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Corinthians rescinde contrato de biometria facial na Neo Química Arena | Prazo CBF
Por Redação FuTimão em 06/06/2025 20:31
O cenário do futebol brasileiro impõe um desafio tecnológico iminente às agremiações. Clubes que operam estádios com capacidade superior a vinte mil espectadores estão sob a exigência de implantar integralmente sistemas de reconhecimento facial até o dia 14 de junho. Esta diretriz, emitida pelas instâncias reguladoras, visa aprimorar significativamente a segurança e o controle de acesso durante os eventos esportivos. A inobservância deste prazo pode acarretar penalidades severas, que incluem a aplicação de multas substanciais e a interdição da praça esportiva, um desfecho que nenhum clube de grande envergadura pode se dar ao luxo de experimentar.
Neste contexto de premência regulatória, o Sport Club Corinthians Paulista encontra-se em uma corrida contra o relógio. Recentemente, a administração alvinegra recém-empossada oficializou o encerramento do vínculo contratual com a Bepass S.A., a companhia inicialmente encarregada de implementar e gerenciar o sistema de biometria facial nas catracas da Neo Química Arena. Essa deliberação, embora apresentada como amigável, posiciona o clube em uma situação desafiadora, dada a proximidade do prazo final estabelecido pelas autoridades.
O Desafio da Biometria nos Estádios Brasileiros
O distrato, formalizado nesta sexta-feira pela diretoria que assumiu as rédeas do clube, dissolve um acordo que havia sido celebrado em abril, ainda sob a gestão anterior de Augusto Melo. O presidente em exercício do Corinthians , Osmar Stabile, pronunciou-se oficialmente sobre o desfecho da parceria:
? O Corinthians agradece a empresa por compreender o estágio delicado em que o processo de implantação da biometria facial encontra-se no momento, numa tratativa conduzida junto a nosso departamento jurídico de forma totalmente amigável e sem qualquer ônus para o clube ?
A declaração enfatiza a natureza consensual da separação, buscando dissipar qualquer percepção de atrito ou de prejuízo financeiro para a instituição, que atravessa um período de reestruturação administrativa.
A Bepass, por sua vez, através de seu CEO, Ricardo Cadar, corroborou a versão apresentada pelo Corinthians , oferecendo detalhes adicionais sobre os motivos que levaram à rescisão. Cadar esclareceu que a empresa foi informada pela nova cúpula corintiana sobre a pré-existência de um parceiro tecnológico do clube, cujos testes de biometria facial já se encontravam em um patamar mais avançado de desenvolvimento e aplicabilidade.
? A Bepass tomou conhecimento, por meio da nova diretoria do Corinthians, que o clube já contava anteriormente com parceiro para desenvolvimento de biometria facial, em estágio de testes mais avançados. Desta forma, mesmo já tendo realizado alguns investimentos, concordou-se por bem fazer uma rescisão de contrato amigável. Por respeito pelo Corinthians e pelo profissionalismo com que trabalhamos rotineiramente, consideramos esta a melhor solução para o impasse que foi criado. Desejamos sempre o melhor para o Corinthians e deixamos as portas abertas para parcerias no futuro ?
Essa perspectiva sugere que a rescisão foi uma medida pragmática, visando otimizar os recursos e alinhar as estratégias do clube com as soluções tecnológicas já em processo de implementação.
Um Novo Horizonte na Neo Química Arena
Com a formalização do rompimento, a gestão corintiana assume a tarefa premente de identificar e firmar um novo acordo comercial com outra entidade especializada na implementação de tecnologias de reconhecimento facial. A urgência é inegável, considerando que o prazo limite estabelecido pela legislação desportiva se aproxima velozmente. A capacidade de resposta e a eficiência do clube serão determinantes para evitar sanções que possam comprometer a operação de seu principal palco esportivo, a Neo Química Arena.
A situação atual do Corinthians é um espelho dos desafios inerentes à modernização da infraestrutura dos estádios brasileiros e à complexidade das transições administrativas em clubes de grande porte. O Alvinegro, com sua imponente arena, necessita demonstrar agilidade e eficácia na resolução deste entrave tecnológico para assegurar a conformidade regulatória e a segurança de sua vasta torcida, garantindo que o estádio permaneça plenamente operacional. A expectativa é que um novo parceiro seja anunciado em breve, permitindo que o clube cumpra as determinações e evite futuras complicações legais e operacionais.
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