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Dorival Júnior Detalha Dificuldades do Corinthians e Cobra Reforços Urgentes

Por Redação FuTimão em 17/08/2025 00:22

A Neo Química Arena testemunhou mais um resultado aquém das expectativas para o Corinthians, que sucumbiu por 2 a 1 diante do Bahia, em partida válida pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025. Após o revés, o técnico Dorival Júnior não escondeu sua insatisfação, embora tenha defendido a dedicação de sua equipe. O comandante alvinegro reiterou as complexidades que o clube enfrenta e a persistente ausência de novos talentos para qualificar o elenco.

A janela de transferências tem sido um capítulo à parte para o Timão. Até o momento, a única adição ao plantel foi o atacante Vitinho, que fez sua estreia no segundo tempo do confronto contra o Bahia. Contudo, a capacidade do clube de registrar novos atletas permanece comprometida por um "transfer ban", imposto desde a semana anterior. Para reverter essa situação, o Corinthians necessita quitar uma dívida de R$ 33 milhões com o Santos Laguna, do México, um obstáculo que impede qualquer movimento significativo no mercado.

O Dilema dos Reforços e a Promessa Que Não Se Cumpre

Em suas declarações, Dorival Júnior foi enfático sobre o cenário atual e as promessas não concretizadas. "Temos que avaliar no todo, as dificuldades enfrentadas, os problemas iminentes que não vou aqui discutir. Tudo que combinei e que estou aguardando, estou me entregando como ninguém nesse trabalho, e vamos encontrar o caminho. Temos posse de bola, controle, troca de lados mesmo quando faltam jogadores. Precisamos (de reforços) e temos carências, nunca escondi de ninguém que pedi contratações antes mesmo da minha chegada", afirmou o treinador, expondo as entrelinhas de sua gestão.

O técnico prosseguiu, lamentando a disparidade entre o esforço e os resultados. "Estamos fazendo o que está ao alcance, lutando, batalhando, os resultados às vezes não acontecem. Foram poucos os jogos que sofremos e fomos abaixo dos adversário, isso não reflete aquilo que merecíamos dentro do Brasileiro, por conta da postura, raras exceções, tirando o clássico anterior do Brasileiro (contra o São Paulo). Estamos nos entregando, lutando com todas as armas para solucionar problemas, os jogadores se sentem confortáveis, temos a posse e o domínio nas partidas, fica difícil ate para explicar", complementou, evidenciando a perplexidade diante do cenário.

A Performance Em Campo: Posse de Bola Sem Pontos

Sem ser questionado diretamente sobre o tema, Dorival Júnior retornou ao tópico da qualificação do elenco , sublinhando a urgência da situação. "Temos boas perspectivas. Há um tempo o Corinthians brigou na parte de baixo e mudou por completo quando chegaram jogadores. Na janela anterior precisávamos de algumas correções e não foram feitas por 'n' fatos, precisamos agora também e estamos impossibilitados. Mesmo assim a equipe tem feito jogos com segurança, que sofre pouco, mas reconheço os resultados em que um erro ou outro erro geram os gols. Fica difícil de explicar, uma equipe que tem posse, a segunda com mais posse do Brasileirão, que está preparada para criar e jogar, mas peca na parte final, estamos trabalhando para melhorar isso", pontuou o técnico, traçando um panorama da ineficácia ofensiva da equipe, mesmo com bom domínio de bola.

O desempenho recente do Corinthians no Brasileirão acende um sinal de alerta. A equipe não conquista uma vitória há um mês, registrando a sexta pior campanha em termos de aproveitamento na competição. Essa sequência negativa coloca o clube em uma posição delicada na tabela, exigindo uma mudança de rota urgente para evitar maiores complicações.

O Alerta Ligado e a Aposta na Base

Questionado sobre o risco de rebaixamento, Dorival Júnior assegurou que a comissão técnica está vigilante. "Nunca desligamos. Estamos atentos a tudo, procurando todo tipo de correção, variando as formações, a forma de jogar, os números da nossa equipe, mudando durante o jogo, fazemos tudo que está ao alcance. O que vejo é uma aceitação das ideias, um rendimento, mas está faltando o principal o resultado", frisou, destacando o empenho em buscar soluções.

A escassez de opções no elenco tem forçado o treinador a apostar em jovens talentos. Sobre Gui Negão e Kayke, Dorival comentou: "São garotos, estão crescendo nos treinos, buscando espaço e estamos apostando. Gostaria de estar mais equilibrado em pontuação para dar mais tranquilidade aos garotos, mas não tenho outra opção, temos que antecipar inclusive o momento, mas estão dando boa resposta e ganhando nossa confiança, assim ganharam mais oportunidades." A estreia de Vitinho também reflete essa realidade. "Temos necessidade urgentes, não tínhamos sete ou oito jogadores, usamos todas as peças que temos e sabemos que precisamos de mais, tínhamos necessidade e carências, e isso me fez até acelerar o processo que demoraria um tempo mais, mas a urgência e a disponibilidade do atleta nos fez acreditar que dava e como foi, ele criou boas oportunidades durante o jogo", explicou.

Estratégias e Revés: Lições do Confronto com o Bahia

A análise tática do confronto contra o Bahia também foi abordada pelo técnico. Sobre a utilização de Raniele como zagueiro e os laterais avançados, Dorival afirmou: "Estudamos muito o Bahia e chegamos a conclusão que seria a melhor forma de atacá-los, tivemos a bola sempre nos pés, um numero alto de finalizações, mas não fomos agraciados com o principal. A equipe teve coragem, lutou, mesmo com os desfalque fizemos uma partida de bom nível, o futebol às vezes nos prega peças e temos que saber que adversário é qualificado, mas merecíamos um resultado melhor."

A situação do jovem Kauê Furquim, que não pôde atuar, também foi lamentada. "Era um garoto de muita qualidade, aliás é um cara de muita qualidade, que vinha trabalhando, estávamos trabalhando as possibilidades para ele, poderia ser até numa partida como hoje, mas lamento, não tem o que fazer. Mas é um garoto de evolução muito grande, me impressionou bastante, mas estávamos o preparando para os próximos momentos", disse Dorival. Por fim, o impacto do gol sofrido no início da partida e logo após o empate foi discutido. "Não alterou nada, mas não poderíamos ter tomado e principalmente o gol depois de ter empatado, quando estávamos buscando o posicionamento tomamos o gol que tirou a possibilidade que nos deixaria mais tranquilos no jogo para criar. São situações que surpreende, amanha surpreenderemos o adversário, mas no futebol é isso, um erro mínimo você paga um preço muito caro", concluiu o treinador.

O próximo compromisso do Timão será no domingo seguinte, em São Januário, onde enfrentará o Vasco da Gama, em mais uma tentativa de reverter a sequência negativa e buscar os pontos necessários para a recuperação na tabela.

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