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Estádio do Flamengo: Custo de R$3 Bilhões e o Alerta do Corinthians! Entenda a Gestão Rubro-Negra.
Por Redação FuTimão em 23/06/2025 10:32
Em um cenário de grandes ambições para o futebol brasileiro, as declarações recentes do dirigente rubro-negro Luiz Eduardo Baptista, conhecido como BAP, diretamente dos Estados Unidos, trazem à tona uma discussão crucial sobre a gestão de grandes projetos e o futuro dos clubes. O foco principal? O custo astronômico do tão sonhado estádio próprio do Flamengo, que pode atingir a casa dos R$ 3 bilhões ? um valor que surpreende e que, segundo o próprio mandatário, é quase o dobro do inicialmente previsto.
Essa projeção financeira, que redefine a escala do empreendimento, vem acompanhada de uma postura de prudência que ressoa profundamente com a realidade do Sport Club Corinthians Paulista. BAP, com uma perspectiva afiada e pragmática, fez questão de invocar o exemplo do Alvinegro para justificar a cautela necessária em investimentos de tamanha magnitude. É uma advertência clara, direcionada a um público ansioso, mas que carrega consigo as cicatrizes de um passado recente para o Timão.
O Espelho Alvinegro: Uma Advertência Para o Futuro
A menção ao Corinthians não foi aleatória. BAP trouxe à memória um período de glória e, ao mesmo tempo, de grandes desafios para o clube paulista. "Em 2012, foi campeão da Libertadores e do Mundial. Meus amigos corintianos diziam: 'Daqui dois anos vamos ter estádio e vocês vão ver o que vai acontecer'. E o que aconteceu?", questionou o dirigente do Flamengo, em uma citação que ecoa como um lembrete vívido das complexidades pós-construção da Arena Corinthians .
A reflexão de BAP sublinha um ponto crítico: a euforia de conquistas esportivas e a materialização de um patrimônio estrutural podem, paradoxalmente, comprometer a saúde financeira e, consequentemente, o desempenho em campo. O Corinthians , de fato, enfrentou e ainda enfrenta um ônus financeiro considerável derivado da construção de sua moderna praça esportiva, um cenário que o Flamengo, sob a gestão de BAP, parece determinado a evitar a todo custo. A mensagem é inequívoca: a performance esportiva e a estabilidade econômica não podem ser sacrificadas em nome de um projeto imobiliário, por mais grandioso que seja.
Ambição de Longo Prazo e a Realidade dos Estudos
Apesar da magnitude do projeto, BAP deixou claro que a concretização do estádio rubro-negro não é uma meta de curto prazo. Trata-se de um objetivo estratégico para as próximas décadas, que exige um estudo minucioso e sem pressa. "O estádio é um projeto para 50 anos", afirmou o presidente, traçando um paralelo com a longa jornada para a implantação e consolidação do Ninho do Urubu, o centro de treinamento do clube. Essa visão de longo prazo indica que a diretoria flamenguista não pretende usar os recursos de premiações recentes, como a do Mundial de Clubes, para acelerar a obra, separando claramente as finanças operacionais das de investimento estrutural.
No que tange aos avanços práticos, o clube carioca segue empenhado nos estudos técnicos relativos ao terreno do Gasômetro, área adquirida em leilão por R$ 138,2 milhões em julho de 2024. Três empresas especializadas foram contratadas para conduzir inspeções e análises aprofundadas, com um prazo de seis meses para apresentar suas conclusões. Essa fase de coleta de informações técnicas é fundamental para embasar qualquer decisão definitiva, demonstrando uma abordagem que prioriza a segurança e o planejamento sobre a impulsividade.
O Custo da Emoção: Uma Lição Compartilhada
A confirmação de BAP de que os levantamentos iniciais subestimaram tanto o custo quanto o cronograma de entrega da obra serve como um alerta para todo o ecossistema do futebol. "Os estudos demonstram que não dá para fazer no tempo que foi dito e nem no preço que foi comentado", enfatizou o presidente, revelando o salto para a estimativa de R$ 3 bilhões. Essa correção de rota, baseada em dados concretos, reforça a premissa de que "fazer algo com base apenas na emoção não é o caminho".
Para o Corinthians e seus torcedores, essa é uma lição familiar. A paixão que move o futebol muitas vezes impulsiona decisões arriscadas, mas a realidade financeira impõe limites. A cautela demonstrada pelo Flamengo, utilizando a experiência alvinegra como um espelho, sugere uma maturidade na gestão que, espera-se, leve a um futuro mais sustentável para os clubes brasileiros. O sonho do estádio próprio segue vivo, mas agora, com os pés firmemente plantados na realidade econômica e com as lições do passado bem assimiladas.
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