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Corinthians x Flamengo: Gols Perdidos e Elenco Limitado Decidem o Clássico
Por Redação FuTimão em 29/09/2025 04:17
Mais do que o placar adverso de 2 a 1, o que realmente tornou a derrota do Corinthians para o Flamengo, pela 25ª rodada do Brasileirão 2025, na Neo Química Arena, tão amarga foi a maneira como ela se desenrolou. Embora o elenco alvinegro se mostre, no momento, inferior ao rubro-negro ? especialmente com desfalques importantes como Garro e Memphis Depay ? a equipe merecia um destino diferente do revés.
A virada do time carioca foi precedida por um verdadeiro domínio corintiano na etapa inicial, um período em que o time da casa acumulou oportunidades claras de gol, mas pecou na conversão. No segundo tempo, mesmo após conseguir abrir o placar nos primeiros minutos, a equipe não conseguiu sustentar o ímpeto, carecendo de fôlego e de opções qualificadas no banco de reservas para manter o ritmo e proteger o resultado.
Este tropeço em Itaquera não apenas intensifica a pressão sobre um time que luta para se afastar da zona inferior da tabela, mas também obscurece aspectos positivos da performance corintiana. Apesar das lacunas no elenco , a formação comandada por Dorival Júnior demonstrou uma notável organização tática e grande empenho, características essenciais para tentar superar a superioridade técnica do adversário.
Oportunidades Desperdiçadas: Um Primeiro Tempo de Frustrações
O desenho tático do Corinthians , com uma linha de cinco defensores, concedeu liberdade considerável aos alas quando a equipe estava com a posse de bola. Neste confronto específico, Raniele assumiu a função de zagueiro pela esquerda, um papel que havia sido desempenhado por Fabrízio Angileri em partidas anteriores. Essa adaptação mostra a flexibilidade do esquema tático.
Com uma postura intensa e agressiva, os donos da casa impediram o Flamengo de desenvolver seu jogo, sufocando o adversário durante os primeiros quarenta minutos. A energia demonstrada em campo foi um dos pontos altos da equipe alvinegra, que engoliu o rival nesse período.
No meio de campo, posicionado mais à direita e confrontando Saúl, Breno Bidon emergiu como um dos destaques do Corinthians no primeiro tempo. Com poucos toques na bola, ele foi capaz de clarear jogadas e municiar os homens de ataque. Matheus Bidu também merece ser mencionado pela sua atuação consistente e participativa.
No entanto, o principal entrave residiu na incapacidade de transformar as chances criadas em gols. Yuri Alberto, por exemplo, desperdiçou ao menos três oportunidades claras. E essa contagem nem inclui o pênalti executado de forma desleixada pelo camisa 9 ? uma cobrança que, para além da alcunha de "cavadinha", pode ser mais bem descrita como um "recuo", dada a sua estranha execução.
A Fragilidade do Elenco: Fôlego e Qualidade em Declínio
Nos minutos finais da primeira etapa, o Corinthians já dava sinais de que seria difícil sustentar o ritmo frenético imposto. O Flamengo, então, começou a equilibrar as ações, mostrando que a intensidade corintiana tinha seu limite físico.
Embora o gol no início do segundo tempo tenha reacendido a esperança da torcida, o panorama do jogo se alterou drasticamente. O Rubro-Negro, antes pressionado, passou a ter maior controle da posse de bola e a empurrar o Corinthians para seu campo de defesa.
Dorival Júnior percebeu a evidente queda física de sua equipe e buscou injetar novo ânimo com substituições. Contudo, apesar de ganhar em energia, o time acabou perdendo em qualidade técnica. A comparação entre os jogadores que entraram em campo é reveladora:
Enquanto no Flamengo foram acionados Danilo, Alex Sandro, Jorginho, Luiz Araújo e Gonzalo Plata, no Timão as opções eram consideravelmente mais modestas: Angileri, Talles Magno, Cacá, Ryan e Vitinho. Essa disparidade no banco de reservas foi um fator crucial para a mudança de cenário.
A soma dos gols perdidos no primeiro tempo e a escassez de opções de maior impacto na reserva custaram caro ao Corinthians . Para tornar o placar de 2 a 1 ainda mais frustrante, o segundo gol flamenguista surgiu de uma cobrança de lateral marcada incorretamente, adicionando um elemento de controvérsia à derrota.
Os Números da Partida: Uma Análise Fria da Derrota
Os dados estatísticos da partida reforçam a narrativa de um Corinthians que dominou, mas não concretizou, e um Flamengo que soube aproveitar suas chances e a fragilidade adversária.
| Estatística | Corinthians | Flamengo |
|---|---|---|
| Posse de bola | 51% | 49% |
| Finalizações | 16 | 13 |
| Finalizações no alvo | 6 | 2 |
| Passes completos | 343 | 379 |
| Passes incompletos | 96 | 84 |
| Desarmes | 16 | 10 |
| Dribles | 7 | 2 |
| Faltas cometidas | 16 | 21 |
A análise fria dos números demonstra que o Corinthians finalizou mais e acertou o alvo com maior frequência, mas a efetividade foi a grande vilã. A posse de bola equilibrada mascara o domínio inicial do Timão, que, ao final, não se traduziu em pontos. A combinação de profligação no ataque e a falta de profundidade no elenco foram os principais ingredientes para uma derrota que, de fato, doeu mais pela forma do que pelo resultado em si.
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