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VAR no Dérbi: Ex-Árbitra Detona Linha de Impedimento e Pede Tecnologia Avançada
Por Redação FuTimão em 31/07/2025 10:03
A recente edição do clássico entre Corinthians e Palmeiras foi palco de uma controvérsia arbitral que reverberou intensamente, especialmente em torno de um lance capital que resultou na anulação de um gol do lado alviverde. A decisão, mediada pelo sistema de Árbitro Assistente de Vídeo (VAR), gerou debates acalorados sobre a precisão e a confiabilidade da tecnologia empregada no futebol brasileiro.
Diante deste cenário, a renomada comentarista de arbitragem da ESPN, Renata Ruel, ofereceu uma análise incisiva sobre a atuação do VAR naquele momento crucial. Conhecida por sua perspicácia e experiência como ex-árbitra, Ruel não hesitou em apontar falhas significativas no procedimento que culminou na invalidação do tento.
Para a especialista, a ferramenta tecnológica utilizada para traçar as linhas de impedimento demonstrou uma notável imprecisão, comprometendo sua própria credibilidade. A percepção de Ruel é que a assistência do campo, que inicialmente validara o gol, foi sobreposta por uma intervenção do VAR baseada em um traçado de linha que carece de solidez e convicção. A questão central recai sobre a "linha sem credibilidade", um padrão preocupante já observado em outras partidas do Campeonato Brasileiro.
A Controvérsia da Linha de Impedimento
Em sua explanação detalhada, Renata Ruel expressou sua profunda preocupação com a reincidência de tais equívocos, reforçando a necessidade de uma reavaliação urgente dos métodos empregados. Ela afirmou: " No campo, o assistente dá gol legal. O VAR traça a linha e marca impedimento do Gustavo Gomes, que dá assistência para o gol. É novamente uma linha sem credibilidade. Nós já vimos isso na rodada do final de semana no Brasileirão, São Paulo e Fluminense, Cruzeiro e Ceará. Linhas numa tecnologia que não passa credibilidade nenhuma, que você não consegue ter convicção se o atacante realmente está em posição de impedimento ou não. Lembrando que esse tipo de tecnologia que usamos no Brasil tem uma margem de erro de 30 centímetros. Um frame equivocado, uma linha traçada mais para cá ou mais para lá, vai trazer indecisão e falta de credibilidade. Com essa linha traçada, a gente fica na dúvida se havia ou não impedimento".
A margem de erro de 30 centímetros inerente à tecnologia atual, conforme destacado por Ruel, é um fator determinante para a incerteza. Um único "frame equivocado" ou um mínimo desvio no traçado da linha são suficientes para gerar uma decisão contestável, que flutua entre a validação e a anulação de um gol. Essa fragilidade técnica é o cerne da desconfiança que permeia as análises arbitrais.
A Urgência do VAR Semiautomático
Diante da persistência dessas inconsistências e da evidente falta de convicção que as linhas traçadas manualmente proporcionam, a ex-árbitra reitera seu apelo por uma transição tecnológica. O sistema de impedimento semiautomático, já em uso em outras ligas e torneios de elite, emerge como a solução mais confiável. Sua implementação, segundo Ruel, seria capaz de conferir uma credibilidade significativamente superior às decisões, eliminando as dúvidas que atualmente pairam sobre lances capitais.
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