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Cristian Baroni Expõe: Salários Atrasados no Título do Corinthians 2015 - O Que Ninguém Sabia
Por Redação FuTimão em 04/12/2025 20:23
Uma década após a memorável conquista do Campeonato Brasileiro de 2015, uma revelação surpreendente vem à tona, lançando uma nova luz sobre os bastidores daquele elenco vitorioso do Corinthians. Cristian Baroni, ex-jogador e peça importante daquele time, participou de um programa esportivo recente e trouxe à tona um fato que, até então, permaneceu longe dos holofotes: a equipe campeã operou por meses a fio com atrasos significativos no pagamento de seus vencimentos.
De acordo com o próprio Cristian, a situação financeira do clube na época era precária no que diz respeito aos salários dos atletas. Ele detalhou que o grupo chegou a atuar por "seis ou sete meses" sem receber em dia, um cenário que, em qualquer outro contexto, poderia desestabilizar por completo um elenco de alto rendimento. Contudo, a peculiaridade daquele plantel corintiano residia em sua resiliência e foco inabaláveis.
O ex-meio-campista enfatizou a singularidade do grupo, destacando a mentalidade que prevalecia. "Era um elenco diferente. O que eu posso falar pra você abertamente é que ficou campeão em 2015 com seis meses de salário atrasado. Seis ou sete meses. O grupo era tão f... que a gente nem se preocupava com isso. Uma das histórias boas que eu tenho é essa. 'Ah, salário está atrasado'. Irmão, ganha, que depois você cobra, e aquele grupo de 2015 tinha muito isso", afirmou Cristian, sublinhando a prioridade pela vitória sobre as questões financeiras.
O Caráter do Elenco e a Liderança de Tite
A gestão de Tite, então treinador da equipe, é frequentemente exaltada como um dos pilares daquele sucesso, e Cristian corrobora essa percepção. No entanto, ele faz questão de estender o crédito aos próprios atletas, cuja integridade e compromisso eram notáveis. "O Tite tinha o grupo na mão, mas nós, jogadores, também tínhamos um caráter muito foda. Sabíamos o clube que a gente estava, não estava ali pelo dinheiro. Claro que todo mundo gosta. Se não pagar vocês, uma hora ou outra vão espernear, porque tem conta para pagar. Mas, no futebol, as pessoas querem causar por causa daquilo, mas a gente não deixava chegar a isso", complementou, evidenciando uma autoconsciência e um profissionalismo que transcendiam as dificuldades.
A blindagem do elenco contra as pressões externas e as tentativas de desestabilização foi um fator crucial. Cristian revelou que a mídia tentava, à época, "plantar notícias de salário", buscando expor os atrasos. Contudo, os jogadores mantiveram um pacto de silêncio e unidade, impedindo que tais informações viessem à tona e pudessem abalar o ambiente interno. A efetivação dos pagamentos, segundo o ex-atleta, só ocorreu no ano subsequente à conquista.
"As pessoas queriam plantar notícias de salário, e a gente se blindava disso. Se for olhar nas matérias, nenhum jogador falou que estávamos com seis meses de salário atrasado. Ninguém, irmão. E a gente fez o que a gente fez. Eu lembro quando chegou no finalzinho (do campeonato), contra o São Paulo, o Edu veio e falou: 'a gente vai acertar'. Foi acertar só no outro ano", recordou Cristian, evidenciando a capacidade do grupo em focar exclusivamente no objetivo esportivo.
A Trajetória de Cristian no Timão e Outras Memórias
A história de Cristian no Corinthians é marcada por dois períodos distintos e igualmente significativos. Sua primeira passagem, iniciada no final de 2008, coincidiu com a volta do clube à elite do futebol brasileiro e a chegada de Ronaldo Fenômeno, culminando nas conquistas do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil em 2009. O segundo ciclo, em 2015, o viu consolidar-se como parte de um dos maiores esquadrões corintianos, elevando o clube a um patamar de destaque nacional.
Como um torcedor declarado do Timão, Cristian descreve sua experiência de viver de perto a reestruturação e o sucesso do clube. Durante a entrevista, ele compartilhou diversas passagens memoráveis, desde as reuniões informais com churrascos no CT, que reforçavam o espírito de união do elenco de 2015, até reflexões sobre o aprendizado de atuar ao lado de Ronaldo Fenômeno em 2009. Ele também abordou as diferenças estruturais e a mudança no perfil do torcedor entre os períodos em que o Corinthians jogava no Pacaembu e na Arena, além de analisar a fase atual da equipe e o sonho de seu filho, que atua nas categorias de base do clube, em seguir seus passos nos profissionais.
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