Corinthians em Risco: Especialistas Detalham a Inconsistência na Série A e o Perigo Iminente

A trajetória recente do Sport Club Corinthians Paulista no Campeonato Brasileiro tem gerado um sinal de alerta considerável. A agremiação paulista, atualmente, flerta perigosamente com as últimas posições da tabela, um cenário que tem sido objeto de severas advertências por parte de analistas esportivos renomados, como Walter Casagrande e Danilo Lavieri.

Nos dez confrontos mais recentes pela competição nacional, o desempenho do "Timão" é desolador: apenas um triunfo solitário, conquistado diante do Ceará. A recente derrota para o Juventude, que ocupa a vice-lanterna, fez com que o conjunto dirigido por Dorival Júnior despencasse para a 13ª posição, evidenciando uma preocupante regressão.

A essência do Campeonato Brasileiro de pontos corridos reside na constância e na manutenção de um desempenho equilibrado, atributos que o Corinthians , notavelmente, não tem demonstrado. Surge, então, a perplexidade: "Pô, como que atropela o Palmeiras na Copa do Brasil?". A explicação parece residir na forma como o Corinthians encara os clássicos contra o Palmeiras: como verdadeiras decisões de Copa do Mundo. Nesses embates, a equipe mobiliza cada grama de energia, seja física ou mental, utilizando todas as suas estratégias. Contudo, ao retornar à realidade do Brasileirão, o time regride a um padrão de normalidade preocupante, acumulando cinco partidas sem vitória e sem apresentar uma atuação convincente em nenhuma delas.

Entre Clássicos e a Realidade da Tabela

A avaliação sobre o elenco corintiano aponta para uma equipe de patamar mediano. Embora seja capaz de entregar atuações satisfatórias ocasionalmente, nenhuma delas se equiparou ao nível exibido contra o Palmeiras na Copa do Brasil, especialmente no segundo confronto. Esses dois duelos contra o rival palmeirense, de fato, constituem um capítulo à parte na temporada, não apenas pela natureza da competição (Copa do Brasil ou Libertadores), mas pela postura singular com que o Corinthians aborda o adversário.

Talvez a diretriz para a equipe devesse ser um foco mais intenso em embates como o contra o Juventude e outros adversários que o clube não tem conseguido superar na Série A. É imperativo manter a vigilância, pois o Campeonato Brasileiro possui uma natureza enganosa. O Corinthians já soma cinco partidas sem um resultado positivo, e a preocupação não se resume à sua própria queda de rendimento, mas à ascensão das equipes que figuram na parte inferior da tabela. Conforme Casagrande pontua:

Santos, Corinthians, Grêmio e Vasco têm que tomar cuidado.

A soma dos dados de desempenho e a atuação recente do Corinthians contra o Juventude apontam para uma luta contra o descenso. Embora reconheça que o potencial do Corinthians é superior, como demonstrado nos confrontos com o Palmeiras, onde a equipe exibiu capacidade para almejar objetivos mais ambiciosos, a performance contra o Juventude foi, nas palavras de Danilo Lavieri,

muito, muito ruim

A partida em questão gerou um espanto considerável. A incredulidade era palpável ao observar que aquela não parecia ser a mesma formação que, dias antes, havia superado o Palmeiras no Allianz Parque com uma notável desenvoltura.

Além do Gramado: Instabilidade e Consequências

É compreensível que a concentração de energia tenha sido direcionada para o embate contra o Palmeiras, e que a equipe possa ter entrado em campo com certo desânimo por não se tratar de um torneio eliminatório ou de um clássico contra um grande rival, especialmente ao enfrentar o Juventude, uma equipe da parte inferior da tabela, fora de seus domínios. Contudo, a performance apresentada pelo Corinthians foi, de fato, alarmante.

Adicionalmente, a conjuntura se agrava ao considerar a possibilidade de atrasos salariais e a instabilidade política interna do clube, tornando a situação extremamente delicada. A estratégia de "vamos concentrar as forças para a Copa do Brasil" pode se revelar um risco. Caso o time chegue a uma semifinal e seja eliminado, o olhar para o Campeonato Brasileiro, onde se encontra, por exemplo, na 14ª posição, adquire um peso completamente distinto, como adverte Danilo Lavieri.