Gerson no Corinthians? Entenda a negociação com Bruno Spindel e Zenit

O Corinthians estabeleceu como prioridade imediata a resolução de suas pendências financeiras para retomar o protagonismo no mercado de transferências. A estratégia da cúpula alvinegra foca na quitação do transfer ban ainda neste período final de ano, utilizando recursos provenientes de premiações e operações de crédito. Para viabilizar a regularização de novos atletas, o clube projeta o uso integral das verbas da Copa do Brasil e um aporte financeiro estruturado.

De acordo com o planejamento interno, o Conselho de Orientação (Cori) já deu o aval para um empréstimo de R$ 70 milhões. Este montante será abatido diretamente das receitas futuras da Liga Forte União (LFU), servindo como fôlego necessário para limpar o nome da instituição perante os órgãos reguladores do futebol. Somente após essa etapa, o departamento de futebol terá sinal verde para formalizar contratações.

A influência de Bruno Spindel na busca por reforços

A iminente oficialização de Bruno Spindel como novo executivo de futebol do Corinthians é o catalisador de uma nova postura no mercado. O dirigente, que aguarda apenas trâmites burocráticos para ser anunciado, já participa ativamente do planejamento do elenco. A diretoria delegou a ele a responsabilidade de conduzir as negociações, desde que respeitada a política de austeridade financeira estabelecida para as próximas temporadas.

É dentro deste contexto que o nome de Gerson, atualmente no Zenit, ganha força nos bastidores do Parque São Jorge. O meio-campista é visto com entusiasmo pela gestão corintiana, e consultas informais já foram realizadas para entender as condições de um eventual negócio. A figura de Spindel é central nesta operação, dado o histórico de sucesso e a relação de proximidade que o executivo mantém com o atleta e seus representantes.

Vale lembrar que Spindel foi peça-chave nas duas vezes em que o meia foi contratado pelo Flamengo, em 2019 e 2022. Essa confiança mútua é o trunfo do Corinthians para convencer o jogador de que o projeto alvinegro é o caminho ideal para seu retorno ao futebol brasileiro, desejo este manifestado pelo atleta após seis meses em território russo.

A engenharia para tirar Gerson do futebol russo

Apesar do interesse mútuo, a operação financeira exige cautela. O Zenit incluiu o jogador em uma "lista de negociáveis" com o intuito de liberar vagas para outros estrangeiros no plantel. No entanto, o vínculo de Gerson com o clube russo estende-se até junho de 2030, o que inviabiliza qualquer transação que demande altos custos de transferência imediata por parte do Corinthians .

A alternativa que ganha corpo é a de um empréstimo. O Timão aposta na excelente relação institucional que possui com o Zenit, construída em negociações anteriores de grande porte, como a permanência definitiva de Yuri Alberto. A ideia é aproveitar essa abertura para costurar um acordo que não comprometa o fluxo de caixa, focando em operações pontuais e de baixo custo de aquisição.

O foco total do Corinthians para 2026 é manter a responsabilidade fiscal, evitando gastos exorbitantes. Assim, a vinda de um nome do quilate de Gerson dependerá exclusivamente da capacidade de Spindel em transformar a boa relação com o Zenit em um modelo de negócio sustentável, priorizando atletas que cheguem sem a necessidade de investimentos vultosos em direitos econômicos.