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Corinthians x Santos: Análise Tática e Desempenho Decisivo
Por Redação FuTimão em 18/05/2025 18:13
Em um contexto de reformulação para ambos os times, o clássico entre Corinthians e Santos na Neo Química Arena não prometia um espetáculo de alto nível. E, de fato, a partida não atingiu esse patamar. No entanto, a transformação tática implementada pelo Corinthians entre os tempos foi crucial para garantir uma vitória apertada, selada pelo gol de Yuri Alberto. O Santos, por sua vez, apresentou uma queda de rendimento notável no segundo tempo.
Mudança Tática Crucial do Corinthians
O Corinthians , em sua essência, abandonou a previsibilidade no ataque durante a segunda etapa. A equipe promoveu uma maior rotatividade entre os meio-campistas, intensificou a mobilidade e ofereceu suporte constante a Yuri Alberto . Na fase defensiva, o time passou a pressionar a saída de bola do Santos, que não conseguiu encontrar uma resposta eficaz. O Santos agora enfrenta a urgência de acelerar sua evolução, estando a quatro pontos de sair da zona de rebaixamento.
Dorival Junior enfrentou desfalques importantes, como Matheuzinho e Memphis Depay, o que levou à improvisação de Félix Torres na lateral-direita. Yuri Alberto foi posicionado como centroavante, com Carrillo na direita e Igor Coronado partindo da esquerda. Maycon, José Martinez e Breno Bidon formaram o trio central no meio-campo, enquanto Raniele iniciou no banco de reservas.

Primeiro Tempo: Equilíbrio e Pouca Criatividade
O primeiro tempo em Itaquera foi marcado pelo equilíbrio e pela monotonia. Corinthians e Santos exibiram dificuldades em se estabelecer no campo de ataque, compartilhando a preocupação em não ceder espaços em suas respectivas intermediárias. O resultado foi um jogo truncado e com poucas oportunidades claras.
O Santos criou as duas chances mais significativas nos 46 minutos iniciais, ambas originadas em rebotes de escanteios ou laterais lançadas na área, evidenciando a falta de construção de jogadas mais elaboradas. Zé Ivaldo e Barreal tiveram a oportunidade de abrir o placar, mas pecaram na precisão. O Corinthians demonstrou falhas na ocupação da área em momentos de insistentes bolas alçadas pelo Peixe.
Ofensividade Limitada do Corinthians
A produção ofensiva do Corinthians foi ainda mais modesta, resumindo-se a uma cobrança de falta de Coronado defendida por Gabriel Brazão. A estratégia de Dorival era permitir que o meia se movesse livremente da esquerda para o centro. No entanto, para que essa tática funcionasse, o time precisava ocupar o ataque com maior velocidade, especialmente nas projeções de Angileri pela lateral, o que não se concretizou.
A lentidão na circulação da bola era notável no Corinthians , com pouca ousadia nos passes e uma dinâmica lenta na troca de passes inicial. Félix Torres alinhava-se a André Ramalho e Cacá, enquanto Maycon circulava à frente deles. Carrillo era o alvo pela direita, com Martinez tentando conexões. Na esquerda, Breno Bidon e Coronado buscavam se encontrar.
Isolamento de Yuri Alberto e Defesa Compacta
Com o baixo volume ofensivo do Corinthians na área, Yuri Alberto se viu isolado no ataque, arriscando um chute de longa distância sem perigo, o que gerou irritação na torcida. Defensivamente, a equipe mostrava-se compacta ao marcar em seu campo, mas carecia de movimentos regulares de pressão alta e de agressividade nos duelos longe da meta adversária.
Pressão do Santos e Vigilância em Soteldo
O Santos demonstrou maior iniciativa na pressão alta, embora não tenha exercido uma pressão constante sobre a linha de construção do Corinthians , ao menos dificultando a progressão da bola até as proximidades de sua área. O trabalho começava com Tiquinho e Rollheiser mais à frente, enquanto Zé Rafael e Escobar se mostravam firmes, chegando a receber cartão amarelo.
Fluidez Ofensiva Limitada do Peixe
A fluidez ofensiva foi a principal carência do Santos. Soteldo, peça fundamental nos últimos jogos, foi marcado de perto por Carrillo e Félix Torres. Martinez oferecia suporte, acompanhando os movimentos de Escobar por dentro. Rollheiser e Barreal tentaram interações da intermediária para a direita, mas sem grande sucesso na fase ofensiva.
Segundo Tempo: Reviravolta Tática do Corinthians
O Corinthians retornou do intervalo com uma postura aprimorada, elevando a linha de marcação de forma mais consistente e mantendo a posse de bola próxima à área adversária. A equipe demonstrou maior versatilidade nos posicionamentos dos jogadores. Bidon e Martinez, por exemplo, chegaram a inverter funções em determinados momentos. O venezuelano infiltrava-se da intermediária para a esquerda, enquanto Coronado executava o movimento oposto.
Gol de Yuri Alberto e Mudanças no Santos
A oportunidade surgiu em uma troca de posições entre Carrillo e Martinez, que recebeu o passe de Angileri e cruzou para Yuri Alberto marcar de cabeça, superando Zé Ivaldo e Léo Godoy aos 20 minutos. Cléber Xavier substituiu Tiquinho Soares e Zé Rafael por Gabriel Bontempo e Deivid Washington. Posteriormente, Soteldo deixou o campo lesionado, dando lugar a Mateus Xavier , enquanto Thaciano substituiu Barreal.
Liberação de Coronado e Expulsão de Escobar
Outra mudança crucial no Corinthians foi a liberação de Igor Coronado , que não precisou mais recompor pelo lado esquerdo, como havia feito na primeira etapa. Breno Bidon assumiu essa responsabilidade, e o camisa 77 passou a dar o primeiro combate ao lado de Yuri Alberto no esquema 4-4-2 sem a bola.
O Santos sofreu um duro golpe com a expulsão de Escobar aos 34 minutos do segundo tempo, após uma discussão acalorada com José Martinez. Apesar da reação aguerrida e da pressão subsequente, o Corinthians retomou o controle da partida e o manteve até o apito final. Yuri Alberto ainda teve um gol anulado nos minutos finais.
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