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Orlando Ribeiro Compara Vestiário do Corinthians Profissional e Base | Análise do Interino

Por Redação FuTimão em 19/04/2025 22:42

Questionado sobre suas aspirações de ascender ao cargo definitivo na equipe principal, Orlando Ribeiro adotou uma postura comedida. Ele ressaltou que "Tudo tem a sua hora", definindo a chegada ao futebol profissional como um "projeto de vida". Contudo, enfatizou a importância de aguardar a oportunidade no momento oportuno, rejeitando qualquer senso de urgência.

Sua trajetória, iniciada em escolas de futebol e consolidada nas categorias de base, reflete uma construção gradual e paciente. O técnico observou que, na ausência de propostas do futebol profissional que considerasse "muito vantajosa" ou alinhada a um "projeto" claro, optar pela continuidade no trabalho atual parecia a decisão mais sensata. Ele frisou que o objetivo de alcançar o nível principal permanece, sem "limites", enquanto dispuser de "saúde e energia" para dedicar-se a isso.

A experiência de interagir com a intensidade da torcida corintiana no contexto profissional foi descrita como "gratificante". Ribeiro relembrou a atmosfera da Copinha, onde a presença maciça dos torcedores já se fazia notar. Embora não se declare "acostumado" à escala do apoio no time principal, a percepção dessa "energia" não era novidade. Ele pontuou que, apesar de não ser sua primeira passagem por uma equipe profissional, o momento atual possui um "especial" significado. Mencionou ainda ter sentido a força da Arena Corinthians em ocasiões anteriores, quando esteve presente como técnico adversário.

O Elenco e a Integração da Base

Indagado sobre o estado de espírito do elenco após a troca de comando, o técnico interino desmistificou a ideia de um ambiente completamente deteriorado. Ele afirmou: "Não encontrei terra arrasada, atletas cabisbaixos". Ribeiro reconheceu, no entanto, a existência de "algumas dificuldades de uma equipe grande que não vinha vencendo". A abordagem da comissão técnica interina foi reforçar a confiança, instando os jogadores a "continuarem acreditando". Segundo ele, a situação não indicava um desânimo irrecuperável, e "ninguém desistiu ou estava cabisbaixo de uma forma que não se pudesse recuperar".

A inclusão de três atletas formados na base entre os relacionados para a partida foi vista como um indicativo positivo. Ribeiro avaliou que tal medida "é bom porque eles vão tendo esperanças de chegar no profissional". Ele descreveu o Corinthians como uma instituição que preza pela "integração", garantindo que os jovens estarão "à disposição" sempre que a equipe principal necessitar.

A convocação específica foi motivada pela ausência de jogadores suspensos e pela necessidade de um especialista na lateral direita, posição ocupada por Caipira, que recebeu a oportunidade. A inclusão de Dieguinho, por sua vez, visava suprir uma carência tática identificada para o segundo tempo, função que o técnico sabia que o atleta poderia desempenhar. Essa estratégia, segundo Ribeiro, "vai dando confiança para eles".

Orlando Ribeiro Compara Vestiário do Corinthians Profissional e Base | Análise do Interino
Foto: (Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians)

Preparação em Tempo Reduzido

Dada a escassez de tempo para preparação e as condições climáticas adversas que impediram atividades em campo no dia anterior, a comissão técnica optou por um ajuste pontual na manhã do jogo, realizando um "treino andando". Ribeiro explicou que, apesar de acompanhar a equipe e estar "integrados", o foco principal na partida foi o "entendimento dos detalhes que pedimos e a realização dos atletas em campo".

Ele enfatizou que, sem um treinamento convencional, o "mérito deles" foi crucial. A estratégia visava simplificar ao máximo, pois "Quanto mais simples a gente deixasse o jogo, era melhor". O tempo exíguo de trabalho, limitado a análises em vídeo e o breve ajuste matinal, impôs essa necessidade de focar em "um pequeno detalhe de uma situação ou outra".

Estratégias Táticas em Campo

Nas abordagens táticas, a instrução para os jogadores de ataque foi clara: "Procuramos pedir para eles se movimentarem mais no ataque". A expectativa era enfrentar um Sport com linhas recuadas, e caso não adotassem essa postura inicial, a equipe buscaria "tentaríamos levar eles a isso". Ribeiro destacou que, contra defesas compactas, "se precisa de mais movimentações", e o sucesso nesse aspecto foi atribuído à boa execução dos atletas, que "se movimentaram bem, receberam os passes", gerando "chances de gol" na etapa inicial.

Para suprir a ausência de um meia de armação tradicional, a orientação, transmitida via vídeo e no ajuste matinal, foi para que os jogadores buscassem a "lateral da área para finalizar". Ribeiro considerou que a equipe chegou "bastante" nessa zona, creditando o desempenho à "inteligência deles que fez com que tivéssemos várias chances de gol". Ele apontou que um "pequeno detalhe" tático foi assimilado, resultando em um bom número de oportunidades, apesar de ter "Faltou só um pouco mais de capricho".

Em relação à construção de jogo desde a defesa, a abordagem foi de conceder liberdade aos zagueiros e laterais para "decidirem o que fazer". Ribeiro reconheceu que aprimorar a "troca de passes entre zagueiros e laterais" para conectar defesa, meio e ataque exige "tempo e treinos". A instrução crucial, dada antes e durante o intervalo, foi a necessidade de "serem mais rápidos para não dar tempo do Sport pressionar".

Ajustes, Substituições e a Ansiedade

A reação imediata da equipe após sofrer o gol de empate foi elogiada. Ribeiro observou que "O time assimilou bem o golpe", e a conversa no intervalo reforçou a necessidade de manter a "pressão". Ele admitiu que a linha de meio-campo recuou "depois de 20 ou 30 minutos", momento em que o Sport conseguiu explorar espaços. No entanto, os jogadores "entenderam que precisavam continuar pressionando". O gol marcado logo no retorno do vestiário foi considerado "importante".

Ribeiro fez um paralelo com a base, onde sempre orienta os jovens a "saírem com a bola para frente", notando que o gol no profissional confirmou essa abordagem, embora não tenha sido uma instrução específica sua naquele instante ("Não foi um pedido meu no profissional").

As substituições de Bidon e Carrillo foram justificadas por "estratégia". O técnico avaliou que as mudanças "deu certo", pois a equipe conseguiu "Manter o resultado", antecipando uma pressão maior do adversário. Ele esclareceu que as alterações "Não foram por questões físicas". Sobre Bidon, Ribeiro, que o conhece desde o sub-17, considerou que, apesar de seu potencial ("pode muito mais"), ele "tecnicamente ele não se apresentou tão bem" na partida. A troca de Carrillo foi explicada pela "característica de volantes", pois, naquele momento, a equipe necessitava de jogadores com maior capacidade de marcação.

Questionado sobre o que impediu a equipe de converter as oportunidades criadas na primeira etapa antes de sofrer o gol, Ribeiro apontou a "ansiedade" como o fator principal. Ele mencionou que os próprios jogadores reconheceram isso "no vestiário", concluindo que "Ficou faltando isso".

Profissionais vs. Base: Uma Comparação Inusitada

Retornando ao ponto central de sua avaliação, Orlando Ribeiro reiterou que a condução do elenco profissional se mostrou menos complexa do que o trabalho com a equipe sub-20. A razão, segundo ele, reside na diferença de maturidade e vivência no futebol. O técnico detalhou:

"Foi tranquilo. Vejo que com os meninos é mais difícil para eles entenderem algumas situações porque eles não têm a vivência que esses atletas têm. Além de passarmos alguma coisa do que já vivenciamos, eles precisam fazer para ver o que dá certo. Eles duvidam do que a gente fala. Quando se trabalha com os profissionais, fica mais fácil do que com o sub-20. Não que os meninos não tenham qualidade, mas a idade faz com que eles paguem para ver. Temos de ter mais paciência."

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André

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Comentado em 20/04/2025 03:41 Meus amigos, essa vitória vem em boa hora! Ribeiro pegou a rapaziada e deu uma sacudida. Vamos correr atrás, ainda dá tempo de brigar por algo maior!
Douglas

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Comentado em 20/04/2025 02:01 Vitória boa! Já era hora, hein?
Mariana

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Comentado em 20/04/2025 00:21 Olha, gostei do que vi! O Ribeiro parece saber o que faz. Vamos em frente, fio!
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