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Protesto da Fiel: A Pressão Popular Irá Transformar o Corinthians?
Por Redação FuTimão em 25/07/2025 01:02
A recente manifestação da torcida corintiana, ocorrida no último dia 24, em frente à sede do clube, ressoou como um clamor por transformações profundas. Não se tratou apenas de um movimento das torcidas organizadas; a adesão de torcedores independentes amplificou o coro contra as administrações passadas e a gestão atual. O epicentro da insatisfação reside na cobrança por alterações na liderança e, crucialmente, pela revisão do estatuto do Corinthians.
A analista Livia Camillo ponderou sobre a capacidade do movimento em influenciar o andamento das discussões internas. Segundo ela, a pressão externa tem o potencial de impulsionar uma pauta que se arrasta há anos no Conselho Deliberativo.
A demora na concretização da reforma estatutária, na visão de Camillo, deriva da natural resistência daqueles que ocupam posições de poder há longo tempo e não desejam abrir mão de sua influência nas decisões do clube. Contudo, ela ressalta que, embora a mobilização possa "Pode agilizar sim", o processo de alteração de um estatuto é inerentemente complexo, envolvendo "várias etapas" e seguindo um "regimento interno", o que impede uma resolução imediata.
A Força da Torcida na Governança do Corinthians
Por outro lado, Lucas Musetti expressou um ceticismo quanto à transformação prática imediata, embora reconheça a importância vital da pauta. Para Musetti, a reforma do estatuto é fundamental para o benefício do Corinthians , uma vez que "Não dá para uma torcida tão grande ter um pode na mão de tão poucas pessoas - com chapas e briga pelo poder."
Ele observou que muitos protestos anteriores frequentemente falham em gerar resultados concretos, seja por motivações políticas ocultas ou pelo mero desejo de autopromoção de seus líderes. No entanto, o recente ato da Fiel pareceu-lhe diferente. Musetti destacou que o evento, convocado pela Gaviões, agregou "outras organizadas e o público em geral", conferindo-lhe uma legitimidade que sugere um engajamento "mais pelo bem do Corinthians ."
Reforma Estatutária: O Caminho para um Novo Corinthians?
A convergência de vozes independentes e organizadas nesse protesto sinaliza um descontentamento generalizado com a estrutura de poder vigente no clube. A questão central não é apenas a destituição de nomes, mas a redefinição de um modelo de governança que, por décadas, tem sido apontado como a raiz de problemas administrativos e financeiros.
Resta saber se a pressão popular será suficiente para transpor a inércia burocrática e a resistência dos interesses estabelecidos, transformando a indignação em uma mudança estrutural duradoura que, de fato, realinhe o Corinthians com os anseios de sua imensa torcida. A efetividade do protesto não se medirá pela sua intensidade, mas pela sua capacidade de catalisar uma reforma que há muito se faz necessária.
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