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Corinthians: Ex-Assessora Perdoa Augusto Melo em Processo por Injúria e Difamação
Por Redação FuTimão em 05/06/2025 14:11
Em um desfecho inesperado que reverberou nos corredores do Parque São Jorge, Cíntia Montino, que atuou como assessora administrativa do Sport Club Corinthians Paulista, optou por retirar a ação judicial movida contra Augusto Melo, atual presidente afastado do clube. O documento que formaliza essa decisão, acessado por fontes jornalísticas, foi submetido à juíza da 1ª Vara Criminal do Foro Regional VII, localizado no bairro do Tatuapé, em São Paulo.
O expediente, assinado pelo advogado José Paulo do Amaral Ferraz, que recentemente assumiu a defesa de Montino, detalha a escolha por uma resolução amigável, afastada do âmbito criminal. A sessão de julgamento para o caso estava previamente agendada para esta quinta-feira, tornando o anúncio do perdão ainda mais notório.
A Gênese da Controversia: Declarações Chocantes
A origem do litígio remonta a novembro de 2023, período em que Augusto Melo ainda figurava como candidato à presidência do Corinthians . Naquela ocasião, uma mensagem de áudio gravada por ele, e que posteriormente se tornou pública, continha acusações graves contra Cíntia Montino, sugerindo que ela se dedicava à prostituição. No teor da gravação, o então candidato, hoje presidente afastado, proferiu:
?A Cintia, eu vou pegar ela e deixa que eu vou falar aqui que ela cobra dinheiro para dar a b... Aqui pra dar pros velho aqui. Deixa ela que vou catar ela aqui e vou acabar com ela aqui?.
A rápida disseminação dessa declaração gerou um escândalo considerável, impulsionando a ex-assessora administrativa a iniciar um processo contra o dirigente por difamação e injúria. A acusação ainda pleiteava um aumento de pena em função do meio de propagação da ofensa, que, no caso, foi o aplicativo de mensagens WhatsApp.

O Pedido de Desculpas e a Virada Inesperada
Em fevereiro, o presidente afastado do Timão utilizou suas plataformas digitais para expressar arrependimento pelo conteúdo do áudio. Um dia após a data originalmente marcada para a audiência, Augusto Melo formalizou seu pedido de perdão a Cíntia Montino, afirmando publicamente:
?Sei que a ofensa foi pesada, eu estava muito nervoso na hora, isso não se justifica, sei o tanto que as mulheres sofrem nesse mundo e não podia ter falado de jeito nenhum. Não imaginava que alguém pudesse gravar e divulgar para outras pessoas?.
Contrariando a postura inicial, na qual a defesa de Montino havia repudiado o pedido de desculpas como "tardio" e "oportunista", a ex-assessora não apenas encerrou o processo, mas também estendeu o perdão a Wanderley Ferreira da Silva e Ronaldo Fernandez Tomé, que também haviam sido citados na queixa-crime original.
O documento que formaliza o perdão, assinado pelo advogado José Paulo do Amaral Ferraz, reflete a nova orientação da querelante. Nele, Cíntia Montino expressa que "não vislumbra mais interesse no prosseguimento do feito, tendo a certeza de que a composição amigável fora do processo se mostrou suficiente para a reprovação do crime". A efetivação do arquivamento, no entanto, permanece condicionada à aceitação do perdão por parte dos três envolvidos na ação.
Estratégias Legais e o Silêncio da Presidência
A mudança de estratégia por parte da querelante resultou, inclusive, na saída de seu advogado anterior, Alan Feher Zilenovski. Ele deixou o caso por "motivo de foro íntimo", conforme esclarecido à imprensa. Essa alteração na representação legal sinaliza uma reavaliação profunda do caminho a ser seguido no embate judicial.
Até o momento, a assessoria de Augusto Melo não emitiu qualquer comunicado oficial sobre o perdão concedido. A ausência de manifestação pública por parte da diretoria do Corinthians em relação a um assunto de tamanha repercussão reforça a complexidade do cenário político e institucional que envolve o clube neste momento.
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