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Corinthians: Novo Plano de Pagamento de Dívidas – Impacto e Próximos Passos

Por Redação FuTimão em 21/07/2025 04:13

O Sport Club Corinthians Paulista, em um movimento estratégico para reequilibrar suas finanças, submeteu à apreciação judicial um plano reformulado para a liquidação de parte de seus débitos. Desde o ano anterior, a agremiação tem buscado a adesão ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), um mecanismo desenhado para proporcionar maior previsibilidade econômica e mitigar o risco de bloqueios de ativos, fatores que historicamente comprometem a fluidez financeira do clube.

Inicialmente, a intenção do Corinthians era parcelar um montante de R$ 367 milhões em obrigações ao longo de uma década. Contudo, o valor final homologado pelo administrador judicial do processo foi significativamente menor, estabelecido em R$ 190 milhões. Este montante abrange compromissos com agentes, fornecedores e direitos de imagem pendentes de atletas, entre outras categorias. É crucial destacar que esta renegociação não engloba pendências fiscais nem o financiamento da Neo Química Arena junto à Caixa Econômica Federal, que seguem em tratativas separadas.

A proposta inicial do clube para destinação de recursos previa a alocação de 4% de suas receitas recorrentes para o pagamento dos credores listados no RCE. Essa oferta, todavia, não encontrou aceitação junto aos credores, que aspiravam a um percentual substancialmente maior, de 20% ? uma possibilidade que foi categoricamente recusada pela diretoria alvinegra.

Estratégia de Pagamento e Ajustes Propostos

Diante do impasse, o clube apresentou uma nova abordagem, sugerindo uma elevação progressiva nos percentuais de destinação de receitas ao longo dos anos. A estrutura proposta se desdobra da seguinte forma:

Tipo de Receita 1º Ano 2º Ano A partir do 3º Ano
Receitas Recorrentes (Direitos de TV, Patrocínios) 4% 5% 6%
Receitas de Venda de Jogadores 5% 6,5% 8%

Adicionalmente, a proposta corintiana estabelece benefícios específicos para os denominados "credores parceiros". Estes são aqueles que mantêm a prestação de serviços ou fornecimento ao clube mesmo após o pedido de Regime Centralizado de Execuções, e a eles seria destinada uma fatia de 35% da receita recorrente direcionada ao RCE. Há também uma categoria de "credores preferenciais", que inclui idosos, pessoas com enfermidades graves e gestantes, que ficaria com 25% do montante.

Hierarquia de Credores e Correção Monetária

Para ilustrar a aplicação prática da divisão, o Corinthians apresentou um cenário hipotético de pagamento mensal de R$ 3 milhões, detalhando como os recursos seriam distribuídos entre as diferentes classes de credores. Essa visualização busca conferir transparência à alocação dos valores, demonstrando a priorização estabelecida pela gestão.

Em relação à correção monetária das dívidas, o plano difere as abordagens. As obrigações dos credores ordinários, preferenciais e parceiros teriam seus valores atualizados pela Taxa Selic, o índice básico de juros da economia brasileira. Por outro lado, as dívidas dos credores aderentes ao plano seriam corrigidas pelo IPCA, o principal indicador de inflação do país, refletindo uma distinção na forma como os passivos são tratados.

A efetividade da proposta corintiana, contudo, está condicionada à sua aprovação pelo Poder Judiciário. A expectativa da diretoria alvinegra é que a implementação do RCE represente um avanço significativo na reestruturação financeira do clube, conferindo maior previsibilidade às despesas e, consequentemente, eliminando os múltiplos bloqueios bancários que têm sido um entrave constante nos últimos anos.

Desafios Paralelos e a Busca por Estabilidade

Em um front paralelo, o Timão também selou um acordo na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF para saldar aproximadamente R$ 76 milhões em dívidas com outras agremiações, empresários e atletas. Apesar do acerto, a primeira parcela deste compromisso, que venceu na semana anterior, ainda não foi honrada. Este fato sublinha a complexidade do panorama financeiro do Corinthians , onde a busca por um plano de reestruturação abrangente é essencial, mas a execução de acordos vigentes se mostra um desafio contínuo.

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Ana

Ana

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Comentado em 21/07/2025 09:02 Se for pra melhorar, bora nessa, Timão é gigante!
André

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Comentado em 21/07/2025 07:31 Esse aumento progressivo dos pagamentos mostra que o Timão tá pensando no futuro, pegada certa!
Rodrigo

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Comentado em 21/07/2025 05:51 Vai Corinthians! O plano é firme, a gente sabe que vai sair dessa dívida pesada e voltar a crescer.
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