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Filipe Luís e a Estratégia Defensiva que Freou o Corinthians: Entenda a Tática Vencedora
Por Redação FuTimão em 30/10/2025 05:44
A expulsão de um jogador em campo, seja qual for a circunstância, aciona um protocolo tático bem definido na mente de Filipe Luís. O comandante do Flamengo, agora novamente em uma final da Libertadores, demonstrou mais uma vez sua abordagem estratégica que, em um passado recente, já se mostrou um obstáculo intransponível para o Corinthians na semifinal da Copa do Brasil de 2024. Este padrão, quase um instinto, evidencia uma convicção profunda do treinador.
A execução tática impecável do Flamengo, aliada a uma dedicação notável dos atletas em solo argentino, impediu que o Racing Balneário conseguisse sequer um tento, eliminando qualquer possibilidade de levar a decisão para as penalidades máximas. Consequentemente, a equipe carioca assegurou sua presença em mais uma decisão do torneio continental.
A Estratégia Defensiva que Frustrou o Timão
Seja a exclusão de Bruno Henrique em um confronto anterior, ou a recente saída de Plata, a resposta de Filipe Luís é invariavelmente a mesma. A formação 5-3-1 é o ponto central de sua filosofia: um defensor adicional é inserido na última linha, enquanto os meias de maior capacidade criativa são substituídos por um único atacante veloz. Essa é uma das premissas inegociáveis do técnico: com inferioridade numérica, o time cede a posse de bola ao adversário, prioriza o domínio das jogadas aéreas e transfere para o oponente a incumbência de decifrar o intrincado sistema defensivo.
Filipe Luís detalhou a lógica por trás de sua decisão:
"Pensamos em povoar bem a última linha, porque eles colocam seis, por vezes sete, jogadores na última linha. Entendemos que com linha de cinco seria melhor para defender os cruzamentos. Mérito dos jogadores, que fizeram todo o esforço dentro do campo"
afirmou o treinador em sua coletiva de imprensa, logo após a conquista da vaga na final.
O Espelho Tático: Racing e Corinthians
Mesmo antes da superioridade numérica, o Racing já demonstrava limitações criativas no onze contra onze, com sua principal aposta recaindo sobre as jogadas aéreas. Contudo, ao se deparar com um adversário defendendo com um jogador a menos, a ineficácia do time argentino remeteu diretamente à performance do Corinthians naquela Copa do Brasil. Na Argentina, o Flamengo se mostrou intransponível, mesmo permitindo ao oponente algumas segundas chances em rebotes.
Nos momentos em que a defesa não conseguia prevalecer nas disputas aéreas, a presença de Rossi foi crucial. Sua atuação se destacou nas saídas de gol, nas defesas determinantes e até mesmo na habilidade de gerenciar o ritmo da partida. Embora o futebol não se paute por uma lógica exata, a familiaridade dos jogadores com os métodos do treinador explica como uma equipe consegue alcançar mais uma decisão de torneio, mesmo diante de circunstâncias desfavoráveis.
Filipe Luís sintetizou o espírito do grupo:
"Foi uma vitória de um time com alma, aguerrido. Um time que sabe jogar a Libertadores."
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