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Transfer Ban Corinthians: Risco de Perda de Pontos e Rebaixamento?
Por Redação FuTimão em 15/08/2025 05:11
O Sport Club Corinthians Paulista enfrenta um período de incertezas significativas, impulsionado por desafios financeiros que culminaram em uma sanção da FIFA. Desde a última terça-feira, 12 de março, o clube foi impedido de registrar novos atletas, uma punição conhecida como "transfer ban", decorrente de uma pendência financeira com o Santos Laguna, do México, relacionada à aquisição do zagueiro equatoriano Félix Torres.
Inicialmente, essa penalidade impede o registro de novos jogadores por um período que pode se estender por até três janelas de transferência, incluindo a atual, que se encerra em setembro. A suspensão será suspensa apenas quando a agremiação paulista quitar o montante de US$ 6,145 milhões, o que, na cotação atual, representa cerca de R$ 33,4 milhões.
A Severa Sanção da FIFA e Seus Desdobramentos
Para reverter a situação, o Corinthians tem a opção de buscar um acordo direto com a equipe mexicana, algo que, até o momento, não foi concretizado. Embora exista a possibilidade de uma resolução amigável, a inércia na quitação da dívida pode levar a um agravamento progressivo da pena. Renata Falcão, advogada especializada em direito desportivo e CEO da Baalbaki & Falcão, detalhou ao Terra os potenciais desdobramentos dessa situação.
?O Corinthians pode perder pontos se, após uma decisão definitiva da FIFA ou do CAS, não pagar o que deve dentro do prazo. Se as dívidas não forem quitadas, a FIFA pode escalar a punição começando pela proibição de registrar atletas e evoluindo para perda de pontos, rebaixamento ou até exclusão de competições, conforme o Regulamento de Status e Transferências de Jogadores e o Código Disciplinar da FIFA?
A situação do clube não se restringe apenas ao caso Félix Torres. O Corinthians também possui outras pendências em análise na Corte Arbitral do Esporte (CAS), envolvendo dívidas referentes à contratação de Rodrigo Garro, junto ao Talleres, da Argentina, e à rescisão contratual de Matías Rojas. A expectativa é que essas questões sejam resolvidas nas próximas semanas, adicionando mais pressão ao cenário financeiro e jurídico do Timão.
Os Riscos de Escalada: Perda de Pontos e Rebaixamento
A gravidade da situação é sublinhada por precedentes no futebol brasileiro. Em 2020, por exemplo, o Cruzeiro iniciou sua campanha na Série B do Campeonato Brasileiro com seis pontos a menos, uma penalidade imposta devido a uma dívida de um empréstimo do volante Denilson, contraída em 2016 com o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos. Este episódio serve como um alerta claro sobre as consequências de débitos internacionais não resolvidos.
O panorama para o Corinthians é complexo e exige uma atuação rápida e estratégica. A inércia na resolução dessas pendências, especialmente a que gerou o transfer ban, pode desencadear uma série de punições que impactariam diretamente o desempenho esportivo e a estabilidade do clube nas próximas temporadas.
O Débito com o Santos Laguna: Detalhes Cruciais
A origem do atual transfer ban reside na cobrança de mais de R$ 33 milhões pelo Santos Laguna, referente à venda de Félix Torres ao Corinthians . A transação foi realizada em janeiro de 2024, nos primeiros dias da gestão de Augusto Melo. O clube mexicano alega ter recebido apenas a parcela inicial da compra, no valor de US$ 2 milhões (equivalente a R$ 10,8 milhões).
A segunda parcela da aquisição do zagueiro, que totalizava US$ 6,5 milhões (aproximadamente R$ 35,1 milhões), venceu em maio de 2024. Sem o recebimento do valor, o Santos Laguna formalizou a queixa junto à FIFA. O departamento jurídico do Corinthians tentou reverter a decisão por meio de um recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS), mas a apelação foi negada.
Além do valor remanescente do jogador, a decisão da FIFA estabelece o pagamento de multas e juros adicionais. A dívida total se desdobra da seguinte forma:
Item | Valor (US$) | Detalhe |
---|---|---|
Valor restante do jogador | 4.500.000 | Parcela não paga pela compra de Félix Torres |
Multas por atraso | 675.000 | Penalidade por atraso no pagamento |
Juros anuais (18%) | 810.000 | Calculado de maio de 2024 até a quitação |
Multa FIFA | 30.000 | Penalidade administrativa da FIFA |
Total Adicional | 6.015.000 | Excluindo a primeira parcela já paga |
A situação exige uma ação imediata e decisiva da diretoria corintiana para evitar que as consequências se agravem, comprometendo não apenas a capacidade de reforçar o elenco, mas a própria integridade do clube nas competições.
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