensa.

Os crimes sob escrutínio incluem apropriação indébita, estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa, delineando um cenário de sérias infrações. É relevante notar que, apesar de Augusto Melo não integrar atualmente nenhum conselho e ter perdido seus direitos políticos após um processo de impeachment no mês passado, o Ministério Público o incluiu no pedido como medida de precaução.

Detalhes das Acusações e a Suspeita de Obstrução

Para justificar o requerimento de afastamento, o promotor Cássio Conserino argumenta que a permanência dos ex-dirigentes nos conselhos poderia comprometer a obtenção de provas, facilitando a ocultação ou obstrução. Ele enfatizou a potencial influência:

"Não é demasiado dizer que dentro do Corinthians poderão intimidar ou amedrontar ou até mesmo ameaçar pessoas que detém o poder de responder as requisições do Ministério Público"
.

Conserino aprofunda as investigações, relembrando que Andrés Sanchez admitiu, em uma ocasião, ter utilizado o cartão do clube para despesas pessoais. Além disso, ele reforça as suspeitas de que o estabelecimento "Oliveira Minimercado", responsável pela emissão de notas fiscais ao Corinthians , possa ser uma empresa de fachada, um ponto crucial na apuração de irregularidades financeiras.

O promotor também expressou dificuldades em obter as informações solicitadas diretamente do clube.

"Já requisitamos a documentação para uma análise dos fatos, mas esbarramos na desorganização administrativa, na inércia do clube e nos furtos e supressões de alguns documentos financeiros"
, declarou Conserino, pintando um quadro de descontrole e possível ocultação.

A Inércia do Clube e a Falta de Controle Financeiro

Um exemplo concreto dessa dificuldade é o compromisso não cumprido pelo superintendente financeiro do Corinthians , Roberto Gavioli, que em audiência no dia 7 de agosto, prometeu fornecer a documentação requerida, mas até o momento não o fez. Tal comportamento reforça a percepção de falta de colaboração e transparência por parte da administração corintiana.

A intenção do Ministério Público era que o afastamento de Andrés, Duilio e Augusto se concretizasse antes da eleição que consagrou Osmar Stabile, realizada na última segunda-feira. A preocupação era que esses dirigentes pudessem influenciar a escolha de "pessoas ligadas aos seus interesses políticos e também interferirem na investigação."

Corroborando a gravidade da situação, depoimentos de Osmar Stabile e Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho do Corinthians , na condição de testemunhas, revelaram que

"nunca houve controle substancial dos gastos. Enfim, o controle feito era meramente formal, isto é, praticamente nenhum"
. Essa declaração expõe uma fragilidade sistêmica na gestão financeira do clube.

As Defesas dos Ex-Presidentes e a Quebra de Sigilo

Em resposta às acusações, os ex-presidentes se manifestaram. Andrés Sanchez, através de sua defesa, enfatizou que sua gestão sempre foi pautada pela legalidade e responsabilidade:

"Andrés Sanchez, por meio de sua defesa conduzida pelo advogado Fernando José da Costa, reafirma que sua atuação à frente do Sport Club Corinthians Paulista sempre se pautou pela legalidade, responsabilidade e compromisso institucional. A defesa ressalta que o pedido formulado pelo Ministério Público, referente à medida cautelar de afastamento temporário dos Conselhos Deliberativos, de Orientação ou de qualquer outro do clube não representa juízo de culpa, tratando-se apenas de providência de natureza processual. Por essa razão, Andrés Sanchez manifesta sua plena confiança na Justiça e na condução imparcial das investigações. O ex-presidente permanece à inteira disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários e apresentar toda a documentação apta a comprovar a regularidade de sua gestão e de sua atuação no âmbito do clube."

Augusto Melo, por sua vez, demonstrou serenidade diante da iniciativa do MP, destacando que jamais utilizou o cartão corporativo durante sua gestão:

"A defesa do ex-presidente Augusto Melo esclarece que, muito embora o pedido formulado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo vise o afastamento de alguns conselheiros e, de forma reflexa, pretenda também alcançar o nome do ex-presidente, é importante destacar que, da parte de Augusto Melo, não há qualquer objeção, resistência ou receio em relação a tal medida. Durante toda a sua gestão à frente do Sport Club Corinthians Paulista, Augusto Melo pautou sua conduta pela transparência e pela responsabilidade, a ponto de jamais ter feito uso de seu cartão corporativo. Assim, entende que eventual apuração, longe de representar qualquer ameaça, apenas reforçará sua idoneidade e demonstrará, de maneira inequívoca, que sempre agiu com zelo e probidade na administração do clube. Por essa razão, recebe com absoluta serenidade a iniciativa do Ministério Público, reafirmando que não teme qualquer investigação e que está convicto de que a verdade dos fatos evidenciará sua postura correta e responsável diante do Corinthians e de sua torcida."

Em um desdobramento paralelo, no mês anterior, o Ministério Público havia solicitado à Justiça a quebra de sigilo dos cartões de crédito do Corinthians , abrangendo o período de janeiro de 2018 a maio de 2025, que compreende as administrações de Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo. Adicionalmente, foi requerida a quebra de sigilo fiscal do "Oliveira Minimercado", a empresa sob suspeita de ser de fachada e que teria emitido notas ao clube em 2023. O pedido inicial foi direcionado ao Departamento de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça de São Paulo, mas o juiz Leonardo Fernando de Souza Almeida o remeteu para uma das varas especializadas em crimes tributários, organização criminosa e lavagem de bens e valores, onde aguarda decisão, ampliando o escopo da investigação.

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Carlos

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Comentado em 02/09/2025 00:11 Se afastarem esses caras, o clube pode finalmente endireitar a moral e voltar a crescer, vai Corinthians!
Lucas

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Comentado em 01/09/2025 22:32 Tá na hora de limpar a casa, mlk! Corinthians é gigante, não pode ficar pra trás nessa bagunça kkkk
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Comentado em 01/09/2025 20:51 Aff, só lenda mesmo esse lenga lenga rsrs
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