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Inconsistência nas Punições: Corinthians Cobra Rigor Contra Homofobia no Futebol

Por Redação FuTimão em 13/06/2025 19:03

A batalha contra a discriminação nos gramados brasileiros, especialmente a homofobia, enfrenta um novo capítulo de questionamentos. A eficácia das sanções aplicadas pelos órgãos de justiça desportiva tem sido posta à prova, e a percepção de iniquidade nas decisões pode minar a credibilidade dos esforços para erradicar tais comportamentos.

A Batalha Contra a Discriminação no Futebol Brasileiro

Um exemplo marcante dessa disparidade ocorreu em 2023, quando o Sport Club Corinthians Paulista foi severamente penalizado por manifestações homofóbicas de sua torcida. Em 14 de maio daquele ano, a Neo Química Arena foi palco de cânticos preconceituosos dirigidos à torcida do São Paulo, resultando em uma punição exemplar: um jogo com portões fechados. Essa medida, no entanto, não se replicou de forma consistente para outras agremiações que cometeram infrações similares, levantando dúvidas sobre a uniformidade das sentenças.

O Caso Palmeiras e a Indignação Corintiana

Diante desse panorama, o Corinthians expressou veemente descontentamento com a leveza da sanção imposta ao Sociedade Esportiva Palmeiras. Após os cânticos de cunho homofóbico dirigidos ao atacante Ángel Romero na Arena Barueri, em 12 de abril, durante partida válida pelo Campeonato Brasileiro, o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) optou por uma multa de apenas R$ 80 mil, exclusivamente pecuniária.

A insatisfação corintiana culminou no envio de um ofício à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ao qual o UOL teve acesso. No documento, o clube alvinegro manifesta profunda preocupação com a brandura da pena e argumenta que o episódio não pode ser subestimado, especialmente pela alegada reincidência do clube infrator. A missiva ressalta que, conforme o artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a penalidade pode ser agravada em caso de repetição da conduta. A citação do documento é incisiva:

Embora se reconheça a autonomia decisória das Comissões Disciplinares e a complexidade que envolve o julgamento de infrações de natureza discriminatória, não é possível ignorar a gravidade do episódio e a reincidência do clube infrator, o que, em tese, deveria ensejar sanção mais severa, conforme as balizas previstas no próprio CBJD.

A Necessidade de Coerência nas Sanções Desportivas

A posição do Corinthians não é apenas uma manifestação de rivalidade, mas um chamado à reflexão sobre a aplicação da justiça desportiva no Brasil. A incoerência nas punições pode não apenas descredibilizar o sistema, mas também enviar uma mensagem errônea de complacência com atos discriminatórios. A luta contra a homofobia no futebol exige não apenas normativas claras, mas também sua aplicação rigorosa e equânime, garantindo que a punição seja um efetivo instrumento de educação e prevenção, e não apenas um custo operacional.

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Juliana

Juliana

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Comentado em 13/06/2025 23:51 É complicado ver esses tipos de julgamento. O Corinthians já sofreu a pena máxima enquanto outros escapam com multas minguadas. Temos que nos unir e exigir medidas mais severas contra a homofobia. Se o STJD não agir com rigor, como vamos ser respeitados? Precisamos lutar por justiça!
Mariana

Mariana

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Comentado em 13/06/2025 22:21 Vai Corinthians! Só nós somos punidos! O Palmeiras faz isso e fica por isso mesmo? Eles riem da nossa cara. Estamos aqui sempre lutando por igualdade e respeito no futebol, precisamos de punições justas!
Ana

Ana

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Comentado em 13/06/2025 20:41 Aff, como assim só 80 mil? O Corinthians merece mais, tá de sacanagem!
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