Ex-Médico do Corinthians Detona Stabile: Revelações Chocantes da Gestão!

A saída do Dr. André Jorge da chefia do departamento médico do Corinthians não foi silenciosa, mas sim um estrondoso alerta que reverberou pelos corredores do Parque São Jorge. Horas após pedir seu desligamento, o profissional desferiu duras críticas ao presidente Osmar Stabile, apontando para uma profunda disfunção na gestão do clube.

Em sua declaração, Jorge não hesitou em expor a influência política no cotidiano do Timão, poupando apenas o executivo de futebol, Fabinho Soldado, de suas severas observações. Sua decisão de deixar o cargo, conforme revelado, foi motivada pela ausência de suporte interno que vinha enfrentando.

O médico detalhou um episódio crucial ocorrido em setembro, quando o clube trouxe Ricardo Galotti para, supostamente, assumir sua posição de liderança no departamento médico. Este movimento, segundo ele, foi a gota d'água em um cenário já conturbado.

Os Bastidores da Saída: Influência Política e a Chegada de um Novo Nome

A manobra para sua substituição foi realizada às escondidas, o que gerou grande desconforto em André Jorge. Ele revelou ao ge.globo os detalhes da situação:

Há dois meses, o presidente Osmar entrou e contratou o médico do São Paulo (Ricardo Galotti) para assumir o meu lugar. Eu pedi demissão naquele dia porque foi tudo escondido, até mesmo do Fabinho (Soldado, executivo de futebol).

O ex-chefe médico ainda explicou que, na ocasião, Stabile justificou a contratação de Galotti como um "pedido do grupo político do Fran Papaiordanou", conselheiro do clube. Curiosamente, o presidente inicialmente recusou o pedido de demissão de André, reestruturou o departamento e o manteve no comando.

Contudo, a permanência não significou paz. Jorge descreveu um período subsequente de "minagem" de seu trabalho, com interferências e desrespeito aos processos estabelecidos. Ele enfatizou que Galotti, apesar de ter chegado no final da temporada sem conhecimento dos protocolos internos, era visto como "o homem do presidente", solidificando a percepção de uma agenda política por trás das decisões.

A Falta de Apoio e o Ultimato de André Jorge

A tensão atingiu seu ápice quando seu contrato não foi renovado. Ao questionar a situação com o presidente Osmar, a resposta foi a alegação de dificuldades financeiras do clube. Diante deste cenário, André Jorge não viu alternativa senão dar um "ultimato".

Antes de formalizar sua saída, o Dr. André entrou em contato com Fabinho Soldado para informá-lo de sua decisão. O executivo, que recebeu elogios pela seriedade de seu trabalho, tentou, sem sucesso, convencê-lo a reconsiderar.

A crítica mais contundente de Jorge foi direcionada à competência futebolística de Stabile. Ele afirmou categoricamente:

Dentro do Corinthians tem uma pessoa muito séria, que é o Fabinho. O Osmar não sabe absolutamente nada de futebol. Quem mantém o clube é o Fabinho.

O Histórico no Timão e o Cenário Atual do Departamento Médico

Dr. André Jorge havia sido contratado pelo Corinthians em janeiro de 2024, no início da gestão de Augusto Melo. Sua promoção à chefia do departamento médico ocorreu em maio do mesmo ano, após a saída da Dra. Ana Carolina Cortê.

Nesta temporada, o elenco alvinegro tem enfrentado um número considerável de lesões, o que gerou atritos internos com o departamento de futebol. Essa questão, somada à instabilidade na gestão médica, pode ter contribuído para o desgaste de André Jorge.

Atualmente, o único jogador em tratamento no departamento médico é o atacante Vitinho, que se recupera de uma lesão no menisco medial do joelho direito. Com a saída do Dr. André Jorge, a equipe médica do Timão passa a ser composta pelos doutores Ricardo Galotti, Eures Facci e João Marcelo.