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Moraes: Gesto em Itaquera, Sanções e Reações Políticas no Brasil
Por Redação FuTimão em 31/07/2025 09:32
A Neo Química Arena, palco de tantas emoções para a torcida corintiana, foi cenário de um momento inusitado na noite de quarta-feira (30). Em meio à vibrante vitória do Corinthians sobre o Palmeiras, pela Copa do Brasil, o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), protagonizou uma cena que rapidamente ganhou destaque: um gesto obsceno com o dedo médio.
Presente em um dos camarotes do estádio em Itaquera, zona leste de São Paulo, o magistrado acompanhou de perto o gol decisivo marcado pelo holandês Memphis Depay, que garantiu o triunfo do Timão.
Contudo, a presença do ministro no evento esportivo ganhava contornos ainda mais complexos, pois ocorria poucas horas após a imposição de sanções pelo governo dos Estados Unidos. A medida, enquadrada na denominada "Lei Magnitsky", representa um instrumento legal que permite a Washington agir contra indivíduos que, em sua avaliação, suprimem denúncias de corrupção, restringem liberdades fundamentais ou interferem em processos eleitorais democráticos.
Em um comunicado oficial que fundamentava a aplicação da referida lei, Scott Bessent, então secretário do Tesouro dos EUA, expressou duras críticas. Ele declarou que Moraes "assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras".
Reações Polarizadas e a Defesa Institucional do STF
Complementando a posição norte-americana, Marco Rubio, à frente da diplomacia dos EUA, afirmou que o ministro do Supremo cometeu "graves violações dos direitos humanos". Em um tom de advertência, Rubio ainda alertou: "Que este seja um aviso para aqueles que atropelam os direitos fundamentais de seus compatriotas - as togas judiciais não podem protegê-los".
A decisão do governo de Donald Trump repercutiu de forma antagônica no cenário político brasileiro. Enquanto parlamentares da oposição ao governo Lula e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestaram celebração pela sanção imposta a Moraes, governistas, por sua vez, rejeitaram veementemente a medida, expressando solidariedade ao magistrado.
Na mesma noite, o Supremo Tribunal Federal divulgou uma nota em defesa de Moraes, reafirmando seu compromisso inabalável com o cumprimento da Constituição Federal. A Corte enfatizou que o julgamento de delitos associados à tentativa de golpe de Estado em 2022 é de "exclusiva competência da Justiça do país".
O Contexto da Investigação: Golpismo e Ameaças
Moraes atua como relator dos processos que, entre os réus, incluem o ex-presidente Bolsonaro. Ao abordar o processo da trama golpista, formalmente denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o comunicado do STF ressaltou que a investigação revelou "indícios graves" de crimes contra a ordem democrática.
Adicionalmente, a nota da Corte indicou que o plano golpista previa até mesmo a execução de autoridades públicas, como o próprio Ministro Moraes, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Vice-Presidente Geraldo Alckmin (PSB).
O Supremo ainda argumentou que "todas as decisões tomadas pelo relator do processo foram confirmadas pelo Colegiado competente". Conforme noticiado pela CNN, a expectativa é que o Ministro Moraes se manifeste publicamente sobre as sanções em uma sessão plenária agendada para esta sexta-feira (1º).
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