Defesa de Andrés Sanchez Contesta Distribuição de Processo do MP sobre Corinthians

A equipe jurídica que representa o ex-presidente do Corinthians, André s Sanchez, encaminhou um requerimento formal ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP). O objetivo é obter clareza sobre o método de distribuição interna do Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que examina supostas irregularidades no uso de cartões corporativos por ex-dirigentes do clube.

O documento, assinado pelos advogados de Sanchez, aponta uma lacuna significativa nos autos: a ausência de qualquer certificação ou registro administrativo que comprove a "livre distribuição" do caso. Essa expressão refere-se ao trâmite interno habitual que determina qual promotor de Justiça será encarregado de conduzir o inquérito, garantindo a imparcialidade e a aleatoriedade na designação.

A Abrangência da Atuação do Promotor Conserino

Atualmente, o procedimento está sob a responsabilidade do promotor Cássio Roberto Conserino, que atua na 106ª Promotoria de Justiça Criminal da capital. Chama a atenção o fato de que o mesmo promotor também lidera outras investigações de vulto envolvendo o Corinthians , incluindo apurações sobre gastos considerados indevidos nas gestões subsequentes de Duílio Monteiro Alves e Augusto Melo.

Diante da falta de documentação que justifique a alocação específica, o pedido da defesa afirma que "não localizou certidão que demonstre ou esclareça de que forma se deu a distribuição do referido PIC no âmbito interno do Ministério Público". Por essa razão, a defesa requer que os autos sejam encaminhados ao Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, solicitando que a autoridade máxima do MP-SP forneça os devidos esclarecimentos sobre o processo de designação do promotor responsável por esta investigação de alta sensibilidade para o clube.