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Dérbi Paulistano: Análise das Táticas de Corinthians e Palmeiras na Copa do Brasil

Por Redação FuTimão em 28/07/2025 07:11

Embora não haja uma declaração oficial por parte dos clubes, os recentes compromissos de Corinthians e Palmeiras no Campeonato Brasileiro, disputados neste último sábado, revelaram um foco inequívoco no iminente confronto da Copa do Brasil. O clássico, agendado para a próxima quarta-feira, às 21h30 (horário de Brasília), na Neo Química Arena, parece ter ditado as escolhas táticas e as escalações observadas em campo.

Por um lado, o Palmeiras optou por uma abordagem de força máxima em seu confronto. Com um início avassalador, o gol de Facundo Torres logo aos dois minutos de jogo sinalizou uma intenção de não poupar esforços. Contudo, após a vantagem inicial, a equipe alviverde demonstrou uma clara desaceleração. A posse de bola foi cadenciada, e, apesar de oportunidades para ampliar o placar, o time pareceu ceder a iniciativa ao adversário, o Grêmio, que, por sua vez, pouco ameaçava. O tento precoce de Torres conferiu ao Palmeiras a prerrogativa de gerir o resultado ao longo de praticamente toda a partida. Sobre a performance da equipe, o técnico Abel Ferreira avaliou:

"De modo geral, entramos muito bem, depois acaba por ser normal, a energia vai se perdendo, as decisões vão sendo não tão boas. Na segunda parte, acho que ficou bem evidente erros de passe, difícil dominar a bola, parece que está sempre a quicar no chão. Vitória justa e seguimos na competição"

Ainda que vitorioso, o comportamento de Abel Ferreira ao término do jogo gerou repercussão. Sua irritação era visível, culminando no gesto de chutar um microfone de campo, um episódio que não passou despercebido. Em sua coletiva pós-jogo, o treinador português buscou explicar sua insatisfação:

"Acho que entramos muito forte. Depois do gol, conseguimos fazer a posse de bola, mas sem ser agressivo, sem continuar a atacar. Gosto da posse com intencionalidade. A partir dos 25 minutos da segunda parte fomos passivos. Não é esse meu estilo de jogo"

Apesar da veemente crítica de Abel à passividade de sua equipe, é inegável que a redução do ritmo de jogo proporciona um menor desgaste físico aos atletas, aspecto crucial considerando a proximidade do próximo compromisso.

A Abordagem Palmeirense: Vantagem Cedo e Gestão de Jogo

Em contrapartida, Dorival Júnior, no comando do Corinthians , adotou uma tática mais explícita de preservação diante do Botafogo, no Estádio Nilton Santos. A escalação inicial evidenciou o descanso de peças importantes, com a equipe se postando predominantemente no campo defensivo durante a primeira metade do jogo, sofrendo pressão constante do adversário. O placar de 1 a 0 ao final do primeiro tempo, mais atribuído à falta de eficiência do Botafogo em converter suas chances, tornou o intervalo um ponto de inflexão para o Alvinegro.

Com a retomada da partida, Dorival promoveu quatro alterações significativas, incluindo as entradas de Matheuzinho, Breno Bidon, Memphis Depay e, notavelmente, Yuri Alberto. Essa decisão representou um cálculo de risco considerável para o treinador, que, embora necessitasse reverter o placar, colocava em xeque a integridade física de seus atletas mais valiosos, expondo-os a possíveis lesões ou desgaste excessivo.

A reintrodução de Yuri Alberto , após um período de dois meses afastado devido a uma fratura na coluna, adicionou uma camada de complexidade à estratégia corintiana. Não há, contudo, qualquer sinalização de que o atacante será escalado como titular no clássico de quarta-feira. Dorival Júnior detalhou a cautela com o jogador:

"O Yuri estava havia dois meses parado. Dificilmente, ele suportaria 90 minutos. Talvez, esse esgotamento que ele alcançasse se jogasse 60 ou 70 minutos, faria falta no jogo de quarta-feira. A previsão era não iniciar com o Yuri, dando-lhe a possibilidade de meio tempo"

O técnico ainda estendeu suas justificativas para outras preservações, citando o embate subsequente contra o Ceará no meio da semana como fator determinante.

Dérbi Paulistano: Análise das Táticas de Corinthians e Palmeiras na Copa do Brasil
Foto: (Divulgação/Palmeiras)

As Escolhas de Dorival: Preservação e o Retorno de Yuri Alberto

Este será o quinto encontro entre os rivais paulistas em 2024, que já se enfrentaram em três ocasiões pelo Campeonato Paulista ? incluindo as duas partidas da decisão ? e uma vez pelo Campeonato Brasileiro. O histórico recente aponta para um equilíbrio notável, com uma vitória para cada lado e dois empates nos confrontos anteriores. Agora, um novo capítulo se abre, com Corinthians e Palmeiras se preparando para mais dois embates decisivos. É evidente que o clássico não se restringe mais às quatro linhas; a batalha tática e estratégica já se desenrola nos bastidores.

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