Dorival Júnior no Corinthians: Análise do Primeiro Time Titular e Dúvidas Cruciais

O técnico Dorival Júnior tem, nesta data, a oportunidade de esboçar pela primeira vez a formação que considera ideal para o elenco principal do Corinthians. Este momento é crucial, pois espera-se que ele comece a fornecer respostas para, no mínimo, três das principais indagações que pairam sobre sua estratégia para os compromissos vindouros.

A abordagem tática preferencial do comandante do Timão, historicamente, envolve a utilização de quatro meio-campistas e dois atacantes. Este esquema tem sido uma constante em grande parte dos clubes por onde ele passou ao longo de sua carreira.

Existe um forte indício de que Dorival manterá a estrutura que vinha sendo empregada por seu antecessor, Ramón Díaz, ao menos no que tange à disposição inicial dos jogadores. A base do setor intermediário sob o comando anterior era composta por Raniele, Breno Bidon, Carrillo e Garro. A expectativa é que o arranjo seja preservado, com a alteração concentrada na escolha do atleta para ocupar a posição que era de Garro .

Contudo, a partida de estreia contra o Novorizontino apresentou uma configuração distinta. Em virtude de escalar numerosos atletas reservas, sem contar com Memphis e com Yuri preservado, Dorival optou por organizar a equipe em um 4-1-4-1, posicionando Maycon de forma mais recuada, e com Alex Santana, Charles, Breno Bidon e Talles atuando no setor central. Héctor Hernández desempenhou a função mais isolada no ataque. O cenário previsto para o confronto diante do Internacional tende a ser diferente, refletindo a presença dos jogadores considerados titulares.

O Dilema no Meio-Campo e a Posição do Armador

Uma das pendências táticas reside no setor de meio-campo, uma questão que se arrasta e pode ser descrita como "crônica". O problema persiste desde a gestão de Ramón Díaz, intensificado quando Garro precisou se afastar para tratar uma lesão no joelho.

Igor Coronado surge como a principal alternativa para essa função, porém, seu desempenho recente tem sido aquém do esperado. Em determinado momento, Memphis chegou a ser deslocado para atuar na posição de articulador da equipe, evidenciando a busca por soluções.

Na partida inicial com a equipe mista, Breno Bidon foi a escolha de Dorival para compor o setor. O treinador optou por deixar Coronado no banco de reservas e justificou sua decisão após o término do jogo:

"Vamos dar tempo para que ele busque seu melhor e tenha oportunidades. Deixei claro que quero contar com o atleta, desde que ele me mostre em campo que está pedindo passagem. Confio muito que ele encontrará o melhor caminho. Vamos tirar o máximo de um atleta como esse."

Questionamentos na Linha Defensiva

O setor defensivo também apresenta pontos de interrogação, especificamente em relação a duas posições na zaga. Gustavo Henrique, que era considerado titular absoluto, precisou passar por um procedimento cirúrgico para corrigir uma hérnia inguinal, o que o manterá afastado dos gramados por aproximadamente um mês. A outra vaga na dupla de zaga tem sido objeto de revezamento ao longo da atual temporada.

André Ramalho e Cacá foram os escolhidos para iniciar a partida de estreia sob o comando de Dorival. A dupla teve um desempenho seguro no confronto contra o Novorizontino, quando o Corinthians atuou com uma formação alternativa. Félix Torres, que teve atuações recentes com falhas, e João Pedro Tchoca representam as outras opções disponíveis para a posição.

A escalação de hoje servirá como um termômetro inicial para compreender as preferências e escolhas do novo treinador em relação aos atletas que ele considera fundamentais para a espinha dorsal da equipe nos próximos desafios.