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Corinthians: Empréstimo Milionário em Pauta para Resolver Transfer Ban e Dívidas Urgentes
Por Redação FuTimão em 27/11/2025 11:13
O Corinthians está imerso em um intrincado cenário financeiro, com múltiplos compromissos prementes. A diretoria alvinegra avalia minuciosamente a viabilidade de captar recursos próprios ou se será imperativo recorrer a um empréstimo, cujo montante ainda está sob análise, para reverter o impedimento de registrar novos atletas já em dezembro. O "transfer ban", em vigor desde agosto, representa uma barreira significativa para o planejamento esportivo do clube.
O presidente do Corinthians , Osmar Stabile, abordou a questão com franqueza.
"Trabalhamos no aspecto de não ser necessário neste momento, mas, se for necessário para cumprir o transfer ban e o parcelamento do Rojas, com quem estamos conversando, vamos fazer. Neste momento, ainda não. Poderá ser feito a qualquer momento, se necessário"
A declaração sublinha a complexidade da situação e a flexibilidade da diretoria em buscar soluções para os impasses financeiros que afetam o clube.
O Imbróglio das Dívidas e o Transfer Ban Iminente
A prioridade imediata é a quitação de cerca de R$ 40 milhões devidos ao Santos Laguna, do México, referentes à aquisição do zagueiro Félix Torres, valor que originou o atual transfer ban. Contudo, o panorama se agrava com uma segunda condenação da Corte Arbitral do Esporte (CAS), totalizando R$ 41,5 milhões em débito com o meio-campista Matías Rojas. Embora o estafe do jogador paraguaio esteja negociando uma proposta de parcelamento e, por ora, descarte um novo pedido de transfer ban à Fifa, a soma desses dois casos ultrapassa R$ 80 milhões.
Outras pendências financeiras adicionam camadas de complexidade. Há a primeira parcela, de R$ 1 milhão, de um acordo que totaliza R$ 23 milhões com o atacante Memphis Depay. Além disso, a gestão precisa honrar a folha de pagamento regular e o 13º salário, obrigações que se intensificam no final do ano fiscal. Quatro outras condenações na Fifa aguardam julgamento no CAS, após recursos apresentados pelo Corinthians , indicando que o quadro de passivos pode se expandir.
Para ilustrar a dimensão dos desafios, segue um resumo das principais pendências financeiras:
| Credor/Tipo de Dívida | Valor Aproximado | Situação |
|---|---|---|
| Santos Laguna (Félix Torres) | R$ 40 milhões | Gerou o atual Transfer Ban |
| Matías Rojas | R$ 41,5 milhões | Condenação no CAS, negociação de parcelamento |
| Memphis Depay | R$ 1 milhão (1ª parcela) | Acordo total de R$ 23 milhões |
| Folha de Pagamento + 13º Salário | Não especificado | Obrigação de fim de ano |
| Outras Condenações FIFA | Não especificado | Recursos no CAS aguardando julgamento |
Fontes de Receita e a Esperança de Reforçar o Caixa
Para tentar mitigar a necessidade de endividamento, a diretoria deposita suas esperanças em duas importantes fontes de receita para o fechamento do ano. A primeira é a cota de televisão proveniente da Liga Forte União (LFU), cujo valor fixo pode ser complementado por bonificações atreladas à performance no Campeonato Brasileiro e aos índices de audiência.
A segunda e mais substancial é a premiação da Copa do Brasil. Com o Timão avançando às semifinais, a conquista do título representaria um aporte de R$ 77,175 milhões, enquanto o vice-campeonato ainda garantiria R$ 33,075 milhões aos cofres do clube. Estes valores são cruciais para o planejamento financeiro e para a quitação das obrigações mais urgentes.
A Autorização para Empréstimo e Seus Termos
Em um movimento estratégico, e antecipando potenciais insuficiências de recursos para levantar o impedimento de registrar atletas, a diretoria havia solicitado e obtido, em outubro, a aprovação do Conselho de Orientação (Cori). Essa autorização permite tanto a antecipação de cotas de TV quanto a tomada de empréstimo junto à LFU, em uma operação combinada que pode alcançar R$ 100 milhões.
Especificamente sobre o empréstimo, o Cori estabeleceu um limite de R$ 72,5 milhões. Este montante seria quitado mediante a dedução nas cotas de 2026, dividido em duas parcelas de aproximadamente R$ 36 milhões cada. A taxa de juros negociada para esta operação seria de CDI (Certificado de Depósito Interbancário) acrescido de 3%, um custo que será cuidadosamente ponderado pela gestão financeira.
Análise Contínua e a Decisão Final
Apesar das autorizações e das projeções de receita, a Diretoria Financeira do Corinthians prossegue com sua análise detalhada. O objetivo é determinar a real necessidade de um empréstimo e, caso seja indispensável, qual o valor exato a ser contraído. A cautela impera, visto que a decisão impactará diretamente a saúde financeira do clube nos próximos anos, exigindo uma administração estratégica e transparente para evitar novos entraves.
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