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Biometria Facial na Neo Química Arena: O Que o Pior Público do Ano Revela?

Por Redação FuTimão em 14/07/2025 08:14

O embate entre Corinthians e Red Bull Bragantino, válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro no último domingo, ficou marcado não apenas pelo resultado em campo, mas pela introdução pioneira do sistema de biometria facial nas catracas da Neo Química Arena. Curiosamente, apesar de o clube ter registrado a menor afluência de torcedores do ano, a cúpula alvinegra avalia a implementação da nova tecnologia sob uma ótica favorável.

A equipe do Timão empreendeu um esforço concentrado para estabelecer, em um lapso de apenas três semanas, um sistema cuja instalação tipicamente demandaria aproximadamente três meses. Ainda que a operação tenha se dado sem a realização de testes prévios, o fluxo de acesso dos aficionados transcorreu, em grande parte, sem percalços significativos.

No total, 33.847 indivíduos estiveram presentes no estádio. Por meio de uma comunicação oficial, o Corinthians divulgou que a incidência de problemas foi inferior a 0,5% do total de acessos. Este percentual, embora baixo, suscita questionamentos sobre a percepção de "saldo positivo" em face de um público tão aquém das expectativas.

Os Desafios Operacionais da Estreia da Biometria

Acompanhando o processo de perto, observou-se que um contratempo inicial retardou a abertura dos portões em 23 minutos em relação ao horário programado, às 17h. A exigência da Polícia para que a Ouvidoria estivesse plenamente operacional foi o fator determinante para a autorização da entrada dos torcedores. Esta delonga, previsivelmente, gerou a formação de extensas filas nas imediações dos portões do complexo esportivo.

Contudo, uma vez liberado o acesso, a entrada dos torcedores ocorreu de maneira notavelmente fluida. Relatos colhidos nos setores Norte e Oeste, e corroborados por informações de torcedores nos setores Sul e Leste, indicaram que os contratempos foram pontuais, limitando-se a "um ou outro" problema isolado, conforme observado pela reportagem.

Entre as poucas falhas identificadas pela administração corintiana, destacaram-se casos de indivíduos que realizaram o cadastro biométrico de forma inadequada, utilizando fotografias com acessórios como óculos ou bonés, ou aqueles que simplesmente não haviam efetuado o registro facial. Nestes cenários, o torcedor foi compelido a proceder ao cadastro no local e aguardar alguns minutos para que sua identificação fosse devidamente integrada ao sistema.

Visão Oficial e os Ganhos da Nova Tecnologia

As principais queixas emergiram daqueles corintianos que possuíam camarotes, tradicionalmente permitidos a ingressar quatro horas antes do início da partida. Neste segmento, houve relatos de pais que conseguiram entrar, mas cujos filhos tiveram o acesso negado inicialmente. Próximo ao apito inicial do jogo, contudo, informações de seguranças indicaram que a situação fora devidamente regularizada.

Marcelo Munhoes, diretor de Tecnologia do Corinthians , expressou satisfação com a performance da identificação por biometria facial na Neo Química Arena. Conforme suas palavras, "Foi um projeto muito desafiador, que demoraria cerca de três meses e foi executado em três semanas. Foi uma decisão que o Corinthians abraçou, com todos os departamentos internos ajudando na operação. O presidente Osmar Stabile falou que a implementação do facial era o foco neste momento e conseguimos implementar em tempo recorde."

Ele ainda complementou, destacando os benefícios do sistema: "Temos diversos ganhos com o facial, pois ele é mais rápido na entrada em relação ao QR Code, já que não precisa mais trazer uma folha ou usar a tela do celular para acessar o estádio. Basta mostrar a sua face e em cerca de dois a três segundos, o torcedor já é liberado." A avaliação do Segundo Batalhão de Polícia de Choque, em nota, corroborou a fluidez, informando que o acesso dos torcedores com a nova tecnologia "transcorreu sem maiores intercorrências, não gerando nenhuma ocorrência policial."

O Fim dos Cambistas e a Evolução Necessária

A partir de agora, a obrigatoriedade do cadastramento da biometria facial é um pré-requisito para a aquisição de ingressos, que se tornam estritamente pessoais e intransferíveis. Tal medida, imposta por lei, tornou-se compulsória em todos os estádios brasileiros com capacidade superior a 20 mil pessoas desde 14 de junho.

Conforme constatado no último domingo, essa determinação resultou na prática erradicação dos cambistas nas imediações da Neo Química Arena, uma presença antes habitual. O Corinthians , notavelmente, foi o último clube da Série A a adotar este recurso. A administração anterior, sob a presidência de Augusto Melo, divergia sobre a escolha da empresa provedora do sistema e, após sucessivos atrasos, firmou contrato com a Bepass. Posteriormente, a diretoria liderada por Osmar Stabile rescindiu o contrato e estabeleceu parceria com a LigaTech.

O processo de cadastramento da biometria facial no portal Fiel Torcedor foi iniciado pelo Corinthians em meados de junho, pavimentando o caminho para esta nova era de acesso aos jogos.

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Comentado em 14/07/2025 13:06 Tecnologia é o caminho, ainda mais no Timão!
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Comentado em 14/07/2025 11:24 Fila atrasou mas foi tranquilo, vai Corinthias!
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Comentado em 14/07/2025 09:53 Facial agiliza demais, era hora de mudar, rsrs!
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