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Magrão: O Ídolo do Sport que Quase Vestiu a Camisa do Corinthians na Juventude

Por Redação FuTimão em 15/07/2025 17:56

O ex-goleiro Magrão, amplamente reconhecido como a maior lenda na história do Sport, revelou em uma entrevista exclusiva ao Voz do Esporte, divulgada nesta terça-feira, que sua trajetória profissional poderia ter se iniciado de forma surpreendentemente diferente. Nascido em Carapicuíba, São Paulo, o ex-arqueiro compartilhou detalhes sobre a profunda ligação de sua família com o Corinthians, o time de coração de seu pai, e a tentativa de realizar um teste no clube paulista durante sua adolescência. Sua revelação, de que também foi corintiano na infância antes de se tornar um fervoroso torcedor do Sport, adiciona uma camada pessoal à sua notável carreira.

A paixão pelo futebol e, em particular, pela posição de goleiro, começou a se solidificar na infância de Magrão, em um ambiente familiar que respirava o esporte. Seu pai, um corintiano roxo, o levava desde os seis ou sete anos aos estádios de São Paulo ? Morumbi, Parque Antártica e Pacaembu ? onde trabalhava nos bares. Essa imersão precoce no universo futebolístico proporcionou ao jovem Magrão uma perspectiva única, despertando sua admiração pelos defensores da meta.

Desde os meus 6, 7 anos, meu pai me levava aos estádios de futebol em São Paulo. Meu pai trabalhava nos bares ali nos estádios. Trabalhava no Morumbi, Parque Antártica e no Pacaembu. Ele é corintiano roxo. Eu também era, mas depois virei Sport. Eu ia nos jogos do São Paulo, do Palmeiras e do Corinthians. Uma coisa que me chamava a atenção era sempre os goleiros também. Eu ficava ali, olhando o jogo, olhando os goleiros. Eu comecei a gostar, a admirar eles ali

A escolha por se tornar goleiro, contudo, não foi uma decisão puramente sua; ela surgiu de uma preocupação paterna. Em jogos informais de "gol e linha" em Carapicuíba, seu pai, temendo que o Magrão, magrinho e jogando com garotos mais velhos e robustos, se machucasse, o incentivava a ir para o gol.

Quando eu jogava bola lá em Carapicuíba, eu sempre brincava de 'gol e linha' e meu pai sempre mandava eu ir para o gol, porque como eu era magrinho e jogava com os caras mais velhos, maiores, meu pai tinha medo que eu me machucasse e falava: 'vai para o gol, vai para o gol'. Aí eu acabei indo e gostando, e começou

Detalhou Magrão, revelando como uma medida protetiva se transformou no ponto de partida de uma carreira brilhante.

As Raízes Corinthianas e a Gênese de Um Goleiro

Apesar de toda a paixão corintiana de seu pai, Magrão afirmou categoricamente que nunca houve qualquer tipo de cobrança para que ele seguisse a carreira no clube alvinegro. O apoio familiar foi sempre incondicional, um pilar fundamental em sua jornada, culminando em uma tentativa de teste que, embora frustrada, demonstra o desejo de ver o filho prosperar no esporte.

Aos doze anos, Magrão e seu pai embarcaram em uma jornada de trem até o Parque São Jorge, sede do Corinthians , com a esperança de uma oportunidade que poderia mudar o destino do jovem atleta. Contudo, ao chegarem, depararam-se com uma regra interna inegociável: para realizar o teste, era necessário ser sócio do clube ou ter um parente sócio, uma condição que a família de Magrão não podia atender.

Não cobrava, nunca cobrou. Ele foi o cara que sempre apoiou muito, inclusive, quando eu tinha 12 anos, meu pai me levou pra fazer teste no Corinthians. A gente pegou trem, era no Parque São Jorge, acho que é o Parque do São Jorge. Aí fomos lá, chegamos, não pude fazer teste, porque tinha que ser sócio, alguma coisa assim. Aí meu pai não tinha condição. Ficou triste para caramba com essa situação aí

relembrou o ex-goleiro, descrevendo a profunda tristeza de seu pai diante da porta fechada. Esse episódio, embora um revés, delineou um caminho que, em retrospecto, definiu o lendário Magrão que o futebol viria a conhecer.

Parque São Jorge: O Teste que Não Aconteceu

Anos mais tarde, o destino teceria uma ironia notável, colocando Magrão em lados opostos ao time de seu pai em uma das mais importantes decisões do futebol brasileiro: a final da Copa do Brasil de 2008. Naquela ocasião, Sport e Corinthians se enfrentaram pelo título, em um confronto que transcendeu a rivalidade comum, adicionando uma camada de drama pessoal à disputa.

O Sport, com Magrão em destaque, sagrou-se campeão, conquistando um título inédito e consolidando o goleiro como um ídolo incontestável em Pernambuco. A vitória sobre o clube que, em outro tempo, poderia ter sido sua casa, e que era o time de coração de seu pai, marcou um ponto alto em sua carreira e na história do Leão da Ilha.

Diante de um embate tão significativo, a questão sobre a lealdade de seu pai naquele momento crucial era inevitável, e a resposta de Magrão foi um testemunho da prioridade dos laços familiares.

Ele torceu para o filho. Aí não tem como (risos)

concluiu o goleiro, sublinhando a incondicionalidade do apoio paterno que acompanhou sua carreira, desde os campos de "gol e linha" até a glória de um título nacional contra o time do coração de sua família.

O Confronto de Destinos: Sport x Corinthians na Final de 2008

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Comentado em 15/07/2025 22:35 Magrão no Timão? Seria top, slk!
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Comentado em 15/07/2025 21:01 Poxa, que história sensacional mano, imagina se tivesse testado no Corinthians, ia ser brabo demais!
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Comentado em 15/07/2025 19:31 Se fosse aqui, já tava sendo ídolo kkkk
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