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Corinthians e Safiel: A Inovação que Pode Mudar o Mercado da Bola

Por Redação FuTimão em 26/11/2025 12:12

O cenário do futebol brasileiro pode estar à beira de uma transformação, e o Corinthians surge como um potencial protagonista dessa mudança. Rodrigo Monteiro de Castro, renomado advogado e um dos idealizadores da Lei da SAF, aponta para o modelo "Safiel" como uma alternativa promissora e, talvez, a mais adequada para a grandiosidade e a identidade do clube paulista.

Em uma recente declaração, o especialista sublinhou que a proposta, concebida para angariar recursos diretamente da vasta base de torcedores do Corinthians , possui características únicas que se alinham perfeitamente com a realidade e a dimensão do Alvinegro. Longe dos formatos convencionais, que preveem a aquisição por um único investidor ou por um seleto grupo financeiro, Castro enxerga na Safiel uma gênese verdadeiramente popular.

A iniciativa, embora não seja um projeto institucional do Corinthians , nasceu do engajamento de torcedores que buscam um caminho inovador para o financiamento do clube. O objetivo primordial é oferecer uma estrutura que permita a captação de fundos de forma ampla e democrática junto à sua torcida, um conceito que o próprio Castro considera digno de atenção.

Um projeto que é bastante interessante, que eu não sei se é o ideal, mas que a gente tem que entender que isso pode ser um caminho é um que se chama Safiel, que é um projeto que não é do Corinthians, mas é um projeto que foi desenvolvido por torcedores do Corinthians, que querem encontrar, ou melhor, oferecer um caminho para que se possa captar recursos com a torcida, de modo generalizado.

A Visão de um Especialista: Safiel como Alternativa Inovadora

A distinção fundamental do modelo Safiel reside na dispersão do investimento. Enquanto muitos clubes buscam a estabilidade financeira por meio de um número restrito de investidores de alto poder aquisitivo, a proposta alvinegra aposta na força e no comprometimento de sua imensa torcida. É uma estratégia que inverte a lógica tradicional, valorizando a participação massiva em detrimento da concentração de capital.

O advogado detalha que, no contexto do Corinthians , a ideia é que a origem desses recursos seja o maior número possível de indivíduos. Não se trata de grandes aportes de poucos, mas sim de pequenas contribuições de uma multidão. Ele estima que entre "90, 100, 120 mil pessoas" poderiam direcionar "pequenas parcelas para a formação da estrutura de capital de um fundo de investimento."

O Diferencial da 'SAF do Povo': Investimento Massivo da Torcida

Na prática, essa arrecadação coletiva culminaria na formação de um fundo estruturado. Esse fundo, por sua vez, seria o interlocutor com o clube social, encarregando-se de estabelecer uma "empresa" de futebol. Tal arranjo asseguraria uma gestão profissionalizada, sem a necessidade de ceder o controle a um único investidor externo, preservando assim a essência e a autonomia do clube.

O processo delineado por Castro prevê que este fundo, uma vez constituído, iniciaria as tratativas com o Corinthians para a criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Os ativos seriam transferidos do Corinthians , enquanto os recursos do fundo seriam provenientes de "milhares, dezenas, centenas de milhares de torcedores". A partir daí, seria estabelecida uma governança específica, resultando no que tem sido denominado como a "SAF do povo".

Este fundo, então, iria negociar com o Corinthians a constituição de uma SAF, de modo que os ativos viriam do Corinthians, os recursos desse fundo teriam origem em milhares, dezenas, centenas de milhares de torcedores, se estabeleceria uma governança e aí se teria aqui uma 'SAF do povo', como ela vem sendo apresentada.

Estrutura e Governança: Como a Safiel Operaria no Corinthians

Ao analisar a viabilidade dessa proposta, o especialista reiterou que a Lei da SAF não impõe um modelo rígido e uniforme. Pelo contrário, o êxito de qualquer operação de SAF está intrinsecamente ligado à compatibilidade entre o perfil do investidor e a identidade do clube. Para Castro, a "SAF do povo" manifesta uma aderência singular ao caráter popular e à paixão que definem o Corinthians .

Em sua avaliação, o advogado demonstrou otimismo quanto à diversificação do mercado de SAFs. Se a proposta da Safiel prosperar, ela representará um marco inovador, abrindo portas para que outras agremiações explorem alternativas que vão além da venda tradicional para grandes conglomerados financeiros ou investidores estrangeiros.

Impacto no Mercado: Um Novo Paradigma para o Futebol Nacional?

A questão sobre se a Safiel é o modelo ideal, para Castro, encontra resposta na especificidade do Corinthians . Ele acredita que o que funciona para um clube pode não ser o mais adequado para outro. O que o agrada na Safiel é justamente sua ousadia e seu potencial de influenciar outros clubes a buscarem caminhos semelhantes, que envolvam "efetivamente a entrada do povo da torcida ou do povo torcedor dentro de uma estrutura."

É o modelo ideal? Talvez seja o modelo ideal para o Corinthians e não para outro. A gente chega no que está sendo montado que me agrada muito e que acho que, dando certo, não tem por que não dar certo, pode influenciar para outros caminhos como este modelo mais ousado da Safiel, que envolve efetivamente a entrada do povo da torcida ou do povo torcedor dentro de uma estrutura.

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