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Corinthians: Dívidas Milionárias e Transfer Bans Ameaçam Reforços para 2025

Por Redação FuTimão em 21/10/2025 13:24

O Sport Club Corinthians Paulista se vê novamente enredado em uma complexa teia de pendências financeiras que ameaçam diretamente sua capacidade de reforçar o elenco. Apesar de uma recente quitação de valores devidos ao Cuiabá pelo atleta Raniele, um gesto que resultou no pedido de levantamento de um dos impedimentos na CBF, o horizonte alvinegro permanece nublado por outras condenações que podem impedir a inscrição de novos talentos para a próxima temporada. A diretoria, em meio a essa corrida contra o relógio, deposita suas esperanças na entrada de recursos mais volumosos em dezembro para desafogar as contas mais urgentes.

O clube paulista enfrenta um cenário que, se não for revertido, poderá significar o início da janela de transferências com as mãos atadas, impedindo a chegada de qualquer jogador e limitando o elenco de 2026 aos nomes já presentes. Tal perspectiva contrasta com a ambição manifestada pela diretoria de fortalecer a equipe para 2025, ano em que, vale lembrar, apenas dois nomes (o lateral Angileri e o atacante Vitinho ) foram incorporados, ambos vindos sem custos de transferência.

O Cerco Financeiro e a Proibição de Contratar

A situação mais delicada e de maior vulto financeiro envolve o zagueiro Félix Torres. O Corinthians tem uma dívida substancial de R$ 40 milhões com o Santos Laguna pela aquisição do defensor, e as tentativas de aproximação para renegociar o pagamento têm esbarrado na intransigência do clube mexicano. Uma proposta anterior, de R$ 28 milhões à vista e o restante parcelado, foi categoricamente recusada.

Esta pendência já resultou em uma severa condenação: o Corinthians está impedido de registrar novos atletas por três janelas de transferências. A falta de um acordo iminente com o Santos Laguna agrava a preocupação, pois a resolução deste caso é crucial para qualquer planejamento futuro.

Paralelamente, paira a ameaça de um novo impedimento de registro devido à rescisão contratual do meio-campista paraguaio Matías Rojas. O Corinthians foi condenado a desembolsar R$ 45 milhões ao atleta, e as negociações com seus representantes, iniciadas no mês passado, progridem em ritmo lento. A ausência de um acerto até o final do corrente mês pode selar a imposição de um novo transfer ban, adicionando mais um obstáculo intransponível.

Dívidas Internacionais e Recurso ao CAS

A contratação do meio-campista Rodrigo Garro também continua a gerar implicações jurídicas e financeiras. O Corinthians acumula uma dívida de R$ 23 milhões com o Talleres, da Argentina, e já foi alvo de condenação pela FIFA. Embora o clube tenha recorrido à Corte Arbitral do Esporte (CAS), a decisão ainda é aguardada. Houve uma percepção de que o presidente do Talleres, André s Fassi, adotou um tom menos hostil nas últimas semanas, mas isso não se traduziu em avanços concretos nas negociações.

Além desses casos, o Corinthians enfrenta outras três condenações impostas pela FIFA, todas relacionadas a negociações de atletas. Os valores e clubes envolvidos são:

Jogador Clube Credor Valor Devido (R$) Status
Maycon Shakhtar Donetsk 6 milhões Condenado pela FIFA, recurso ao CAS
José Martínez Philadelphia Union 8 milhões Condenado pela FIFA, recurso ao CAS
Charles Midtjylland 6 milhões Condenado pela FIFA, recurso ao CAS

Para esses três casos, o Corinthians também recorreu ao CAS, aguardando as respectivas decisões. Enquanto isso, a diretoria tenta estabelecer diálogo com os clubes credores na tentativa de evitar que as sanções avancem e resultem em novos transfer bans.

Novos Desafios no Horizonte: Cacá e Talles Magno

A lista de pendências não se encerra aí. Outras duas transações carregam o potencial de se converterem em futuras proibições de registro. O Corinthians possui valores ainda não quitados com o Tokushima Vorits, referentes à aquisição do zagueiro Cacá, e com o New York City, em decorrência do empréstimo do atacante Talles Magno.

A incapacidade de alcançar acordos e regularizar essas dívidas antes do período de transferências representaria um duro golpe no planejamento do clube. Sem a possibilidade de inscrever novos atletas, o Corinthians estaria restrito a manter o elenco atual, iniciando 2026 sem as tão almejadas novidades e sem a capacidade de se reforçar para os desafios da temporada.

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