Corinthians: Trio de Ataque dos Sonhos Atuou em Apenas 16% dos Jogos

O Corinthians enfrenta um dilema persistente em seu setor ofensivo. Mais uma vez, o técnico Dorival Júnior se vê obrigado a arquitetar a linha de frente sem a presença simultânea do tão almejado trio de ataque. Para o clássico deste sábado (19/7) contra o São Paulo, agendado para as 21h (de Brasília) no Morumbis, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, a ausência de Yuri Alberto, em fase de transição física, é mais um capítulo dessa saga.

Desde que assumiu o comando técnico do clube alvinegro em 29 de abril, Dorival tem lidado com a incapacidade de escalar em conjunto os três nomes que representam as principais apostas ofensivas do elenco: Rodrigo Garro, Yuri Alberto e Memphis Depay. As recorrentes lesões que afetam o trio impediram qualquer tentativa de sincronizá-los em campo, um fator que, na visão do próprio treinador, tem sido um entrave significativo para o desempenho da equipe.

A expectativa em torno deste trio foi construída com base em um final de 2024 promissor e, principalmente, no desempenho decisivo que culminou na conquista do Campeonato Paulista deste ano. Contudo, em 2025, o Corinthians viu seu trio de ataque iniciar partidas como titular em apenas sete das 42 disputas realizadas, uma estatística que se traduz em um percentual alarmante de 16,6% do total de jogos da temporada. Essa escassez de oportunidades para o trio atuar junto levanta questionamentos sobre a profundidade e a estratégia do elenco .

O Desafio Tático de Dorival Júnior

A falta de continuidade na utilização de seus principais atacantes é um problema recorrente para o corpo técnico. A cada rodada, a montagem do ataque se torna um quebra-cabeça, com peças importantes constantemente indisponíveis. A declaração do comandante após a vitória por 1 a 0 sobre o Ceará, na rodada anterior, sublinha essa dificuldade:

"Nós temos um problema que ainda não tivemos a possibilidade de estar com os três jogadores de frente em condições de jogar. O Garro é a terceira partida agora, o Memphis jogou as primeiras, o Yuri se machucou seriamente. O Corinthians precisa de mais nomes para preencher a linha de ataque"

Esta fala ressalta a necessidade de alternativas e a complexidade de manter um padrão tático sem a presença das referências ofensivas. A equipe tem sido forçada a se adaptar constantemente, o que pode impactar a coesão e a fluidez do jogo.

Números de uma Ausência Preocupante

A última vez que o trio atuou junto, desempenhando um papel crucial, foi na campanha que culminou com o título estadual, mais especificamente no segundo jogo da final contra o Palmeiras, em 27 de março. Desde então, a equipe tem sofrido com a ausência de suas peças-chave no ataque. A tabela a seguir ilustra a baixa frequência de utilização do trio:

A recuperação do centroavante Yuri Alberto , embora em andamento, ainda o mantém em fase de transição física, afastando-o do confronto iminente contra o São Paulo. A expectativa é que sua reintegração plena ao elenco traga um alívio considerável para o planejamento de Dorival Júnior.

Perspectivas para a Sequência da Temporada

Apesar da ausência confirmada para o clássico, o diretor-executivo de futebol do Corinthians , Fabinho Soldado, manifestou otimismo quanto ao retorno de Yuri Alberto . Segundo o dirigente, há uma expectativa de que o atacante possa estar à disposição na próxima semana. Essa possibilidade representa um reforço de peso para a comissão técnica, especialmente considerando os desafios que o clube enfrentará nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.

A presença do trio, quando em plenas condições, é vista como um catalisador para o desempenho ofensivo da equipe. A recuperação e a consequente disponibilidade desses jogadores podem ser determinantes para as ambições do Corinthians na temporada, oferecendo a Dorival Júnior as ferramentas necessárias para explorar o potencial máximo do ataque alvinegro.