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Georgios Frangulis: Opinião Crítica sobre o Corinthians e o Futuro com SAF

Por Redação FuTimão em 27/11/2025 19:41

O cenário atual do futebol brasileiro frequentemente suscita debates acalorados sobre a gestão e o porvir de seus clubes mais emblemáticos. Nesse contexto, o empresário Georgios Frangulis, conhecido por sua ligação com a tenista Aryna Sabalenka e por ser um dos proprietários do Le Mans, na França, compartilhou recentemente suas perspectivas sobre o Sport Club Corinthians Paulista.

Embora tenha peremptoriamente afastado a possibilidade de uma aquisição integral do clube, Frangulis expressou sua disposição em "ajudar" a equipe de seu coração. O fundador da bem-sucedida OakBerry, que apesar de seu nome ter ascendência grega é um brasileiro e fervoroso torcedor alvinegro, concedeu declarações que adicionam um peso considerável às suas análises.

A mera cogitação de assumir o controle financeiro do time do Parque São Jorge foi classificada por ele como um ato de "loucura". Essa percepção, segundo o empresário, fundamenta-se na intensidade e na grandiosidade da torcida corintiana, elementos que, em sua visão, singularizam o clube em relação a outras realidades esportivas que já vivenciou.

A Complexidade de Gerir o Timão: Uma Perspectiva Externa

Ao estabelecer um paralelo com o Le Mans, equipe da qual é um dos proprietários, Frangulis enfatizou as diferenças marcantes entre as duas instituições. Ele ressaltou que, apesar de o clube francês possuir sua base de fãs e ser uma paixão local, a dimensão e o alcance são incomparáveis com o gigante paulista.

"Comprar o Corinthians deve ser uma das maiores loucuras que alguém pode fazer na vida. Como corintiano, a gente sabe como a torcida do Corinthians funciona. Depois que comprei o Le Mans, vi que é um cenário completamente diferente. O time tem torcida e a cidade ama o time, mas são 200 mil habitantes."

Referindo-se ao momento atual do Corinthians , o empresário não escondeu um sentimento de tristeza. Ele defende a tese de que o clube necessita de um investidor que não seja brasileiro, com o intuito de mitigar a influência excessiva da paixão, que, embora seja um motor fundamental, não pode ser o único balizador das decisões estratégicas e administrativas.

"Eu fico triste. Acho que o Corinthians precisa de um investidor que não seja brasileiro para eliminar a parte passional. É importante isso, mas não como guia principal. É preciso estar apaixonado pelo projeto. Eu não tenho dinheiro, não tenho paciência e nem tenho coragem para comprar o Corinthians, mas topo ajudar."

Investimento Estratégico: Paixão Versus Gestão Profissional

Frente aos persistentes desafios financeiros e estruturais que assolam grande parte dos clubes brasileiros, o modelo da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) emerge como um tópico central nas discussões. Frangulis é enfático em sua análise, apontando a SAF como a única via plausível para uma construção sólida e de longo prazo.

"Não vejo outra solução que não seja essa para construir algo de longo prazo, como o Cruzeiro e o Coritiba estão construindo; Não tem contra-argumento. As diferenças são práticas."

A experiência de clubes como Cruzeiro e Coritiba, que já implementaram este formato, é citada como um exemplo da viabilidade e eficácia da SAF. Para o empresário, a transição para este modelo não apresenta argumentos contrários substanciais, sendo as distinções observadas em sua aplicação meramente de ordem prática. Suas declarações provocam uma reflexão essencial sobre o futuro financeiro e administrativo do Corinthians .

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