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Corinthians: Empresário Revela Por Que Investir É 'Loucura' e Aponta Caminho SAF
Por Redação FuTimão em 28/11/2025 10:14
O Sport Club Corinthians Paulista, um dos clubes mais proeminentes do cenário futebolístico nacional e detentor de uma base de fãs fervorosa, tem enfrentado um período prolongado de severas dificuldades financeiras. Em meio a este panorama desafiador, a perspectiva de um investimento externo no Alvinegro ressurgiu, provocando um debate acalorado sobre os rumos futuros da instituição.
Recentemente, Georgios Frangulis, figura conhecida no universo empresarial como proprietário do Le Mans, na França, e fundador da renomada marca de açaí Oakberry, foi interpelado sobre a possibilidade de alocar recursos no time que conquistou seu afeto. Apesar de sua notável inclinação para empreendimentos, particularmente no setor esportivo, sua postura ao abordar o tema revelou considerável hesitação.
O Peso da Paixão: Por Que Investir no Timão É Uma "Loucura"
A resposta de Frangulis à indagação sobre um potencial investimento no Corinthians foi, no mínimo, contundente. Ele descreveu a aquisição do clube como uma empreitada de proporções incomuns, destacando a singularidade da relação entre o Corinthians e sua torcida. "Comprar o Corinthians deve ser uma das maiores loucuras que alguém pode fazer na vida. A gente sabe como a torcida funciona, é a dona do time. Depois que eu comprei o Le Mans, é um cenário totalmente diferente, tem a torcida, a cidade ama o time, mas são quase 200 mil habitantes...É uma complexidade grande", afirmou Frangulis em entrevista ao programa "Bola da Vez", da ESPN.
Essa declaração sublinha a percepção de que a paixão intrínseca ao clube, embora seja sua maior força, também representa um obstáculo para uma gestão puramente empresarial. A comparação com o Le Mans, um clube de uma cidade com população significativamente menor, ressalta a escala e a intensidade da pressão e do envolvimento popular que circundam o Corinthians , transformando qualquer decisão administrativa em um ato de grande repercussão.
SAF: A Saída Inevitável Para a Reestruturação Financeira
A delicada conjuntura financeira que afeta diversas agremiações esportivas, compelindo-as a gerenciar orçamentos sob o peso de dívidas vultosas, igualmente pautou a conversa com o empresário. Sob a ótica de um investidor experiente, Frangulis expressou convicção de que a transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) representa a via inevitável para o Corinthians superar seus entraves.
Ele argumenta que o modelo SAF oferece a estrutura necessária para uma reconstrução de longo prazo, citando exemplos de outros clubes brasileiros que já adotaram o formato. "Não vejo outra solução. Tem altos e baixos, momentos bons e ruins, mas para construir algo, como o Cruzeiro está construindo a longo prazo, ou Coritiba, não tem contra-argumento. Eu acho que o Corinthians precisa de um investidor que não seja brasileiro para eliminar a parte passional", afirmou o empresário. A sugestão de um investidor estrangeiro visa, explicitamente, afastar as influências emocionais que, segundo ele, podem prejudicar a tomada de decisões estratégicas em um ambiente tão carregado de sentimentos quanto o Corinthians .
O Impacto das Finanças no Desempenho em Campo
Durante o diálogo, Frangulis manifestou-se propenso a oferecer sua expertise em investimentos esportivos, mesmo que de forma consultiva. "Não tenho dinheiro, paciência e nem coragem de comprar o Corinthians , mas topo ajudar", afirmou no programa, evidenciando seu apreço pelo clube, mas também a consciência das proporções do desafio.
Em um contexto permeado por desafios financeiros que têm marcado a trajetória recente do clube, o Corinthians se prepara para retornar aos gramados pelo Campeonato Brasileiro neste domingo. A equipe paulista enfrentará o Botafogo às 16h, em sua casa, a Neo Química Arena, buscando a recuperação após o revés de 3 a 0 sofrido contra o Cruzeiro na rodada anterior. Este desempenho em campo é um reflexo direto das complexidades financeiras e estruturais que o clube vem enfrentando, sublinhando a urgência de soluções que transcendam o mero resultado de um jogo.
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