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Dérbi Decisivo: A Pressão no Palmeiras e o Cenário para o Corinthians, Segundo Colunistas

Por Redação FuTimão em 06/08/2025 11:34

A pergunta paira no ar entre os aficionados do futebol paulista: teria o Palmeiras demonstrado uma fragilidade particular em confrontos recentes contra seu arquirrival, o Corinthians? Essa questão, que reacende a cada clássico, foi o cerne de um acalorado debate no UOL News Esporte, reunindo as distintas perspectivas dos colunistas Walter Casagrande, Danilo Lavieri e Mauro Cezar Pereira.

A discussão ganhou contornos ainda mais dramáticos à luz de um protesto marcante da torcida alviverde, que precedeu o decisivo Dérbi pela Copa do Brasil. Com itens simbólicos como leite Ninho, Nutella e pipoca, a manifestação visava expressar uma insatisfação profunda com a postura dos atletas. Chamar um jogador de "pipoca" ou de "Nutella" é, no jargão do futebol, uma das mais severas ofensas, insinuando falta de garra, de empenho na disputa e de espírito combativo.

Para Walter Casagrande, a manifestação da torcida do Palmeiras foi "hipernegativo", uma cobrança "bem pesada, bem significativa". Ele questiona a capacidade do elenco em superar tal abalo psicológico, duvidando se o grupo atual possui a resiliência necessária para enfrentar um confronto de tamanha magnitude como uma final. Em contraste, Casagrande ressaltou a natureza do Corinthians : embora considere a equipe "média", não vivendo seu melhor ano ? apesar do título paulista, foi precocemente eliminado da pré-Libertadores e da Sul-Americana, além de não apresentar um desempenho satisfatório no Campeonato Brasileiro ?, o Timão exibe um "espírito de luta" e aborda cada Dérbi como se fosse uma "final de Copa".

A Visão dos Analistas: Pressão x Provocação

Danilo Lavieri, por sua vez, reconhece que a pressão recai sobre o Palmeiras, especialmente após a derrota no jogo de ida e a necessidade de reverter o placar em casa diante de sua torcida. Contudo, discorda da veemência de Casagrande sobre o impacto do protesto. Lavieri argumenta que a reação a tais provocações é "muito pessoal"; enquanto alguns atletas podem se sentir ofendidos por serem rotulados de "Nutella" ou "pipoca", outros podem simplesmente ignorar ou até mesmo encarar a situação com leveza. Ele, particularmente, não considerou o protesto problemático, lembrando faixas que pediam "faca nos dentes" e "tem que ter raiva do Corinthians ", refletindo um sentimento da torcida diante do histórico recente de apenas uma vitória palmeirense nos últimos seis Dérbis. Lavieri pondera que, no panorama geral da gestão de Abel Ferreira, o Palmeiras costuma superar o Corinthians , mas os confrontos mais recentes invertem essa lógica.

Mauro Cezar Pereira classificou o protesto como "sem sentido". Ele questiona a razão de tal manifestação diante da situação do Palmeiras, que desfruta de uma campanha sólida na Libertadores e está bem posicionado no Campeonato Brasileiro. Para avançar na Copa do Brasil, o clube precisava de uma vitória por um gol para levar aos pênaltis ou por dois para a classificação direta, após uma derrota por 1 a 0 que, segundo ele, não foi um "surrado" ou "humilhante", com o Palmeiras tendo criado suas oportunidades. Mauro Cezar enfatiza que o confronto pela Copa do Brasil era "mais importante para o Corinthians " ? que via no torneio sua única via para um título expressivo na temporada ? do que para o Palmeiras, que detém "três opções de brigar por títulos, duas delas com títulos mais pesados".

Palmeiras em Dilema e a Postura do Corinthians

A percepção de Mauro Cezar é que, subitamente, o Palmeiras parecia "desesperado", evidenciado pela escalação de 11 reservas no Campeonato Brasileiro, poupando até o goleiro, e pelo protesto da torcida. Esse cenário, segundo ele, configurava um "muito bom para o Corinthians ". Enquanto a situação do Corinthians era "angustiante e até desesperadora" no contexto geral da temporada, a do Palmeiras não o era, o que tornava o desespero alviverde ainda mais paradoxal. Mauro Cezar concluiu que o Palmeiras "errou na mão, perdeu o controle", e o maior indicativo disso foi a escalação mencionada, que transmitiu uma mensagem clara: "'só penso em você, Corinthians , minha obsessão é te ganhar, não penso em outra coisa'." Uma atitude que ele considerou excessiva.

Em uma vertente diferente do noticiário esportivo, o mesmo colunista Mauro Cezar Pereira trouxe à tona discussões internas no Flamengo. Ele revelou que José Boto, diretor técnico do clube, tem mantido conversas com Filipe Luís sobre ajustes no modelo de jogo da equipe. Para Mauro Cezar, essa iniciativa é vista de forma positiva, pois sublinha a necessidade de que Filipe Luís também seja cobrado internamente por seu desempenho e pelas escolhas táticas.

Estratégia e Cobrança no Ninho: O Cenário Rubro-Negro

A contratação de Boto, segundo o analista, foi precisamente com esse propósito: atuar como um diretor esportivo com um viés técnico mais acentuado. Essa dinâmica de diálogo entre chefe e subordinado é fundamental. Quando o time não apresenta o desempenho esperado, a solução não é a demissão imediata, mas sim uma "conversa profissional e discussão sobre o modelo de jogo". Mauro Cezar sublinha a importância dessa cobrança, argumentando que ela é "necessário e ele tem que fazer isso ? o Filipe Luís tem que ser cobrado". Apenas treinadores de calibre global, como "o Guardiola no Barcelona, o Jürgen Klopp no Liverpool ou o Simeone no Atlético de Madrid", alcançam um patamar onde a cobrança externa é praticamente inexistente.

Na análise de Mauro Cezar, o Flamengo tem exibido uma previsibilidade tática nos últimos jogos, atuando de forma "monotático ? só joga da mesma forma e não tem muita variação de jogo". Embora Filipe Luís já tenha demonstrado sua capacidade de implementar variações em momentos anteriores, o momento atual exige essa reavaliação. As conversas entre Boto e Filipe Luís são, portanto, essenciais. Cabe a Boto exercer sua função de cobrar, "chamar, trocar ideia, questionar as escolhas, o porquê da estratégia". Em um cenário tão competitivo, é "obrigação do Filipe Luís ter uma carta na manga" para surpreender os adversários.

Em seu próximo desafio, o Flamengo enfrentará o Atlético-MG na Arena MRV, precisando de uma vitória para garantir sua vaga nas quartas de final da Copa do Brasil, após ter sido superado por 1 a 0 no jogo de ida, no Maracanã. Um empate garante a classificação do Galo, enquanto uma vitória simples do Rubro-Negro levará a decisão para as penalidades.

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Patrícia

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Comentado em 06/08/2025 16:13 Moleque do Corinthians tem raça, não tem essa de tremer. Hoje é dia de decisão e raça não falta
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Comentado em 06/08/2025 14:42 Palmeiras falando em pipoca, mas é nóis que tá estourando hoje! Kkkkk, bora ganhar mais esse
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Comentado em 06/08/2025 13:11 Vai Corinthians! Dá pra ganhar tranquilo hoje
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