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Corinthians Feminino: O Hexa da Libertadores e o Legado de uma Era Vitoriosa

Por Redação FuTimão em 19/10/2025 05:44

O Corinthians feminino solidificou sua supremacia no futebol continental ao conquistar, pela sexta vez, a Copa Libertadores. Este domínio na modalidade persiste notavelmente, mesmo diante de um ciclo contínuo de reformulações e mudanças estratégicas no elenco e na comissão técnica.

Com a vitória sobre o Deportivo Cali, alcançada por meio de uma emocionante disputa de pênaltis no último sábado à noite, as Brabas não apenas adicionaram mais um troféu à sua galeria, mas também estabeleceram novos marcos históricos. Além de assegurar o hexacampeonato, a equipe tornou-se a primeira representante brasileira a erguer o cobiçado troféu da Libertadores em três edições consecutivas.

A trajetória do Corinthians tem sido marcada por significativas alterações em seu elenco e comissão técnica ao longo dos anos; contudo, sua força no futebol feminino permanece inquestionável. Desde a instituição da Libertadores Feminina em 2009, o Timão marcou presença em seis decisões, ostentando um impressionante aproveitamento de 100% nas finais, com títulos em 2017, 2019, 2021, 2023, 2024 e 2025.

Corinthians: Uma Hegemonia Inabalável no Cenário Continental

A reinvenção constante parece ser a tônica desta era vitoriosa. Em 2017, o Corinthians celebrou sua primeira conquista continental ainda em colaboração com o Audax. Essa equipe conjunta superou o Colo-Colo na edição que se seguiu à reestruturação do projeto feminino do clube. O comando técnico daquela formação Corinthians /Audax já era de Arthur Elias, figura que se tornaria multicampeão com as Brabas. A goleira Lelê, hoje reserva, teve papel decisivo, defendendo duas penalidades na decisão daquele torneio.

Nomes que se tornariam pilares da equipe começaram a chegar em 2018, como Gabi Zanotti e Érika, ambas cruciais no título de 2025. No mesmo ano, Adriana também foi integrada ao elenco , permanecendo para as glórias de 2019 e 2021. A atacante, que atualmente atua no futebol saudita, figura como a quinta maior artilheira da história das Brabas. As três Libertadores conquistadas entre 2019 e 2023 ocorreram sob a gestão de Cris Gambaré, a ex-diretora de futebol do clube que foi a grande responsável pela reativação do departamento feminino do Corinthians em 2016.

A Gestão Pós-Arthur Elias: Piccinato Entre Títulos e Contestações

O fim de 2023 marcou um período de transição importante. Com a saída de Arthur Elias para assumir a Seleção Brasileira, Lucas Piccinato chegou para comandar o Corinthians . Posteriormente, Cris Gambaré também deixou a equipe no ano seguinte, assumindo a função de Coordenadora de Seleções Femininas na CBF.

Piccinato, apesar do pouco tempo, já ostenta um bicampeonato da Libertadores e do Campeonato Brasileiro com o Corinthians , ambos conquistados em 2024 e 2025. Contudo, suas conquistas são frequentemente acompanhadas por críticas de parte da torcida, que aponta atuações irregulares e eliminações inesperadas, como a queda para o São Paulo na Copa do Brasil deste ano, questionando a plenitude do desempenho sob sua liderança.

Novas atletas também se destacaram nesse ciclo recente. Nicole, a goleira titular nas campanhas vitoriosas de 2024 e 2025, ascendeu à posição principal após iniciar como reserva de Kemelli. A atacante Jhonson, em sua temporada de estreia com a camisa corintiana, foi a responsável pelo gol que garantiu o hexacampeonato, simbolizando a constante renovação de talentos no elenco .

As Raízes de um Império: De Audax à Consagração das Brabas

A solidez do projeto feminino do Corinthians é um testemunho da visão de longo prazo. A base para a atual hegemonia foi lançada com a reativação da equipe em 2016, culminando na primeira conquista continental em 2017. Desde então, a capacidade de integrar novas peças e manter a excelência tem sido a marca registrada. A presença de atletas como Gabi Zanotti e Érika, que chegaram em 2018 e foram vitais para o último título, demonstra a longevidade e o impacto de investimentos estratégicos em talentos.

A era de Cris Gambaré como diretora foi fundamental para consolidar o projeto, transformando a equipe em uma máquina de títulos. Sua saída e a de Arthur Elias representaram um desafio para a continuidade, mas a estrutura estabelecida e a capacidade de adaptação do clube permitiram que Lucas Piccinato assumisse e mantivesse o ritmo de vitórias, mesmo enfrentando o escrutínio e as expectativas elevadas da torcida.

A Valorização Financeira da Glória Alvinegra

A recente conquista continental trouxe uma recompensa financeira substancial de US$ 2 milhões (equivalente a aproximadamente R$ 11 milhões) aos cofres do clube. Com este tricampeonato, o Corinthians acumulou um montante significativo de aproximadamente US$ 5,7 milhões em bonificações pelos títulos mais recentes da Libertadores, sendo US$ 2 milhões em 2024 e US$ 1,7 milhões em 2023.

É notável a evolução da premiação na Libertadores Feminina. Até 2021, o valor concedido pela CONMEBOL ao campeão era de apenas US$ 85 mil. O salto na valorização da competição ocorreu a partir do ano seguinte: em 2022, o prêmio atingiu US$ 1,5 milhão, quantia embolsada pelo Palmeiras na ocasião. Esta crescente injeção de recursos financeiros reflete o reconhecimento e o investimento na modalidade, elevando o patamar do futebol feminino sul-americano.

Para ilustrar a evolução das premiações, apresentamos a tabela a seguir:

Ano Premiação Campeão (US$) Vencedor
Até 2021 85.000 Diversos
2022 1.500.000 Palmeiras
2023 1.700.000 Corinthians
2024 2.000.000 Corinthians
2025 2.000.000 Corinthians

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