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Dívida do Corinthians Atinge Níveis Alarmantes: Análise Detalhada
Por Redação FuTimão em 28/04/2025 20:41
Alerta Financeiro no Parque São Jorge: Dívida Explode
O cenário financeiro do Sport Club Corinthians Paulista enfrenta um momento de intensa avaliação. O Conselho de Orientação e Fiscalização (Cori) expressou forte recomendação para a rejeição das contas referentes ao exercício de 2024. A justificativa reside em discrepâncias significativas identificadas na análise do balanço financeiro apresentado pela atual administração.
A situação mais alarmante, conforme apontado pelo Cori, é o acréscimo de R$ 829 milhões no montante total da dívida corintiana. Este aumento expressivo supera em mais de R$ 300 milhões o incremento total da arrecadação do clube. A consequência direta é um endividamento que se aproxima perigosamente da totalidade do faturamento, revertendo uma tendência de queda observada nos últimos três anos.
É importante ressaltar que a demonstração financeira originalmente apresentada pelo Timão indicava um aumento da dívida em torno de R$ 598 milhões. A diferença de R$ 231 milhões entre os valores reportados pelo clube e os apurados pelo Cori intensifica as preocupações em relação à transparência e precisão das informações financeiras.
Irregularidades e Falta de Transparência na Gestão Financeira
O relatório do Cori não se limita a apontar o aumento da dívida. O órgão também critica a ausência de respostas a diversas solicitações anteriores, caracterizando uma falta de transparência na apresentação de justificativas e documentos relevantes. No total, o documento lista 15 pontos de preocupação que merecem atenção e investigação aprofundada.
Entre as questões levantadas, destaca-se o lançamento da "vaquinha" organizada pela torcida Gaviões da Fiel como receita do clube. Os valores arrecadados para a quitação da Neo Química Arena, totalizando R$ 34 milhões, foram contabilizados como "outras receitas operacionais". O Cori questiona ainda deduções de R$ 36,5 milhões de ISS sobre bilheteria, além de um desconto de 0,45% para serviços de plataforma, cuja natureza é desconhecida pelo órgão. Informações da imprensa indicam que a titularidade bancária dessa conta na Caixa Econômica Federal pertence ao Fundo da Arena.
A falta de resposta a ofícios e solicitações também é um ponto crítico. A diretoria não atendeu, de forma parcial ou total, a diversos pedidos de informação, mesmo após múltiplas solicitações. Entre os exemplos citados, está a não apresentação de faturas de cartão de crédito, que somaram mais de R$ 2,8 milhões até junho de 2024, e posteriormente R$ 4,8 milhões, com divergências "não discriminadas".
Contratos e Patrocínios Sob Suspeita
A situação se agrava com a ausência de informações sobre contratos importantes. Não foi fornecido o demonstrativo da aplicação dos R$ 150 milhões captados junto à XP, com garantia no contrato da Liga Forte União (LFU). Além disso, nenhum dos cinco contratos do jogador Memphis Depay foi apresentado ao Cori, órgão responsável por analisar os valores pagos pelo patrocinador e pelo clube, que podem impactar o orçamento e o fluxo de caixa.
A gestão dos contratos de patrocínio também é alvo de questionamentos. Em relação à Pixbet, o clube não contestou judicialmente a multa de R$ 40 milhões e assumiu R$ 4 milhões em honorários advocatícios. No caso da Vai de Bet, a ausência de medidas judiciais também não foi justificada.
Por fim, o Cori levanta preocupações sobre os materiais esportivos fornecidos pela Nike. A não apresentação das composições dos materiais gera desconfiança devido aos valores envolvidos, que ultrapassam R$ 12 milhões em notas fiscais em 2024. Caso confirmado, o valor excederia em três vezes a cota do clube junto à empresa.
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