Corinthians Feminino: VAR Ausente na Final Gera Indignação!

O embate inicial da final do Campeonato Brasileiro Feminino, envolvendo Cruzeiro e Corinthians, culminou em um espetáculo de grande intensidade no Estádio Independência. Contudo, para além dos quatro gols, que selaram um empate em 2 a 2, a partida foi ofuscada por uma série de incidentes controversos que provocaram intensos debates e questionamentos.

Entre os momentos mais questionáveis, destacam-se um pênalti que não foi assinalado a favor do time mineiro e as veementes acusações das jogadoras corintianas sobre uma suposta agressão cometida por uma atacante da equipe adversária. O agravante dessas situações, que ampliou a polêmica, foi a ausência do Árbitro de Vídeo (VAR), um recurso que se tornou quase indispensável em confrontos de tamanha magnitude.

Os analistas do podcast "Terrabolistas", ao abordar o tema, expressaram profundo lamento pela inexistência do VAR em um confronto decisivo. Classificaram a situação como inaceitável para uma final do Campeonato Brasileiro, argumentando que a falta de tecnologia em lances capitais comprometeu a integridade da disputa.

A Sombra da Arbitragem na Grande Final

A ausência do VAR não apenas permitiu que lances duvidosos passassem impunes, mas também expôs as fragilidades da arbitragem em momentos de alta pressão. As decisões tomadas em campo, sem o respaldo tecnológico, tiveram um peso desproporcional, dado o contexto de uma final nacional.

Julia Mazarin, uma das comentaristas, foi enfática em sua avaliação, detalhando os pontos críticos que, em sua visão, deveriam ter sido tratados de forma diferente. Ela argumentou com veemência sobre a necessidade de intervenção do árbitro de vídeo.

"Expulsão e pênalti. Estou nessa linha aí, essa polêmica do VAR, da arbitragem, não poderia ter acontecido em uma final, um jogo tão grande. A agressão é muito clara. Não é uma imagem distorcida, é uma imagem clara. Ela projeta o soco na adversária e ficou por isso mesmo. A gente viu. A transmissão passou isso diversas vezes. Não tinha necessidade. Eu acho que configura agressão e expulsão. Acontece o pênalti na área do Corinthians, a bola bate na Duda Sampaio. É aquilo que a gente fala sobre a arbitragem: a gente não sabe o critério, se é mão na bola, se é bola na mão, onde bate. Na minha opinião foi pênalti e ela fez uma compensação. Na Néo Química Arena tudo isso não pode acontecer"

Lances Cruciais: A Agressão e o Pênalti Não Marcado

A análise de Mazarin ressalta dois episódios centrais que demandavam maior rigor. Primeiramente, a suposta agressão, que, segundo ela, foi "muito clara" e "não é uma imagem distorcida", mereceria uma sanção mais severa, configurando "agressão e expulsão". A impunidade de um ato tão evidente levanta sérias questões sobre a capacidade da arbitragem de garantir a disciplina e a lealdade em campo.

Em segundo lugar, a comentarista abordou o lance do pênalti envolvendo a jogadora Duda Sampaio na área corintiana. Mazarin criticou a inconsistência nos critérios de avaliação de "mão na bola ou bola na mão", uma incerteza que frequentemente gera controvérsia e prejudica a clareza das decisões. Para ela, o lance era passível de penalidade máxima, sugerindo que a não marcação poderia ter sido uma "compensação" por outras decisões questionáveis.

O Desafio da Arbitragem na Néo Química Arena

A expectativa agora se volta para o segundo e decisivo confronto na Néo Química Arena, onde se espera que a arbitragem esteja à altura do evento. A declaração de Mazarin serve como um alerta contundente: "Na Néo Química Arena tudo isso não pode acontecer". A integridade da finalíssima exige que os erros e as lacunas observadas na primeira partida sejam corrigidos, garantindo um espetáculo justo e sem máculas para o futebol feminino brasileiro. O Corinthians , em particular, buscará não apenas a vitória, mas também a certeza de que o mérito esportivo prevalecerá sobre qualquer controvérsia arbitral.