Corinthians Paga 13º Salário, Mas Dívidas e Transfer Ban Persistem

A diretoria do Corinthians concretizou na última quarta-feira (03/12) o acerto da primeira parcela referente ao 13º salário de seus colaboradores que desempenham suas funções no Parque São Jorge. Contudo, a efetivação do repasse, originalmente agendada para a sexta-feira anterior (28/11), sofreu um atraso notável, uma vez que a agremiação não conseguiu mobilizar os fundos indispensáveis no tempo estipulado.

Este cenário sublinha as complexas dificuldades financeiras com as quais a cúpula do clube tem lidado. Atualmente, está em análise a contratação de um empréstimo substancial, no valor de R$ 100 milhões, destinado a mitigar passivos considerados emergenciais e, assim, aliviar a pressão sobre o caixa.

Dívidas Milionárias e o Impedimento de Contratações

Entre as pendências mais prementes, destaca-se uma dívida superior a R$ 40 milhões com o Santos Laguna, do México. Esta obrigação financeira não cumprida resultou na imposição de um "transfer ban", medida que impede o Timão de registrar novos jogadores, impactando diretamente o planejamento esportivo para as próximas janelas de transferências.

Apesar das evidentes pressões sobre o fluxo de caixa, é importante ressaltar que os vencimentos de funcionários e atletas têm sido mantidos em dia. A situação, no entanto, é distinta no que concerne aos direitos de imagem, que acumulam atrasos. A expectativa interna da agremiação é que as receitas projetadas para o corrente mês permitam a regularização desses pagamentos, trazendo um fôlego financeiro aguardado.

A Busca por Transparência e Eficiência Orçamentária

Em meio a este panorama delicado, o clube tem empreendido esforços para aprimorar sua organização financeira. Nesse sentido, na terça-feira (02/12), o Corinthians anunciou a implementação do SAP Concur, uma plataforma de reconhecimento internacional especializada no controle e gestão de despesas.

Através de um comunicado oficial, o Timão enfatizou os benefícios da nova ferramenta, declarando que

"a tecnologia permitirá maior automação, precisão e visibilidade em todo o ciclo de gastos, eliminando inconsistências no fluxo financeiro e um monitoramento mais rigoroso das despesas."

A expectativa é que essa solução tecnológica contribua significativamente para processos mais eficientes e para a redução de riscos de um descontrole orçamentário, um passo crucial na busca por maior estabilidade financeira.