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Decisões do VAR em Corinthians x Bahia: Áudios Revelam Debate Intenso e Lances Cruciais
Por Redação FuTimão em 17/08/2025 09:32
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) trouxe à tona os registros sonoros da comunicação entre a sala do Árbitro de Vídeo (VAR) e o juiz principal, Paulo César Zanovelli, referentes ao embate entre Corinthians e Bahia. O que se depreende desses diálogos revela não apenas a complexidade das decisões em campo, mas também a extensão do tempo dedicado à validação de um dos lances mais emblemáticos da partida, o gol corintiano, que demandou nove minutos de análise minuciosa, inclusive com a presença de um assistente de linha na cabine do VAR.
A principal controvérsia da partida, sem dúvida, girou em torno do gol de empate, assinalado por Gui Negão. A validação deste tento arrastou-se por longos nove minutos, período em que a equipe do VAR debatia intensamente a possível interferência de um atacante, em posição de impedimento, na ação do goleiro Ronaldo, no momento inicial da jogada que culminou no gol.
Rafael Traci, o árbitro de vídeo responsável pela condução da revisão, alertou Zanovelli sobre a complexidade da situação:
Zanovelli, vai demorar um pouquinho. São ações múltiplas. Tem um possível impedimento depois, possível toque de mão do ataque. Vai ter que traçar a linha.
A citação evidencia a multiplicidade de fatores que precisavam ser cuidadosamente avaliados antes de uma deliberação final.
Ao convocar Zanovelli para a revisão presencial na cabine, Traci expressou a percepção de que Gui Negão não teria, de fato, interferido na saída do goleiro adversário, um ponto crucial que inicialmente havia levado à anulação do gol em campo. Contudo, os assistentes da arbitragem manifestaram divergências significativas quanto à real influência de Gui Negão na jogada. Os áudios revelam um debate acalorado entre os membros da equipe sobre a participação do atacante corintiano na disputa de bola que precedeu a finalização.
O Dilema do Gol de Gui Negão: Uma Análise Detalhada do VAR
Após seis minutos de escrutínio intenso, Zanovelli solicitou a presença do assistente número 1, Nailton Junior de Sousa Oliveira, na cabine, em busca de um consenso. O assistente, ao analisar as imagens, corroborou a visão de que não houve interferência determinante do atacante. A fala de Zanovelli, ao final do processo, resume a dificuldade do lance:
Para mim, não é claramente (o impacto da ação de Gui Negão). Cara, não interfere, para mim. Gol legal, lance muito difícil.
Em contraste com a longa deliberação sobre o gol de empate, a primeira intervenção do VAR na partida, ocorrida logo aos sete minutos, foi resolvida com maior celeridade. A equipe de arbitragem de vídeo, sob a coordenação de Rafael Traci, agiu prontamente para anular um gol de Garro, devido a um toque de mão de Kayke na origem da jogada.
A discussão na cabine do VAR, que incluiu Lilian da Silva Fernandes Bruno e Alexandre Vargas Tavares de Jesus, focou na posição do braço do jogador. Traci, ao descrever o lance, foi enfático:
Ele (Kayke) está com o braço muito aberto e carrega a bola para a frente. Tem um impacto tático claro.
Zanovelli, após ser chamado à cabine, confirmou a decisão de anular o gol com rapidez, demonstrando uma clareza maior no impedimento da regra.

Decisões Rápidas e Lances Controversos: O Papel do VAR
Ainda no calor das emoções, logo após a validação do gol de empate corintiano, a partida presenciou mais um momento decisivo. Matheuzinho cometeu uma infração na área, derrubando Kayky, o que levou Zanovelli a assinalar a penalidade máxima. Willian José foi o responsável por converter a cobrança, selando o placar final do confronto e adicionando mais um elemento de discussão às intervenções do VAR neste jogo.
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