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Lesões do Trio GYM do Corinthians: O Desafio Tático de Dorival Júnior
Por Redação FuTimão em 14/08/2025 08:13
O comando técnico do Corinthians, sob a batuta de Dorival Júnior, encontra-se novamente imerso em um intrincado dilema tático. Após uma espera de quatro meses para finalmente reunir Rodrigo Garro, Yuri Alberto e Memphis Depay em campo, a união durou meros 193 minutos, distribuídos em apenas três confrontos. Agora, o elenco volta a enfrentar a ausência de peças cruciais, forçando o treinador a um novo e complexo quebra-cabeça para recompor o setor ofensivo do Timão.
O Retorno Efêmero e a Nova Realidade no Ataque
A sequência de infortúnios teve seu ponto de partida na semana passada. Durante o clássico contra o Palmeiras, no Allianz Parque, Memphis Depay sentiu dores musculares e solicitou sua substituição ainda no primeiro tempo. O diagnóstico, divulgado no dia seguinte pelo departamento médico do clube, confirmou uma lesão de grau 2 no músculo posterior da coxa direita, afastando o holandês dos gramados por um período considerável.
A situação se agravou na madrugada da última terça para quarta-feira, quando Yuri Alberto se tornou o mais recente desfalque. O centroavante relatou fortes dores abdominais durante a noite, sendo prontamente encaminhado a um hospital em São Paulo. Lá, foi diagnosticado com uma hérnia inguinal e submetido a uma intervenção cirúrgica imediata, um revés inesperado que o tira de ação por tempo indeterminado.
Com estes dois pilares fora de combate, Rodrigo Garro emerge como o único remanescente da trinca ofensiva. Contudo, a contribuição do argentino tem sido, paradoxalmente, a menos impactante do trio nesta temporada, registrando apenas quatro participações em gols ? três assistências e um único gol ? ao longo de 21 partidas disputadas.
A Frustração da Espera Que Se Dissipa
A notícia da desestruturação do ataque foi recebida com desapontamento no CT Joaquim Grava, especialmente por Dorival Júnior. O comandante técnico havia aguardado pacientemente por 16 jogos e quatro longos meses para ter a oportunidade de escalar os três atletas em conjunto. A efetivação dessa formação, no entanto, materializou-se em apenas 100 minutos contra o Palmeiras, seguidos por 52 minutos diante do Fortaleza e mais 41 minutos na partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, novamente contra o rival Palmeiras.
Este cenário impõe à comissão técnica a urgência de reavaliar e reestruturar o setor ofensivo com as poucas alternativas disponíveis. A expectativa de que o trio possa atuar junto novamente é, por ora, inexistente, dadas as diferentes naturezas e prognósticos de recuperação das lesões.
Perspectivas e as Alternativas Escassas
O Corinthians estima que Memphis Depay possa estar novamente à disposição da equipe em um prazo de quatro a cinco semanas. A situação de Yuri Alberto , no entanto, é mais delicada, envolvendo um procedimento cirúrgico, o que impede o departamento médico de estabelecer um período definido para o retorno do camisa 9 aos gramados.
Para o próximo confronto de sábado, contra o Bahia, o Corinthians enfrentará ainda mais limitações. Além dos desfalques do trio principal, o time não contará com Romero, que cumpre suspensão, nem com Vitinho, que segue em processo de condicionamento físico para readquirir sua melhor forma.
As opções para compor o ataque neste momento são notavelmente restritas e, em grande parte, inexperientes. O elenco dispõe de nomes como Talles Magno, Gui Negão, Kayke, Dieguinho, Kauê Furquim e Héctor Hernández. A urgência na recomposição se acentua com os iminentes duelos pelas quartas de final da Copa do Brasil contra o Athletico-PR, agendados para as semanas de 27 de agosto e 11 de setembro.
Os dados do trio GYM na temporada de 2025 revelam a contribuição individual de cada um antes das recentes interrupções:
Jogador | Jogos | Gols | Assistências |
---|---|---|---|
Rodrigo Garro | 21 | 3 | 1 |
Yuri Alberto | 40 | 13 | 1 |
Memphis Depay | 35 | 8 | 10 |
Diante deste cenário de ausências estratégicas e a escassez de substitutos à altura, o desafio de Dorival Júnior transcende a mera escalação. Trata-se de redefinir a identidade ofensiva do Corinthians em um momento crucial da temporada, exigindo criatividade tática e a capacidade de extrair o máximo de um elenco que se vê, subitamente, privado de seus principais recursos de ataque.
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