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Táticas do Corinthians Feminino: Entenda as Escolhas de Piccinato no Majestoso
Por Redação FuTimão em 24/06/2025 13:23
O recente embate Majestoso, disputado no último domingo, transcendeu a simples interrupção da sequência invicta do Corinthians na atual edição do Paulistão Feminino. Em campo, o treinador Lucas Piccinato viu-se diante de um desafio inesperado na região central do meio-campo, sendo compelido a orquestrar uma série de adaptações ao longo do confronto contra a equipe do São Paulo.
Embora o desfecho tenha resultado na perda do aproveitamento impecável e da liderança no campeonato, a situação também provocou uma série de questionamentos e exigiu justificativas por parte da comissão técnica, revelando a complexidade das escolhas em momentos de alta pressão.
O Desafio do Meio-Campo: Desfalques e Adaptações Forçadas
A equipe alvinegra iniciou a partida sem a presença crucial de Dayana Rodríguez, que havia reportado um desconforto muscular na coxa durante o aquecimento do jogo anterior. Por prudência, a atleta foi poupada. A responsabilidade de preencher a lacuna recaiu sobre Yaya, que, contudo, também apresentou queixas físicas no decorrer do embate e solicitou sua substituição no segundo tempo.
Diante deste cenário adverso, Piccinato foi forçado a reposicionar Duda Sampaio, uma meia conhecida por sua capacidade criativa, para a função de volante. A medida, embora emergencial, alterou a dinâmica natural da jogadora.
"Infelizmente, a Yaya pediu para sair. Então, a gente ficou sem as duas primeiras volantes. Buscamos uma improvisação. No primeiro momento, deixamos a Duda, mas isso tira a principal característica dela, de ser uma meia de criação", elucidou o técnico à Rádio Coringão.
Percebendo o impacto na ofensividade, o comandante ainda tentou uma nova manobra estratégica, realocando a zagueira Thaís para o setor de marcação, buscando estabilizar a retaguarda e o meio-campo simultaneamente.
Alterações Estratégicas: Além das Lesões
É imperativo ressaltar que outra modificação efetuada no intervalo igualmente capturou a atenção dos observadores: a saída de Gi Fernandes. A jogadora vinha demonstrando excelente performance, com contribuições significativas, incluindo assistências decisivas na partida prévia. No entanto, o estrategista optou por introduzir Jaqueline, atleta com perfil mais agressivo e ofensivo, na tentativa de pressionar a linha defensiva adversária e mudar o rumo do jogo.
"É um jogo de duelos físicos, ela não estava sustentando contra a Bia Menezes. A ideia foi usar a Jaque, que força com que a jogadora do outro time tenha um pouco mais de preocupação", justificou o técnico, evidenciando uma escolha tática deliberada e não por contingência física.
O Desfecho: Apagão Coletivo e a Virada do Rival
Apesar de um lance de genialidade de Duda Sampaio, que resultou em um gol espetacular "do meio da rua" nos instantes iniciais, o Corinthians vivenciou um período de ineficácia e desorganização na etapa complementar. A fragilidade na contenção pelas alas e no setor de ataque concedeu ao São Paulo a oportunidade de reverter o placar, culminando com o gol da vitória nos minutos finais dos acréscimos.
Com este revés, o Timão agora concentra seus esforços na lapidação de seu desempenho durante o período de interrupção da competição. A aproximação da fase eliminatória exige que as falhas identificadas sejam corrigidas com máxima celeridade, para que a equipe possa apresentar sua força total nos momentos decisivos.
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