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Voto do Fiel Torcedor: O Novo Rumo Institucional do Corinthians em Debate

Por Redação FuTimão em 25/11/2025 10:42

O cenário político do Sport Club Corinthians Paulista vislumbra uma transformação significativa, com a reforma estatutária novamente em pauta. Embora a deliberação final tenha sido postergada para fevereiro de 2026, a recente reunião do Conselho Deliberativo, ocorrida nesta segunda-feira (24), deixou uma impressão notavelmente positiva, especialmente para Romeu Tuma Júnior, o presidente do órgão. Sua avaliação aponta para um consenso crescente entre os conselheiros em favor da inclusão do sócio-torcedor no processo eleitoral presidencial do clube, um movimento que redefine o paradigma de participação.

Essa sinalização de apoio massivo à concessão do direito de voto ao "Fiel Torcedor" representa um marco potencial. Tuma Júnior ressaltou que tal iniciativa não apenas expandiria o colégio eleitoral, atualmente restrito a aproximadamente três mil associados, mas também injetaria um novo dinamismo na gestão alvinegra, alinhando-a mais diretamente com a paixão de milhões de torcedores que compõem a verdadeira essência do clube.

O dirigente expressou com veemência a urgência dessa mudança, criticando a manutenção de um modelo restritivo que já não condiz com a dimensão do Corinthians . Em suas palavras, o presidente do Conselho Deliberativo enfatizou a necessidade de priorizar o interesse da instituição acima de qualquer agenda individual:

"Houve um sinal de avanço de que todo mundo está consensual pela aprovação do voto do Fiel Torcedor. Acho que é uma medida relevante ao Corinthians. Não podemos mais ficar presos a votar em 3 mil pessoas o futuro de uma associação que mexe com a paixão de 35 milhões."

A Ampliação do Voto e os Desafios da Governança Alvinegra

A visão de Tuma Júnior vai além da mera ampliação do eleitorado, tocando em pontos nevrálgicos da administração corintiana. Ele argumenta que o momento exige uma postura mais audaciosa e menos presa a interesses particulares, um imperativo para a saúde futura do clube:

"Aqui, cada um está preocupado com seu próprio interesse, o interesse maior deveria ser o do Corinthians. Só estamos aqui porque o Corinthians existe. Temos que cortar na carne, o interesse é do Corinthians. Perdemos a capacidade de gerir crise, tem que dividir mesmo, a torcida tem que votar e tchau."

Contudo, a reforma estatutária transcende a questão do voto do torcedor. O projeto abrange uma série de transformações estruturais igualmente complexas e sensíveis, como a eventual conversão do Corinthians em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), a implementação de novos mecanismos de governança corporativa, o fortalecimento dos controles internos e uma profissionalização mais abrangente de toda a estrutura administrativa do clube.

O Caminho para 2026: Debates, Audiências e a Decisão Final

Diante da amplitude e da profundidade dos temas propostos, os conselheiros optaram por um processo mais robusto de discussão. Ficou estabelecido que o projeto passará por uma série de audiências públicas, visando aprofundar o debate e coletar contribuições de torcedores, associados e membros do próprio Conselho Deliberativo. Essa etapa é crucial para garantir que a reforma seja fruto de uma reflexão coletiva e representativa.

O cronograma estabelecido prevê que a nova votação do texto reformulado ocorrerá em fevereiro de 2026. Posteriormente, em março do mesmo ano, os associados do clube terão a palavra final, em uma assembleia geral, para ratificar ou não as decisões tomadas pelo Conselho. Até lá, a proposta permanecerá sob escrutínio, marcando um dos mais significativos e abrangentes processos de revisão estatutária na história recente do Corinthians , com o potencial de redefinir sua trajetória institucional por décadas.

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