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Corinthians: Justiça Nega Duilio e Investigação de Cartões Corporativos Prossegue
Por Redação FuTimão em 08/10/2025 09:43
A Justiça paulista proferiu uma decisão significativa ao rejeitar a solicitação de Duilio Monteiro Alves, ex-mandatário do Corinthians, que visava a paralisação do inquérito conduzido pelo Ministério Público acerca de alegadas despesas indevidas com cartões corporativos da agremiação. O habeas corpus, protocolado pela equipe jurídica do ex-presidente na semana anterior, não obteve êxito.
A intenção da defesa de Duilio era obter o encerramento permanente do Procedimento Investigatório Criminal (PIC), sob a supervisão do promotor Cássio Roberto Conserino. Este procedimento examina os dispêndios da cúpula corintiana ao longo dos anos de 2018 a 2025, abrangendo os mandatos de Andrés Sanchez, Augusto Melo e do próprio Duilio.
Decisão Judicial Mantém Foco em Gastos do Corinthians
A equipe legal de Duilio argumenta que a base da investigação repousa sobre evidências consideradas inconsistentes, incluindo reportagens da imprensa e uma planilha sem comprovação de sua procedência, que supostamente indica um montante de R$ 86.524,62 em gastos de natureza pessoal.
Adicionalmente, o pleito liminar sustentava que a matéria em questão configura um tema de natureza "interna corporis", ou seja, uma questão atinente à administração interna do clube, e que a intervenção investigativa do Ministério Público configuraria uma afronta à autonomia da instituição esportiva.
O documento apresentado pela defesa ainda enfatizava que as prestações de contas referentes à administração de Duilio haviam sido chanceladas pelo Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians , um processo que contou com o aval de uma auditoria externa, o que, para os advogados, confirmaria a conformidade dos gastos no âmbito da própria organização.
Os Argumentos da Defesa e a Perspectiva Judicial
Contudo, mesmo diante dos argumentos apresentados, o Poder Judiciário não identificou uma necessidade premente para suspender o procedimento de forma imediata. A investigação de cunho criminal, portanto, continua seu curso, e o mérito do habeas corpus será apreciado em uma etapa posterior pela 8ª Câmara de Direito Criminal.
Em declaração à imprensa, a assessoria jurídica de Duilio afirmou que a intenção é "afastar preventivamente qualquer constrangimento ilegal" dirigido ao ex-presidente, mas salientou que a "medida não se opõe à realização de esclarecimentos legítimos".
O Posicionamento da Defesa e os Próximos Capítulos
"A defesa de Duilio Monteiro Alves esclarece que impetrou Habeas Corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo a fim de afastar preventivamente qualquer constrangimento ilegal decorrente de procedimento investigatório sem justa causa qualificada, apoiada em documentos apócrifos de origem duvidosa. A medida não se opõe à realização de esclarecimentos legítimos, mas à utilização de expediente investigatório genérico e indefinido, o chamado 'fishing expedition', em desacordo com os limites constitucionais e legais. A defesa reitera também sua plena confiança no Poder Judiciário para a correta apreciação da matéria."
A declaração é de Lucas Lopes Knupp, advogado de Duilio.
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