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Corinthians Enfrenta Atraso Crucial e Risco de Transfer Ban na CNRD
Por Redação FuTimão em 18/07/2025 10:02
O Sport Club Corinthians Paulista se vê diante de um cenário de alta complexidade, com a ameaça de uma sanção que pode paralisar sua capacidade de reforçar o elenco. A agremiação não honrou o pagamento da parcela inicial de um acordo significativo, pactuado na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), e agora trava uma corrida contra o relógio para evitar um iminente "transfer ban", medida que vetaria o registro de novos atletas.
O montante, fixado em R$ 4,2 milhões, referente à primeira cota de um plano de quitação de R$ 76 milhões, tinha como data limite a última quinta-feira, dia 17. Este pacto financeiro, formalizado em abril do corrente ano, delineia um cronograma de repasses trimestrais, estendendo-se por um período de seis anos. Seu propósito central é sanar pendências com diversas partes, incluindo outras instituições esportivas, jogadores e agentes de atletas.
Apesar do descumprimento inicial, o clube alvinegro ainda opera dentro de uma margem legal. O próprio documento de acordo com a CNRD prevê um período de carência de cinco dias corridos a partir do vencimento para a apresentação do comprovante de pagamento. Dessa forma, a punição imediata pode ser evitada caso a regularização ocorra dentro deste interregno e seja devidamente atestada.
A não efetivação do pagamento pode, de fato, culminar na imposição do "transfer ban", impedindo o registro de novas aquisições. Contudo, essa penalidade somente seria efetivada após o esgotamento do prazo de cinco dias sem a devida comprovação. Adicionalmente, em uma primeira infração, a sanção pode ser suspensa assim que o valor for devidamente quitado.
Pressão Financeira e o Risco de Sanções Prolongadas
Entretanto, o convênio também é claro ao estipular que atrasos recorrentes poderão desencadear penalidades significativamente mais severas, como um "transfer ban" com duração de seis meses, sem a possibilidade de reversão imediata mediante o pagamento posterior. É precisamente este cenário que gera apreensão na cúpula corintiana.
O Cuiabá Esporte Clube figura como o principal credor dentro deste plano, com uma fatia de R$ 18 milhões a receber, montante derivado de transações passadas entre as duas agremiações. Outros valores estão pulverizados entre diversas partes, incluindo jogadores e seus representantes.
Além disso, o plano prevê que, de cada parcela liquidada pelo Corinthians , 80% do valor será direcionado ao credor principal, enquanto os 20% restantes cobrirão os honorários advocatícios. A distribuição do valor da parcela pode ser visualizada abaixo:
Destino do Valor da Parcela | Percentual |
---|---|
Credor Principal | 80% |
Honorários Advocatícios | 20% |
Adicionalmente, é importante ressaltar que o valor mínimo das parcelas cresce progressivamente ao longo do tempo, o que impõe uma pressão contínua sobre o clube para manter sua estabilidade financeira.
Impacto Direto no Elenco e Planejamento Esportivo
A conjuntura financeira do Corinthians permanece em estado delicado, marcada por intensas cobranças de credores e uma demanda premente por reforços, especialmente em face da disputa do Campeonato Brasileiro. Caso a diretoria não consiga resolver este impasse com celeridade, a capacidade do clube de se movimentar no mercado de transferências pode ser severamente comprometida. Este cenário é particularmente preocupante em um momento em que o técnico Dorival Júnior já manifestou publicamente a necessidade de quatro novas aquisições para o plantel.
A expectativa nos bastidores do Parque São Jorge é de que uma solução seja encontrada até o final da semana, a fim de evitar complicações adicionais com a CNRD. A diretoria segue empenhada na busca por recursos que garantam o cumprimento do acordo e preservem a regularidade do clube para futuras contratações.
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