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Corinthians revela plano financeiro: 27% da receita para dívidas em 10 anos
Por Redação FuTimão em 11/09/2025 11:13
O Sport Club Corinthians Paulista confirmou o direcionamento de aproximadamente 27% de seus rendimentos para a quitação de passivos financeiros. A agremiação insiste na implementação de um Regime Centralizado de Execuções (RCE) com um horizonte de dez anos, uma abordagem que contraria as expectativas de alguns de seus credores.
Quase dez meses após o início do processo de RCE, a aprovação do plano corintiano ainda permanece pendente. As discussões giram em torno da duração dos pagamentos e do montante mensal que o clube deve reservar para cumprir o acordo.
Determinados credores, como o empresário Walter Caetano, defendem que o Alvinegro destine 20% de suas receitas ao plano, o que, segundo eles, resultaria na liquidação em apenas dois anos. Contudo, o clube refuta essa possibilidade, alegando que tal percentual implicaria na "inviabilização total de suas operações esportivas e sociais".
A contraproposta do Corinthians prevê um escalonamento de pagamentos ao longo de uma década, com parcelas progressivas. Este modelo busca equilibrar a necessidade de honrar os compromissos com a sustentabilidade de suas atividades.
Estratégia Financeira do Timão: O Plano de Pagamento Decenal
A proposta de parcelamento do Corinthians no RCE estrutura-se da seguinte maneira:
Origem da Receita | 1º Ano | 2º Ano | A partir do 3º Ano |
---|---|---|---|
Receitas Recorrentes (TV, Patrocínios, etc.) | 4% | 5% | 6% |
Receitas de Venda de Jogadores | 5% | 6,5% | 8% |
Os advogados Elias Mubarak e Júlio Mandel, representantes do Corinthians , argumentam que o clube já possui uma série de encargos financeiros. Entre eles, destacam-se o financiamento da Neo Química Arena, débitos tributários parcelados e execuções em outras esferas, como a FIFA e a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF.
Essa alegação é corroborada pela administradora judicial do plano, a Laspro Consultores. A consultoria confirmou que "constatou-se que o endividamento parcelado do requerente, somando-se as obrigações trabalhistas (inclusive FGTS), financeiras, desportivas, cíveis, tributárias e relativas à arena, representa comprometimento de 27,4% do faturamento anual".
Comprometimento de Receitas e Fundamentação Jurídica do RCE
Adicionalmente, os defensores do Corinthians enfatizam que a legislação do RCE concede ao devedor um período de seis anos, passível de prorrogação por mais quatro, totalizando uma década. Eles citam o plano de recuperação do Santos como um precedente. Além disso, sublinham que a exigência de destinar pelo menos 20% do faturamento aplica-se exclusivamente a Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), categoria na qual o Corinthians não se enquadra.
Júlio Mandel declarou:
O Corinthians demonstrou que tem capacidade de pagar os credores nos prazos da lei e que dirige mais de 27% das receitas para isso.
Diante das objeções, o Timão solicitou à Justiça a marcação de audiências de conciliação com os credores que se opuseram ao plano, incluindo nomes como os empresários André Cury e Walter Caetano , além da casa de apostas Pixbet.
O Vultoso Passivo do Corinthians Sob o Regime Centralizado de Execuções
O montante total das dívidas do Corinthians sob o guarda-chuva do RCE ultrapassa R$ 367 milhões. Desse valor, aproximadamente R$ 190 milhões já se encontram em fase de execução judicial, evidenciando a urgência e a complexidade da situação financeira do clube.
A lista de credores envolvidos no plano do RCE ilustra a amplitude dos compromissos financeiros do clube.
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