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Reanálise Financeira no Corinthians: Conselho Fiscal em Ação
Por Redação FuTimão em 21/05/2025 20:11
Revisão Financeira Detalhada no Corinthians
O cenário financeiro do Sport Club Corinthians Paulista passa por um momento crucial. Em uma decisão unânime, o Conselho Fiscal concordou em realizar uma nova análise e votação dos balanços financeiros referentes aos anos de 2023 e 2024. Essa medida atende a uma solicitação direta do presidente do clube, Augusto Melo, após a rejeição do orçamento da temporada anterior pelo Conselho Deliberativo.
Para que essa reanálise seja conduzida de forma eficaz, o Conselho Fiscal estabeleceu uma condição fundamental: o acesso irrestrito aos demonstrativos de resultados de ambos os exercícios, apresentados no mesmo formato que tem sido utilizado até o momento. Além disso, o órgão exige a apresentação de documentos que comprovem a reclassificação das despesas entre os dois períodos. Essa documentação também deverá ser encaminhada ao Conselho de Orientação (Cori) e ao próprio Conselho Deliberativo, garantindo transparência e acesso à informação para todos os envolvidos.
Haroldo José Dantas da Silva, presidente do Conselho Fiscal, expressou a percepção dos membros em um ofício direcionado a diversas lideranças do clube, incluindo o presidente Augusto Melo, Romeu Tuma Júnior (presidente do Conselho Deliberativo), Miguel Marques e Silva (presidente do Conselho de Orientação), Vinicius Cascone (diretor jurídico) e Alexandre Germano (diretor financeiro). Segundo ele, ?Um sentimento unânime dos membros deste conselho é que este trabalho será extenso e longo, pois há várias iniciativas que devem ser realizadas para a conclusão desta análise e posterior deliberação?. Essa declaração sinaliza a complexidade e a profundidade da investigação que será realizada.
Entenda o Contexto da Reanálise Financeira
A iniciativa de Augusto Melo de solicitar uma nova votação das contas de 2024 surge em meio a alegações de que o balanço reprovado continha dívidas originárias de 2023, período em que a gestão estava sob a responsabilidade de Duilio Monteiro Alves. De acordo com o departamento financeiro da atual administração, do montante total da dívida bruta do Corinthians , avaliada em R$ 2,568 bilhões, R$ 191 milhões correspondem a passivos herdados da gestão anterior.
Essa quantia de R$ 191 milhões engloba diversos itens, como um ajuste no saldo devedor do parcelamento do PROFUT junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (R$ 30,2 milhões), contingências consideradas prováveis e não contabilizadas (R$ 56,2 milhões), parcelamento do ISS sobre bilheteria junto à prefeitura de São Paulo (R$ 76 milhões) e contingências criadas em 2024, mas relacionadas a dívidas passadas, como processos cíveis, trabalhistas, tributários e na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (R$ 28,8 milhões).
A diretoria financeira do Corinthians argumenta que, caso essas pendências não fossem consideradas, o clube teria registrado um superávit de R$ 9,530 milhões. Em contrapartida, o balanço de 2023 apresentaria um déficit de R$ 190,1 milhões. A administração de Augusto Melo alega ter o respaldo de profissionais da área, como o escritório Campos Mello Advogados e o professor Eliseu Martins, renomado contabilista e professor universitário.
Próximos Passos e Possíveis Desdobramentos
A apresentação do balanço aos órgãos fiscalizadores, acompanhada da ressalva sobre o valor herdado da gestão anterior, não foi suficiente para gerar um diálogo construtivo, especialmente com o Cori (Conselho de Orientação). Segundo membros da diretoria, a ressalva foi ignorada. O Cori, por sua vez, identificou um aumento de R$ 829 milhões no passivo total do clube e recomendou, por 16 votos a 1, a reprovação das contas do primeiro ano de mandato de Augusto Melo.
Diante desse cenário, o Conselho Fiscal desempenhará um papel crucial. Caso o órgão determine que existem números da gestão de Duilio com impacto direto na dívida de 2024, o Cori analisará o caso e, posteriormente, o Conselho Deliberativo votará para decidir se as contas serão reabertas ou não. Se o Conselho Deliberativo aprovar a reabertura das contas de 2023, tanto o balanço da gestão de Duilio quanto o de Augusto serão submetidos a uma nova votação pelos conselheiros.
O departamento financeiro do Corinthians relatou o valor herdado da gestão passada ao apresentar o balanço para os órgãos fiscalizadores, mas viu dificuldade de diálogo, especialmente com o Cori (Conselho de Orientação). Segundo membros da diretoria, a ressalva foi ignorada.
O Cori identificou um aumento de R$ 829 milhões no passivo total do clube e recomentou, por 16 a 1, a reprovação das contas do primeiro ano de mandato de Augusto Melo.
Se o Conselho Fical indicar que existem números da gestão de Duilio com impacto direto na dívida de 2024, o Cori analisará o caso e, por fim, o Conselho Deliberativo votará para reabrir as contas ou não.
Se o CD for a favor da reabertura das contas de 2023, tanto o balanço da gestão de Duilio quanto o de Augusto serão votados novamente pelos conselheiros.
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