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Reconhecimento Facial na Neo Química Arena: Impacto no Brasileirão e Estratégias do Corinthians para Público Total
Por Redação FuTimão em 19/06/2025 00:31
A Nova Era da Segurança Esportiva: Reconhecimento Facial em Debate
O cenário do futebol nacional testemunha uma transformação significativa, impulsionada pela Lei Geral do Esporte, sancionada em junho de 2023. Esta legislação introduziu uma exigência crucial: a implementação de sistemas de reconhecimento facial em estádios com capacidade superior a vinte mil espectadores. A medida, que entrou em vigor no último domingo, visa aprimorar a segurança e o controle de acesso nos eventos esportivos, marcando um novo patamar para a gestão de grandes públicos.
A urgência desta norma se manifesta de forma premente com o iminente retorno do Campeonato Brasileiro, previsto para sábado, 13 de julho. Clubes e arenas de grande porte se veem em uma corrida contra o relógio para se adequarem, sob pena de enfrentarem severas restrições que podem impactar diretamente a presença de torcedores em seus jogos.
Corinthians sob o Holofote: O Dilema da Neo Química Arena
Neste contexto de adaptação, o Sport Club Corinthians Paulista emerge como um dos protagonistas, enfrentando um desafio considerável. A Neo Química Arena, palco de seus jogos e com uma capacidade que se aproxima dos quarenta e nove mil lugares, atualmente carece da tecnologia de reconhecimento facial exigida. Essa lacuna tecnológica levanta uma preocupação iminente: a possibilidade de que o estádio seja obrigado a operar com um público reduzido, possivelmente limitado a menos de vinte mil torcedores, caso não cumpra a regulamentação.
A diretoria alvinegra, ciente da gravidade da situação e da importância da presença de sua torcida, tem se mobilizado com celeridade. O objetivo primordial é regularizar a situação da Arena antes do reinício das competições, evitando qualquer impedimento à entrada plena de seus aficionados.
Estratégias e Desafios na Implementação Tecnológica Alvinegra
Em resposta ao imperativo legal, o Corinthians intensificou as negociações com órgãos reguladores, como a Polícia Militar e o Ministério Público. Nessas discussões, o clube apresentou um plano meticuloso e escalonado para a instalação do sistema de reconhecimento facial, reconhecendo a complexidade da tarefa. O atraso na implementação, conforme explicado pela agremiação, remonta a decisões da gestão anterior e à recente transição de comando, que implicou na troca do fornecedor de tecnologia, da empresa Bepass para a Ligatech.
Apesar dos obstáculos, o clube já demonstra avanços concretos. Um representante do Corinthians informou às autoridades que "Já adquirimos 145 novas catracas e iniciamos o cadastro biométrico dos sócios-torcedores". Essa etapa é fundamental para a base de dados que alimentará o futuro sistema, demonstrando um compromisso, ainda que tardio, com a conformidade.
Buscando Soluções e Mitigando Riscos: O Plano de Ação Corinthiano
Apesar dos esforços, a conclusão integral da instalação antes do confronto contra o Red Bull Bragantino é considerada inviável pela própria diretoria corintiana. A estratégia delineada, portanto, prevê a ativação progressiva dos novos sistemas, setor por setor, ao longo de sete rodadas do Campeonato Brasileiro. Paralelamente, o clube busca respaldo legal para postergar o prazo oficial por um período de três meses ou, alternativamente, obter uma autorização judicial que permita a validação do cadastro biométrico dos compradores de ingresso, mesmo que o uso nas catracas ainda não esteja plenamente operacional.
Para acelerar a transição e a adaptação do público, o Corinthians ampliou a equipe dedicada ao suporte do cadastro e está preparando uma abrangente campanha de comunicação direcionada aos seus torcedores. Contudo, a ausência de eventos-teste ? um passo crucial para a validação de qualquer nova tecnologia de grande escala ? devido à manutenção do gramado, adiciona uma camada de complexidade ao processo. Apesar de todos os percalços e do tempo exíguo, há uma percepção interna de que a situação será devidamente equacionada antes que quaisquer sanções afetem o desempenho do time no Brasileirão.
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